LIÇÃO 8
TRANSGÊNERO – QUE TRANSREALIDADE É
ESSA
TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu
pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher e serão ambos uma só carne.” (Gn
2.24)
VERDADE PRÁTICA
A sexualidade bíblica é
heterossexual, biologicamente definida conforme o sexo divinamente criado.
Leitura Bíblica em Classe
Gênesis 2.7,18-25
Objetivos da lição
I – Explicar que o fenômeno da
transgeneridade abarca as questões de identidade de gênero, as distinções entre
cisgênero e transgênero e a questão da sexualidade;
II – Reafirmar a visão bíblica a respeito
do gênero;
III – Elencar os efeitos da ideologia
transgênica.
INTRODUÇÃO
Essa lição vai tratar de um assunto
muito polêmico nos dias atuais, porém, se o assunto é discutido em salas de
aulas universitárias, por que não ser na Escola Dominical? Precisamos mostrar
ao nosso povo a visão cristã do assunto da transgeneridade em todos seus
aspectos. E desde já, dizer que Deus não fez os seres humanos com sexo
indefinido, mas, totalmente definidos, homem e mulher, macho e fêmea os criou,
assim nos diz a Bíblia (Gn 2.24). Portanto, essa lição buscará reafirmar a
vontade de Deus quanto ao ser humano viver de maneira coerente com o propósito
divino por meio de seu sexo biológico.
I – COMPREENDENDO O PENSAMENTO DA
TRANSGENERIDADE
1.
Identidade de gênero. O gênero identifica os seres inequívocos do sexo masculino e
feminino. Isso é o que é correto. Porém, na década de 1970, as feministas
usaram o termo “gênero para diferenciar do “sexo” anatômico. A partir desse
momento, para o movimento, quem diferencia o sexo, não é mais a anatomia
biológica do indivíduo, mas sim a cultura. Para os tais, a pessoa pode nascer
com o sexo masculino, mas se comportar como uma mulher, e assim validam
qualquer comportamento sexual.
2.
Cisgênero, Transgênero, não Binário. Cisgênero se refere as pessoas que se
identificam com o gênero que nasceu, quer dizer: nasceu com a genitália
masculina e se identifica como homem; Transgênero, não se identifica com
o gênero em que nasceu, quer dizer; Nasceu mulher, mas se identifica como
homem; Não Binário, não se reconhece em nenhum gênero ou transita entre
eles, quer dizer, nasceu com genitália feminina, mas não se reconhece nem
mulher nem homem, ou, há momentos que se acha mulher, e em outro momento, se
acha homem. O movimento social que representa
esse grupo é chamado de LGBTQIAPN+. Nesta visão, o sujeito não leva em
consideração o sexo biológico.
3.
Transgênero e sexualidade. É uma verdadeira
salada, onde a orientação sexual de uma pessoa é definida de acordo com o
gênero que ela se identifica e por qual sente atração sexual. Heterossexual
– atraído pelo sexo oposto; homossexual – atraído pelo mesmo sexo; bissexual
– atraído por ambos os sexos; assexual – quando não tem atração por
gênero nenhum; pansexual – nesse caso não depende de gênero, o indivíduo
é atraído por qualquer gênero; e ainda as não binarias, que não se
encaixam em nenhum gênero, nem masculino nem feminino. O transgênero transita
livremente em todo tipo de relação sexual.
II – REAFIRMANDO A VISÃO BÍBLICA DE
GÊNERO
1.
A constituição biológica. Vamos aqui ratificar o que diz a Palavra de Deus, que o homem
nasce homem e a mulher nasce mulher. Foi assim que disse Eva, no momento que
deu a luz a Caim: “...alcancei do Senhor um varão” (Gn 4.1). A
Declaração de Fé da Assembleia de Deus professa que o ser humano é constituído
de três substâncias, uma física: Corpo; e duas imateriais: Espírito e Alma (1Ts
5.23; Hb 4.12). Sendo então o corpo físico o invólucro das partes imateriais
(Gn 35.18; Dn 7.15). O gênero desse corpo é definido pelo sexo de criação
geneticamente determinado: Homem ou mulher (Gn 1.27;2.24). Aqui então há um
relacionamento entre o sexo e o gênero, através das características orgânicas
do corpo e dos órgãos genitais. Sendo os cromossomos XY o sexo masculino e XX o
sexo feminino.
2.
A constituição moral. O homem e a mulher
foram feitos conforme a imagem e semelhança de Deus. Porém, como a queda, essa
imagem, segundo Agostinho, bispo de Hipona, ficou enfermiça, corrompida (Gn
6.5). Por isso mesmo, se faz necessário um novo nascimento para que a imagem de
Deus seja restaurada no homem (Ef 4.22-24; Cl 3.10; 2Co 3.18; 5.17). Isso é uma
obra realizada pelo Espírito Santo de Deus que opera interiormente e promove a
santificação do espírito, da alma e do corpo (Rm 8.2-5,13,14; 1Ts 5.23). Diz as
Escrituras: “Não reino, portanto, o pecado no vosso corpo mortal” (Rm
6.12). A Bíblia condena as práticas sexual ilícitas, seja elas do tipo que for,
heterossexual ou homossexual (Êx 20.14; Rm 1.26,27). A Bíblia nos ensina que a
imoralidade sexual afronta o corpo, que é o templo do Espírito Santo (1Co
6.18-20).
3.
A constituição da sexualidade. Deus, desde o princípio deu total apoio a união monogâmica e
heterossexual. Quando Ele fez o homem e a mulher, já deu ordem aos mesmos,
dizendo que coabitassem crescessem e multiplicassem na face da terra (Gn
1.27,28). Jesus associou a anatomia dos sexos com o propósito divino da
sexualidade e da reprodução (Mt 19.4-6). O Criador prevê uma satisfação
completa entre o homem e a mulher na busca da realização conjugal e na
procriação da espécie (Ec 9.9; Sal 127.3-5). Portanto, no plano divino, o sexo,
o gênero e a sexualidade não são meros estereótipos de construção social, mas
estão biologicamente constituídos e intimamente relacionados.
III – EFEITO DA IDEOLOGIA TRANSGÊNERO
1.
Depreciação da heterossexualidade. Contrariando o
que diz as Escrituras Sagradas, os ativistas atuam descontruindo qualquer
orientação que parta da Bíblia, que ensina a heterossexualidade (Gn 2.24; Mt
19.5; Mc 10.7; Ef .5.31). O termo heteronormatividade passou a ser utilizado
a partir de 1991, buscando assim desprestigiar e depreciar a prática
heterossexual. O termo heteronormatividade é doutrinador, quer dizer, um
ensinamento que estão tentando dizer que o reconhecimento da distinção
biológica entre homem e mulher como dado óbvio do desenvolvimento humano, e da
realidade, ou seja, a heteronormatividade, é um sistema opressor e normatizador
em que se obriga as pessoas a se relacionar apenas entre homem e mulher. Assim,
quem é normal, ou seja, heterossexual, é taxado de preconceituoso, discriminador
e transfóbico.
2.
Construção de narrativas. A polémica vai muito mais além do que se possa imaginar,
quando a militância trans doutrina que se sentir homem ou mulher se
sobrepõe aos aspectos biológicos. Daí, entra também a saúde pública e a
educação, impondo e doutrinando as crianças e adolescentes. Com essa
insatisfação com o próprio corpo em desacordo com o que a mente pensa sobre seu
gênero, passam por cirurgias de redirecionamento, e terapias hormonais, dizendo
até que nasceram em um corpo errado. Deus não erra! Em 2017, a associação de
pediatras americanos (American College of Pediatricians) publicou que: a)
conflitos entre mente e corpo devem ser corrigidos pelo alinhamento do gênero
(mente) com o sexo anatômico (corpo), e não com cirurgias invasivas no corpo;
b) meninos não nascem com cérebros feminizados e meninas não nascem com
cérebros masculinizados; e c) a ideia de pessoas presas no corpo errado é uma
crença ideológica que não tem base na ciência rigorosa (Rm 9.20).
3.
Linguagem neutra. Imagine você que os militantes desse movimento querem a todo custo mudar
até a gramática normativa, que dizem eles que é elitista e machista, tudo
porque na Língua Portuguesa, o gênero neutro é absorvido pelo masculino. Assim
o masculino é usado de modo genérico para identificar a espécie humana. Ex.
quando falamos que Deus quer salvar o homem, estamos falando da raça humana,
homem e mulher. Querem substituir as vogais “a” e “o” na pretensão de
neutralizar o gênero. Querem descontruir a norma culta gramatical para atender
a ideologia de gênero (Is 5.21).
CONCLUSÃO
Não há três sexos na Bíblia; somente
dois, o macho e a fêmea (Gn 1.27). O que passa disse é de procedência maligna,
querendo desdizer o que Deus disse, assim como aconteceu com a serpente, quando
enganou Eva no Jardim do Éden. Quando o Senhor fez o homem e a mulher, Ele viu
que tinha ficado muito bom (Gn 1.31), e como disse acima, Deus não erra, e Ele
não errou quando criou a sexualidade heterossexual para humanidade. Portanto,
ninguém nasce predeterminado a identificar-se como transgênero. Muda-se a
cultura, mas a Palavra de Deus permanece imutável (Mt 24.35).
Amém
Pr Daniel Nunes
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