LIÇÃO 13
A AMIZADE DE JESUS COM
UMA FAMÍLIA DE BETÂNIA
TEXTO ÁUREO
“Ora, Jesus amava a Marta, e a sua
irmã Maria, e a Lázaro.” (Jo 11.5)
VERDADE PRÁTICA
Dentro da família, a amizade com
Cristo evoca comunhão, conselho, simpatia e reciprocidade nos relacionamentos.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 10.38-42; João 11.5,11
Objetivos da lição:
1) Explicar a vida social de Jesus;
2) Elencar os frutos da amizade com Jesus;
3) Ensinar lições que podemos aprender a respeito da
amizade de Jesus com a família de Betânia.
INTRODUÇÃO
Antigamente era fácil saber se uma
família era cristã, principalmente evangélica, pois os quadros nas paredes
retratavam isto. Era comum um quadro da Arca de Noé; dos dois caminhos; com
versículos bíblicos, principalmente o Salmo 23. Em outros lares, havia uma
plaquinha na entrada dizendo: Jesus vive neste lar. Isso demostrava a amizade
que os membros daquela família tinham com Cristo. Infelizmente hoje em dia já
não está mais assim. Está mais fácil hoje, saber para qual time os membros da
família torce, pois, comumente está estampado em primeiro lugar na sala o time
do coração; ou até mesmo um poster do ídolo da música secular ou gospel.
Ter Jesus como amigo da família
trará, sem dúvida, um retorno positivo muito grande para todos os membros. Até
mesmo àqueles que porventura não seja fiéis servos de Deus, serão santificados,
pela amizade dos outros que gozam de sua companhia.
O lar de Betânia é um exemplo
inspirador, e que, certamente nos ensinará preciosas lições de como desfrutar
de um relacionamento de santa amizade com o Senhor Jesus.
I – A VIDA SOCIAL DE JESUS
1. Jesus foi um ser social. Me coloco a imaginar a alegria
daqueles que tiveram a felicidade de ter Jesus como amigo. Sim, em um tempo de
amizades interesseiras, pautadas no ter e não no ser, como seria bom, ter,
humanamente falando, um amigo na qualidade de Jesus. Ele era de fato um
verdadeiro amigo. Ele disse aos seus discípulos, “Já não vos chamarei
servos, [...] mas tenho-vos chamado amigos” (Jo 15.15).
Jesus viveu uma vida comum em meio a
sociedade, principalmente até aos trinta anos, antes do seu batismo, quando
saiu da casa de seus pais para a missão que lhe foi confiada pelo Pai
celestial. Ele trabalhou na carpintaria de seu pai adotivo, José. Aprendeu a
profissão, por isso mesmo ficou conhecido como o “carpinteiro” (Mc 6.3).
2. Uma casa hospedeira. Quando uma pessoa que julgamos
importante vem em nossa casa, nos sentimos muito bem, pois isso demostra
amizade e carinho, não é mesmo? Pois bem, com a família de Betânia não foi
diferente. Eles tinham amizade, com ninguém mais e nem menos que o Senhor Jesus
Cristo, o Filho do Deus vivo. Eles o recebiam sempre em sua residência, e ali o
Mestre dos mestres se sentia em casa (Lc 10-38-42; Jo 12.1,2). A aldeia de
Betânia ficava a cerca de três quilômetro a leste da cidade velha de Jerusalém
e do Monte das Oliveiras. Betânia pode ter o significado de “casa de Ananias”,
vindo do hebraico Bét naniyah. Outros entendem que significa “casa dos
pobres”. Era nesse aldeia, na casa de Marta, Maria e Lázaro que Jesus gostava
de se hospedar. Certamente ali ele encontrava corações abertos e verdadeiros
para o recebê-lo.
3. Jesus foi recebido por essa família. Aquela família, formada apenas por
três irmãos, Marta, Maria e Lazaro, demonstra que seus pais já haviam falecido,
e que os três permaneceram unidos, solteiros, morando na mesma casa. Naquela
casa, Jesus encontrou uma acolhida calorosa de pessoas que entenderam o seu
chamado. Foi ali, naquela humilde casa, que podemos ver um dos mais piedosos
quadros em todo o ministério de Cristo: Jesus ensinando e Maria aos seus pés
aprendendo silenciosa (Lc 10.39). Que monumento de piedade e amor!
II – FRUTOS DA AMIZADE
COM JESUS
1. Presença real do Filho de Deus. Muitos da sociedade não entendiam
quem era aquele simples judeu chamado Jesus. Na época, o nome Jesus era comum
entre eles. Porém, aquele Jesus era o Verbo Encarnado. Era o próprio Deus
habitando entre os homens. Em resposta ao desejo de Filipe em ver o Pai, Jesus
respondeu: “...Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido,
Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (Jo
14.9). Jesus pergunta aos seus discípulos: “... E vós, quem dizeis que eu
sou?” (Mt 16. 15); Pedro responde por revelação do Pai, dizendo: “Tu és
o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16). Sim, ele não era qualquer
homem; ele era o homem perfeito, o Salvador do mundo, o verbo que se fez carne,
a resplandecente estrela da manhã. A
família de Betânia teve o privilégio de ter reconhecido Jesus como tal, e ter
tido a sua amizade, e convivendo com eles em família.
2. O desenvolvimento espiritual. Não há como conhecer Jesus sem
adorá-lo. O comentarista cita as três vezes que Maria reconhece isso, e aos pés
do Mestre amado, aprende dele, busca a ele para resolver seus problemas e o
adora, lançando sobre ele um perfume caríssimo (Lc 10.39; Jo 11.32; 12.3). Vos
levo a pensar também na mulher samaritana, que antes de conhecer quem de fato
era aquele judeu que falava com ela, o tratou com desdém (Jo 4.9); porém, após conhecê-lo,
ela deixa o seu cântaro, sai correndo para a cidade de Sicar e diz ao povo: “Vinde
e vede um homem que me disse tudo quanto eu tenho feito; porventura, não é este
o Cristo?” (Jo 4.29). Como é bom ter os olhos abertos e poder manter uma
estreita amizade com Jesus.
3. Serviço concreto. Paulo nos fala em primeira aos
Coríntios, capítulo dez e versículo trinta e um o seguinte: “Portanto, quer
comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de
Deus”. Jesus sempre estava lá na casa da família de Marta e Maria.
Certamente comia, e quem sabe descansava um pouco das longas jornadas
evangelísticas que fazia com seus discípulos. Naquela casa ele tinha uma mesa,
onde podia comer as iguarias judaicas, o pão, a carne do cordeiro temperadas
com ervas da região. Se Maria era uma boa ouvinte, Marta uma boa cozinheira.
Naquela casa todos serviam ao Senhor. Marta foi admoestada pelo Senhor sim,
mas, ele não mandou que ela não preparasse o alimento, disse apenas que ela
estava muito afadigada com muitas coisas. Quem sabe, ensinando a Marta a saber
controlar mais sua ansiedade em preparar a comida para Jesus, e também
aproveitar um pouco dos seus ensinamentos (Lc 10.41,42).
III – LIÇÕES QUE
APRENDEMOS COM A AMIZADE COM JESUS
1. Uma historia de amor. Jesus amava aos seus. Assim nos diz
as Escrituras: “... como havia amado aos seus que estavam no mundo, amou-os
até ao fim” (Jo 13.1). Marta e Maria, quando seu irmão Lazaro ficou
enfermo, enviou alguém a Jesus, dizendo: “... Senhor, eis que está enfermo
aquele que tu amas” (Jo 11.3). Que confiança! Que privilégio dizer isto ao
Senhor dos senhores e o Senhor da vida. Gloria a Deus. Jesus disse assim aos
seus discípulos: “...Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o
amará, e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14. 23). Disse mais:
“O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que este: de dar a sua vida pelos seus amigos”
(Jo 15. 12,13). Jesus nos ensina que o amor é o sentimento mais sublime e que
deve nortear o relacionamento da família cristã.
2. Compreender o outro. Como diz os mais velhos: Nem os dedos
das mãos são iguais. É verdade! Muitas vezes queremos que todos os membros de
uma família sejam iguais. Isso pode acontecer com robôs, não com seres humanos.
Cada um de nós temos nosso temperamento, emoção, sentimento, e muitas vezes
distintos um do outro. Assim era a família de Betânia. Os três irmãos eram
distintos em suas emoções, porém, uma coisa é certa: Todos queriam agradar e
servir a Jesus da melhor maneira possível. Isto é o que basta. As demais
coisas, ou as pequenas questões, serão polidas e lapidadas pelo próprio Senhor
Jesus, que sabe muito bem como trabalhar em nosso caráter, temperamento e
personalidade.
3. Ponderar quanto aos cuidados da vida.
Saliento nesse
último item que Marta foi a única mulher na Bíblia que Jesus repetiu duas vezes
o seu nome. Essa repetição era um típico chamado de atenção. “E respondendo
Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas”
(Lc 10.41). Marta era uma mulher trabalhadeira; isso não se pode negar. Com
esse chamado de atenção, Jesus não está dizendo a Marta que não se deve
trabalhar, mas que se deve ter cuidado para não priorizar o que não é
prioridade. Como diz nosso comentarista: A vida tem a ver com o equilíbrio da
alma e do espírito, pois o ser humano viverá de “toda a palavra que sai da boca
de Deus” (Mt 4.4). Então, precisamos dosar as coisas. Nem só trabalho sem se
preocupar com o espiritual, nem só o espiritual sem se preocupar com a vida
física e material. A vida amistosa com Jesus nos fará equilibrados, produtivos
e abençoados.
CONCLUSÃO
Concluímos esse trimestre, certamente
mais preparados para vencermos os inúmeros desafios que neste mundo temos e
teremos cada dia, seja socialmente ou espiritualmente como família. Que a
amizade com Jesus seja sempre constante em nossa família. Que todos os dias, de
manhã até a noite, nossas ações sejam regidas por esta amizade tão maravilhosa
e salutar.
Que Deus em Cristo vos abençoe.
Vosso irmãos em Cristo
Daniel Nunes
0 comentários:
Postar um comentário