LIÇÃO 3
O PERIGO DO ENSINO PROGRESSISTA
TEXTO ÁUREO
“Sabe, porém, isto: que nos
últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.” (2Tm 3.1)
VERDADE PRÁTICA
Os ensinos progressistas buscam
desconstruir a fé cristã por dentro e afastar as pessoas do verdadeiro
cristianismo bíblico, tornando-as meras militantes de causas sociais.
Leitura Bíblica em Classe
2Timóteo 3.1-9
Objetivos da Lição
1. Elencar os elementos que descaracterizam o cristianismo
bíblico;
2. Explicar as principais teorias progressistas;
3. Aplicar elementos que reflitam o ensino progressista.
INTRODUÇÃO
O inimigo de nossas almas já tentou
de todas as formas destruir a igreja do Senhor. Primeiro foi através das heresias
que foram ensinadas desde o princípio, que precisou ser duramente combatidas
pelos pais da igreja. Logo através das perseguições, matando milhares de
cristãos. Porém, quanto mais eles perseguiam, mais a igreja crescia. Porém,
agora, ele mudou de estratégia, e tenta destruir a fé do povo de Deus na
inerrância das Escrituras Sagradas. O ensino progressista tenta a todo custo
encontrar erros na Bíblia, e, mesmo que não encontrem, propagam que há erros,
interpolações e desatualização da mesma. Falam de reescrever a Bíblia, ou de
dar um novo significado ao seu conteúdo. Os valores morais são relativizados.
Entendo que, principalmente a ala jovem da igreja, precisa ser fortalecida com
profundos ensinamentos das Escrituras, para que estejam preparados para responder
àqueles que os questionarem a respeito de sua fé (1Pe 3.15).
I – A DESCARACTERIZAÇÃO
DO CRISTIANISMO
1. A deterioração moral. A expressão “últimos”, no primeiro
versículo de 2Timóteo 3, vem do grego eschatos (se pronuncia, escatos), tem
o sentido de “mais distante, o final (com relação a lugar ou tempo): - fins de,
último, o inferior”. (BIBLIA DE ESTUDO PALAVRAS CHAVE – CPAD). O apóstolo Paulo
faz aqui um alerta sobre a mudança para pior no comportamento humano, que
estará associado a impiedade, caracterizada pela depravação moral (2Tm 3. 2-4).
Essa depravação, esta atrelada no que foi estudado na lição 02, a normalização
do pecado, a relativização da verdade, levando o homem a entender que não há
necessidade manter uma conduta pura e reta. Contudo, a Bíblia no adverte a
viver em santidade em qualquer época da jornada cristã (1Pe 1.15,23-25).
2. A erosão da ortodoxia. Erosão é uma escavação profunda,
causada por algum agente da natureza, seja o vento, chuva, tempestades, terremotos
etc. No caso da erosão na ortodoxia bíblica, é uma escavação profunda, causada
pelos ensinamentos progressistas, que tem levado muitos cristãos a serem
tragados por ela, sucumbindo diante de suas mentiras. Suas teses reduzem o
texto bíblico a meras narrativas, e registros de experiencias religiosas. Então,
muitos passam a questionar, negligenciar e rejeitar a autoridade da Palavra de
Deus, cedendo espaço para a cultura, o entretenimento e ao resultado a qualquer
custo. A Bíblia diz que o cristão passa a ser “Mais amigo dos deleites do
que amigo de Deus” (2Tm 3.4). O nosso comentarista frisa que “a vida em
igreja fica desprovida do poder do Espírito, sendo incapaz de ser instrumento
de transformação do caráter das pessoas” (2Tm 3.5; 2Co 4.2,3). O que vejo é que
o verdadeiro evangelho está nas periferias das pregações, porque o cerne, ou o
centro, está contaminado com as pregações antropocêntricas, que pouco, ou nada
se difere das progressistas, onde o homem se torna o objeto de culto e não
Deus. Não se pode negociar o Evangelho vivo. A igreja de um modo geral, precisa
urgentemente acordar para isto, senão, estará fadada a criar uma geração de
crentes que não se manterão em pé diante erosão da ortodoxia.
3. A corrupção da fé. Ora, a fé verdadeira no Deus verdadeiro,
vem, ou melhor, chega, penetra, entra, enche o coração e alma do homem, através
da pregação da Palavra pura de Deus (Rm 10.17). Não há outro meio (Jo
20.30,31). Se a Palavra é deturpada, a ortodoxia bíblia esburacada, o caráter
humano maculado, somente poderíamos ter uma fé corrupta. A fé que está sendo pregada
em muitos púlpitos, não é a fé no Deus verdadeiro, mas a fé em Mamom, no deus
da riqueza, do dinheiro. A fé salvífica está sendo relegada ao segundo e terceiro
planos. Judas nos chama a atenção, para “batalharmos pela fé que uma vez foi
dada aos santos” (Jd 3). Infelizmente, há em meio ao chamado “povo de Deus”,
grandes males a serem combatidos, para que o corpo seja sarado, e possa assim,
com saúde, sair para curar esse mundo velho, que já está chegando ao seu final.
II – AS TEORIAS PROGRESSISTAS
1. A desconstrução da Bíblia. Os mestres progressistas não suportam ver
falar na inerrância e a inspiração da Bíblia (2Tm 3.16). Eles podem falar o que
quiserem, a Bíblia sempre foi e sempre será a inspirada e inerrante e poderosa Palavra
de Deus. Como estamos sempre frisando:
os ensinos progressistas, sempre colocam o homem no centro de tudo. O desejo desse
funesto e pernicioso ensino é tirar Deus do seu lugar, coisa que jamais conseguirão
fazer. O desejo deles em reinterpretar as Sagradas letras, é para acomodar ao seu
modo de vida pecaminoso, sem que suas consciências venham a sentir-se culpada
(2Tm 4.3). Assim o termo “progressista” refere-se às teorias que se distanciam
do cristianismo bíblico, em especial na deturpação das doutrinas e dos valores
cristãos (Fl 3.18,19; 2Pe 2.19).
2. O teísmo aberto. Uma definição mais suscinta desse errôneo
ensinamento é que Deus não é onipresente, onipotente nem onisciente, e é um
Deus limitado, que não conhece e nem tem domínio sobre o futuro da humanidade.
Que o homem mesmo é quem construirá esse futuro. Dizem que Deus foi surpreendido
com a queda do homem que Ele criou e o colocou lá no Eden, sendo obrigado a
redesenhar a historia da humanidade (Gn 3.8-19). Vejamos estes textos Bíblicos:
“Pai,
aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo,
para que vejam a minha glória que me deste: porque tu me hás amado antes da
fundação do mundo” (Jo 17.24). “E adoraram-na todos os que habitam sobre a
terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que
foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Esses dois textos provam
que Deus não foi pego de surpresa, mas que todas as coisas estavam perfeitamente
em seu controle.
3. A teologia da demitologização. Rudolf K. Bultmann
argumenta que a humanidade contemporânea, que se acostumou com os avanços da ciência, não pode aceitar o conceito mitológico do mundo
expresso nos escritos bíblicos. Assim, a tarefa da teologia é contextualizar os textos bíblicos para
aproximar sua mensagem à cosmovisão moderna. Citando Bultmann: "… tudo isto é linguagem mitológica… Em se tratando de linguagem
mitológica, ela é inverossímil para o ser humano hoje”[1]. Wikipédia. O teólogo alemão citado acima, propôs um programa de
demitologização da Bíblia. Quer dizer, combater aquilo que ele chamou de mito,
como o nascimento virginal de Jesus, a sua ressurreição, e a promessa de sua
segunda vinda. Outras doutrinas combatidas por ele e chamado de mitos bíblicos:
Céu, inferno, a tentação, os demônios e a possessão demoníaca. Segundo Bultmann,
precisa extrair os mitos da Bíblia para que ela possa ser crível. Porém, nossas
doutrinas cristãs nos atestam pelas próprias escrituras que ela é a Palavra
inerrante de Deus e que penetra a até a divisão da alma e do espírito do homem (Hb 4.12).
III
– REFUTANDO O ENSINO PROGRESSISTA
1. Reafirmando a autoridade bíblica. Dentre as conhecidas “cinco solas” instituídas
na reforma protestante, está a sola Scriptura. Com isso Lutero, o
reformador, combatia as invenções da igreja Romana, que queriam equiparar
essas invencionices com a Palavra de Deus. Jacó Arminio disse que a perfeição
das Escrituras é solapada quando sua verdade é negada ou reinterpretada. Desse
modo a autoridade bíblica é ratificada quando oferece resistência à presunção
das ideologias humanísticas em acrescentar ou retirar alguma coisa das
Escrituras (Ap 22. 18,19).
2. Ensinando as doutrinas Bíblicas. Jesus comissionou aos seus discípulos, a que
ensinassem a todas as nações, fazendo discípulos de todos os povos (Mt
28.19,20). Somente o verdadeiro evangelho pregado em sua essência poderá mudar
a vida do homem. Não importa o quão pecador ele seja, a Palavra de Deus o
limpará, e o fará uma nova criatura (Jo 15.3). Paulo nos exorta para a
necessidade da dedicação do ensino (Rm 12.7). A Bíblia é apta “...para ensinar,
para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (2Tm 3.16). A
atividade do ensino é primordial para a transformação da velha natureza (Ef
4.22-24), formação do caráter cristão (Ef 4.13), resultando no genuíno crescimento
de uma igreja espiritualmente saudável e doutrinariamente bíblica (Ef 4.16). Infelizmente,
volto a dizer: os púlpitos estão cheios de fazedores de algodão doce, água com açúcar,
balas doces, etc. Falta a genuína palavra!
3. Enfatizando a santificação. O verbo santificar vem do grego hagiazõ
que significa “separar”, purificar, consagrar”. O adjetivo “santo” é traduzido
do vocábulo hagios. Desse modo, a santificação é a operação do Espírito
Santo em manter o crente separado do pecado e consagrado a Deus (Rm 12.1,2). A
santificação é a continuidade do processo regenerativo (Ef 1.13). Esse processo
levará o crente finalmente a glorificação (Rm 6.22). Pedro nos exorta a sermos
santos em toda a nossa maneira de viver (1Pe 1.15). Olhos, ouvidos, boca, finalmente,
todos os membros, devem ser agora instrumentos de justiça (Rm 6.13).
CONCLUSÃO
Daqui para
frente, quando adentraremos cada dia mais nos dias finais da igreja na face da
terra, veremos cada vez mais surgirem doutrinas de demônios, que vão combater
abertamente aos ensinos das Escrituras Sagradas. Compete aos servos de Deus,
estarem preparados para responder a cada um sobre a esperança que temos, e
perseverar em oração, no ensino da Palavra e no louvor perfeito ao nosso Deus.
Deixando de lado, todo embaraço, como nos exorta o escritor aos Hebreus,
prossigamos para o alvo de nossa salvação (Hb 12.1,2).
Vosso em Cristo
Pr Daniel Nunes
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