LIÇÃO 12
CRIANDO FILHOS
SAUDÁVEIS
TEXT0 ÁUREO
“E crescia Jesus em sabedoria, e
em estatura, e em graça para com Deus e os homens.” (Lc 2.52)
VERDADE PRÁTICA
A vontade de Deus é que os pais
eduque, seus filhos de acordo com os princípios divinos, a fim de que eles
cresçam de maneira saudáveis e equilibrada.
Leitura Bíblica em Classe: Lucas 2.40,42-52
Objetivos da lição
1)
Revelar a
normalidade da família de Jesus;
2)
Abordar as
fases da vida de Jesus conforme os Evangelhos apresentam;
3)
Explicar o tríplice
desenvolvimento do Senhor Jesus.
INTRODUÇÃO
A conjuntura atual da sociedade, onde
os valores judaico-cristãos estão sendo solapados por ideologias malignas, e,
os filhos são presas fáceis, por estarem envolvidos nessa sociedade de forma
muito direta, seja na escola, amizades e redes sociais, a criação saudável,
pautada nos ensinos da Palavra de Deus, dará sustentação para que eles possam
defender a sua fé, esteja onde estiver.
A família de Jesus, isto é, seu pai
adotivo, José, e sua mãe Maria, e porque não dizer, seus irmãos, são um exemplo
mais que perfeito, para que possamos tirar lições importantes para as famílias
atuais.
I – UMA FAMÍLIA NORMAL
1.
Dados gerais da família. Quero tomar parte dos estudos da Bíblia com comentários de
Antônio Gilberto, para enriquecer nossa lição de hoje. Sobre a genealogia de
Jesus ele diz: “A genealogia apresentada por Mateus é, sem dúvida, a de José,
esposo de Maria, pois Mt 1.15 diz que Jacó gerou José; E a genealogia
apresentada por Lucas (Cap 3) é, sem dúvida, a de Maria, pois Lucas 3.23 diz
que José era filho de Eli. Ora, vigendo o costume hebreu, o genro era chamado
de filho. José sendo chamado filho de Eli, significa que Eli era pai de Maria”
(Bíblia AG – CPAD). Algo ainda me chama a atenção na Bíblia AG, que também quero
compartilhar com meus leitores. Com o tema “Indignos e rejeitados”, Antônio
Gilberto nos dá uma lista dos ancestrais de Jesus, como na sequência:
a. Tamar – uma mulher suspeita na
linhagem do Messias (Mt 1.3; Gn 38. 16ss; Mt 21.31);
b. Raabe – era prostituta (Mt 1.5; Js
2.1; Hb 12.31). Era cananeia, isto é, do povo maldito (Gn 9.25-27);
c. Rute – era moabita, isto é,
descendente da união incestuosa entre Ló e suas filhas (Mt 1.5; Gn 16.36,37);
d. Peres – foi nascido em pecado (Mt
1.3; Gn 38.29);
e. Salomão – Foi nascido em pecado
(Filho de Bate-Seba) (Mt 1.6; 2Sm 12.24);
Ele conclui dizendo: Toda essa gente
figura na genealogia de Jesus. Isso revela a grandiosidade da salvação por
Cristo para todos. Até os mais indignos e rejeitados. E termina perguntando: E
quem é digno? Louvado seja o nome de Jesus para todo sempre que nos fez digno
através de sua morte expiatória na cruz.
2. Os filhos de José e Maria depois de
Jesus. no ano de 649, no Concílio de Latrão, a igreja Católica Apostólica Romana definiu o
dogma da Virgindade Perpétua de Maria. Com isso, ensina-se que ela não teve sua
virgindade violada antes, durante ou depois do parto de Jesus. Porém, esse não
é o que diz o ensino Bíblico. A Bíblia é clara quando diz: “E não a conheceu
até que deu a luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de Jesus” (Mt
1.25). A preposição “até”, indica que após o nascimento de Jesus, que
havia sido gerado pelo poder do Espírito Santo no ventre de Maria, José teve
relações normais com ela e assim tiveram mais filhos e filhas (Mc 6.3). Isto em
nada desmerece a mãe do Salvador, visto ser uma benção para todas as mulheres,
principalmente às judias em ter filhos. Tiago, um dos irmãos de Jesus, mais
tarde tornou-se o primeiro pastor em Jerusalém (At 12.17; Gal 1.18,19).
II – O MODO DE CRIAÇÃO DE JESUS
1. Jesus, o filho especial. Nenhum dos outros irmãos de Jesus, nasceram
com todas aquelas recomendações angelicais como Jesus nasceu. Nenhum deles
tiveram coral de anjos cantando na noite de seu nascimento. Certamente, também,
nenhum deles ao nascer, foi posto em uma manjedoura. Jesus de fato era um filho
mais do que especial. Porém, o que nos chama a atenção, é que não há nenhum
relato bíblico, de que o casal, José e Maria tenha dado algum tratamento
especial ao filho Jesus, mais que a Tiago, a Judas, a José, a Simão, ou a uma
de suas irmãs (Mc 6.3). Ele fora criado de modo comum do lar. Provavelmente a
mãe de Jesus não o acompanhava em todas as suas viagens evangelísticas, como
depreendemos no Evangelho de Marcos 3.31-33. Na hora de dar alguma repreensão,
mesmo os pais sabendo quem ele era, não deixaram de assim o fazer (Lc 2.48).
2. A infância de Jesus. A única diferença entre Jesus e os demais
meninos foi no dia de seu nascimento, pois, como não havia lugar em nenhuma
residência, nem em hotéis da época, Maria, ao dar a luz a seu filho
primogênito, Jesus, o colocou em uma manjedoura, quer dizer, em um recipiente,
que se colocava comida para os animais. Isso representa algo muito importante,
pois figura Jesus como alimento que satisfaz a nossa alma (Jo 6.51). Fora
disso, ele foi criado como os demais meninos judeus. Foi circuncidado ao oitavo
dia, como determinava a Lei de Moisés (Lc 2.21), e foi lhe dado o nome de
Jesus.
3. A adolescência de Jesus. A Bíblia não da muitos detalhes da
adolescência de Jesus. Lucas nos informa que “o menino crescia e se
fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele”
(Lc 2.40); e ainda “E crescia Jesus em sabedoria, e estatura e em graça para
com Deus e os homens” (Lc 2.52). Lucas também narra o episódio, onde Jesus
já com seus doze anos, foi em uma festa na cidade de Jerusalém, juntamente com
seus pais, e lá, esteve entre os doutores, interrogando e sendo interrogado, e
todos se admiravam de sua inteligência e suas respostas (Lc 2.47). Na idade de
doze anos o menino hebreu é introduzido na vida religiosa e se torna um “filho
da lei” (Hb, barmitzvah). A ida de Jesus a Jerusalém, se deu por conta
da observância dos deveres religiosos, como participar das três festas mais
importantes de Israel: a Páscoa, o Pentecostes e a festa dos Tabernáculos (Ex
23.14-17;34.23; Dt 16.16). Após sete dias, ao terminar as celebrações, todos
voltam as suas casas. Jesus, mesmo tendo apenas doze anos, permaneceu ainda
mais três dias, conversando com os doutores da Lei, os quais cada vez mais se
admiravam com a sabedoria daquele adolescente.
4. A juventude de Jesus. Após o episódio do templo, quando Jesus
estava com seus doze anos, Lucas nos relata o fato do batismo de Jesus, e logo
em seguida diz: “E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo
(como se cuidava) filho de José, e José, de Eli,” (Lc 3.23). Provavelmente
Maria tenha ficado viúva, e Jesus passou a trabalhar na carpintaria de seu pai,
profissão esta que herdou de José, seu pai adotivo, e sustentou a casa até
começar seu ministério (Lc 6.3). Veja que José não é mais citado em Marcos,
mas, apenas Jesus, como carpinteiro e como filho de Maria. Jesus não era um
jovem ocioso, mas sim trabalhador (Jo 5.17).
III – O TRÍPLICE DESENVOLVIMENTO DE JESUS
1. Jesus crescia em sabedoria. Certamente Jesus estudou nas escola de meninos
pobres de sua época, aprendendo assim a ler e escrever. Porém, o menino Jesus
estava constantemente na escola do Pai celestial. Tinha um relacionamento
estreito com seu Pai, e por isso mesmo, crescia em sabedoria. Ele foi chamado
de Rabi por Nicodemos, um dos príncipes dos judeus (Jo 3.1,2). Os rabinos são
os mestres da Lei.
2. Jesus crescia em estatura. A Bíblia não nos informa sobre qual era a
estatura de Jesus. Lucas narra que ele “crescia...em estatura...”. Sim,
como qualquer menino judeu normal, Jesus crescia também em seu porte físico.
Não era um rapaz muito bonito, que digamos, se distinguia dos demais. Conforme
a profecia de Isaias, ele era sem parecer e sem formosura (Is 53.2). Muito se
fala sobre a cor da pele de Jesus. Antigamente apenas conhecíamos o Jesus de
olhos azuis, de cabelos loiros do cinema e da televisão; mas, depois, a ciência
trouxe outra ideia sobre ele, dizendo que poderia até ser de pele morena. Isso
não importa, o que importa mesmo, é que ele foi e é o nosso Salvador.
3. Jesus crescia em graça. João escreveu dizendo: “E o verbo se fez
carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a gloria do Unigênito do
Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Na verdade Jesus era a própria
graça do Pai revelada aos homens. Mas, o crescimento na graça, fala de uma
multiplicação de dons, carismas, que dia a dia ia sendo visto e reconhecido pelo
povo, naquele que veio a este mundo para dar a sua vida em resgate de muitos.
4. Lições importante. A família de Jesus lhe proporcionou um
crescimento amplo, em todos os sentido, como emocional, social e espiritual.
Aqui aprendemos com essa humilde, mas, ajustada família, como é que se deve ser
a criação de nossos filhos. Como disse nosso comentarista: “Os pais precisam
ter essa consciência de que está sob a sua responsabilidade prover o ambiente
propício para que os filhos se desenvolvam de maneira saudável e geral”. Há
pais que fazem distinção entre filhos e filhos. Outros que atacam seus filhos
com palavras duras. Há lares que mais parecem com um campo de guerra, que um
lugar onde se pode descansar e aprender uns com os outros. Outra coisa a ser
ressaltada é o equilíbrio e a discrição de Maria. A Bíblia diz que Maria “Guardava
no coração todas essas coisas” (Lc 2.51). Ela não era uma mulher que saia
contando as coisas de qualquer modo. Era equilibrada e ponderada.
CONCLUSÃO
Se os pais de Jesus foram exemplos para os
pais de hoje, pela maneira que criaram seus filhos; Jesus também foi exemplo
para todos os filhos, de como tratar seus pais. Lembremo-nos que, mesmo na
cruz, Jesus ainda pediu a João para que cuidasse de sua mãe (Jo 19.26).
Atentemos para isso!
Amém
Pr Daniel Nunes
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