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segunda-feira, 19 de junho de 2023

A AMIZADE DE JESUS COM UMA FAMÍLIA DE BETÂNIA





LIÇÃO 13

A AMIZADE DE JESUS COM UMA FAMÍLIA DE BETÂNIA

TEXTO ÁUREO

Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã Maria, e a Lázaro.” (Jo 11.5)

VERDADE PRÁTICA

Dentro da família, a amizade com Cristo evoca comunhão, conselho, simpatia e reciprocidade nos relacionamentos.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 10.38-42; João 11.5,11

Objetivos da lição:

1)    Explicar a vida social de Jesus;

2)    Elencar os frutos da amizade com Jesus;

3)    Ensinar lições que podemos aprender a respeito da amizade de Jesus com a família de Betânia.

INTRODUÇÃO

Antigamente era fácil saber se uma família era cristã, principalmente evangélica, pois os quadros nas paredes retratavam isto. Era comum um quadro da Arca de Noé; dos dois caminhos; com versículos bíblicos, principalmente o Salmo 23. Em outros lares, havia uma plaquinha na entrada dizendo: Jesus vive neste lar. Isso demostrava a amizade que os membros daquela família tinham com Cristo. Infelizmente hoje em dia já não está mais assim. Está mais fácil hoje, saber para qual time os membros da família torce, pois, comumente está estampado em primeiro lugar na sala o time do coração; ou até mesmo um poster do ídolo da música secular ou gospel.

Ter Jesus como amigo da família trará, sem dúvida, um retorno positivo muito grande para todos os membros. Até mesmo àqueles que porventura não seja fiéis servos de Deus, serão santificados, pela amizade dos outros que gozam de sua companhia.

O lar de Betânia é um exemplo inspirador, e que, certamente nos ensinará preciosas lições de como desfrutar de um relacionamento de santa amizade com o Senhor Jesus.

I – A VIDA SOCIAL DE JESUS

1.    Jesus foi um ser social. Me coloco a imaginar a alegria daqueles que tiveram a felicidade de ter Jesus como amigo. Sim, em um tempo de amizades interesseiras, pautadas no ter e não no ser, como seria bom, ter, humanamente falando, um amigo na qualidade de Jesus. Ele era de fato um verdadeiro amigo. Ele disse aos seus discípulos, “Já não vos chamarei servos, [...] mas tenho-vos chamado amigos” (Jo 15.15).

Jesus viveu uma vida comum em meio a sociedade, principalmente até aos trinta anos, antes do seu batismo, quando saiu da casa de seus pais para a missão que lhe foi confiada pelo Pai celestial. Ele trabalhou na carpintaria de seu pai adotivo, José. Aprendeu a profissão, por isso mesmo ficou conhecido como o “carpinteiro” (Mc 6.3).

2.    Uma casa hospedeira. Quando uma pessoa que julgamos importante vem em nossa casa, nos sentimos muito bem, pois isso demostra amizade e carinho, não é mesmo? Pois bem, com a família de Betânia não foi diferente. Eles tinham amizade, com ninguém mais e nem menos que o Senhor Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo. Eles o recebiam sempre em sua residência, e ali o Mestre dos mestres se sentia em casa (Lc 10-38-42; Jo 12.1,2). A aldeia de Betânia ficava a cerca de três quilômetro a leste da cidade velha de Jerusalém e do Monte das Oliveiras. Betânia pode ter o significado de “casa de Ananias”, vindo do hebraico Bét naniyah. Outros entendem que significa “casa dos pobres”. Era nesse aldeia, na casa de Marta, Maria e Lázaro que Jesus gostava de se hospedar. Certamente ali ele encontrava corações abertos e verdadeiros para o recebê-lo.

3.    Jesus foi recebido por essa família. Aquela família, formada apenas por três irmãos, Marta, Maria e Lazaro, demonstra que seus pais já haviam falecido, e que os três permaneceram unidos, solteiros, morando na mesma casa. Naquela casa, Jesus encontrou uma acolhida calorosa de pessoas que entenderam o seu chamado. Foi ali, naquela humilde casa, que podemos ver um dos mais piedosos quadros em todo o ministério de Cristo: Jesus ensinando e Maria aos seus pés aprendendo silenciosa (Lc 10.39). Que monumento de piedade e amor!

II – FRUTOS DA AMIZADE COM JESUS

1.    Presença real do Filho de Deus. Muitos da sociedade não entendiam quem era aquele simples judeu chamado Jesus. Na época, o nome Jesus era comum entre eles. Porém, aquele Jesus era o Verbo Encarnado. Era o próprio Deus habitando entre os homens. Em resposta ao desejo de Filipe em ver o Pai, Jesus respondeu: “...Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (Jo 14.9). Jesus pergunta aos seus discípulos: “... E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16. 15); Pedro responde por revelação do Pai, dizendo: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16). Sim, ele não era qualquer homem; ele era o homem perfeito, o Salvador do mundo, o verbo que se fez carne, a resplandecente estrela da manhã.  A família de Betânia teve o privilégio de ter reconhecido Jesus como tal, e ter tido a sua amizade, e convivendo com eles em família.

2.    O desenvolvimento espiritual. Não há como conhecer Jesus sem adorá-lo. O comentarista cita as três vezes que Maria reconhece isso, e aos pés do Mestre amado, aprende dele, busca a ele para resolver seus problemas e o adora, lançando sobre ele um perfume caríssimo (Lc 10.39; Jo 11.32; 12.3). Vos levo a pensar também na mulher samaritana, que antes de conhecer quem de fato era aquele judeu que falava com ela, o tratou com desdém (Jo 4.9); porém, após conhecê-lo, ela deixa o seu cântaro, sai correndo para a cidade de Sicar e diz ao povo: “Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto eu tenho feito; porventura, não é este o Cristo?” (Jo 4.29). Como é bom ter os olhos abertos e poder manter uma estreita amizade com Jesus.

3.    Serviço concreto. Paulo nos fala em primeira aos Coríntios, capítulo dez e versículo trinta e um o seguinte: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus”. Jesus sempre estava lá na casa da família de Marta e Maria. Certamente comia, e quem sabe descansava um pouco das longas jornadas evangelísticas que fazia com seus discípulos. Naquela casa ele tinha uma mesa, onde podia comer as iguarias judaicas, o pão, a carne do cordeiro temperadas com ervas da região. Se Maria era uma boa ouvinte, Marta uma boa cozinheira. Naquela casa todos serviam ao Senhor. Marta foi admoestada pelo Senhor sim, mas, ele não mandou que ela não preparasse o alimento, disse apenas que ela estava muito afadigada com muitas coisas. Quem sabe, ensinando a Marta a saber controlar mais sua ansiedade em preparar a comida para Jesus, e também aproveitar um pouco dos seus ensinamentos (Lc 10.41,42).

III – LIÇÕES QUE APRENDEMOS COM A AMIZADE COM JESUS

1.    Uma historia de amor. Jesus amava aos seus. Assim nos diz as Escrituras: “... como havia amado aos seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim” (Jo 13.1). Marta e Maria, quando seu irmão Lazaro ficou enfermo, enviou alguém a Jesus, dizendo: “... Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas” (Jo 11.3). Que confiança! Que privilégio dizer isto ao Senhor dos senhores e o Senhor da vida. Gloria a Deus. Jesus disse assim aos seus discípulos: “...Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14. 23). Disse mais: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar a sua vida pelos seus amigos” (Jo 15. 12,13). Jesus nos ensina que o amor é o sentimento mais sublime e que deve nortear o relacionamento da família cristã.

2.    Compreender o outro. Como diz os mais velhos: Nem os dedos das mãos são iguais. É verdade! Muitas vezes queremos que todos os membros de uma família sejam iguais. Isso pode acontecer com robôs, não com seres humanos. Cada um de nós temos nosso temperamento, emoção, sentimento, e muitas vezes distintos um do outro. Assim era a família de Betânia. Os três irmãos eram distintos em suas emoções, porém, uma coisa é certa: Todos queriam agradar e servir a Jesus da melhor maneira possível. Isto é o que basta. As demais coisas, ou as pequenas questões, serão polidas e lapidadas pelo próprio Senhor Jesus, que sabe muito bem como trabalhar em nosso caráter, temperamento e personalidade.

3.    Ponderar quanto aos cuidados da vida. Saliento nesse último item que Marta foi a única mulher na Bíblia que Jesus repetiu duas vezes o seu nome. Essa repetição era um típico chamado de atenção. “E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas” (Lc 10.41). Marta era uma mulher trabalhadeira; isso não se pode negar. Com esse chamado de atenção, Jesus não está dizendo a Marta que não se deve trabalhar, mas que se deve ter cuidado para não priorizar o que não é prioridade. Como diz nosso comentarista: A vida tem a ver com o equilíbrio da alma e do espírito, pois o ser humano viverá de “toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt 4.4). Então, precisamos dosar as coisas. Nem só trabalho sem se preocupar com o espiritual, nem só o espiritual sem se preocupar com a vida física e material. A vida amistosa com Jesus nos fará equilibrados, produtivos e abençoados.

CONCLUSÃO

Concluímos esse trimestre, certamente mais preparados para vencermos os inúmeros desafios que neste mundo temos e teremos cada dia, seja socialmente ou espiritualmente como família. Que a amizade com Jesus seja sempre constante em nossa família. Que todos os dias, de manhã até a noite, nossas ações sejam regidas por esta amizade tão maravilhosa e salutar.

Que Deus em Cristo vos abençoe.

Vosso irmãos em Cristo

Daniel Nunes

 

 


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