Em um país como o Brasil, onde a constituição diz que o estado é laico, mas que as marcas da religião católica estão estampadas em logradouros públicos, hospitais, escolas, câmaras legislativas, etc., todo cuidado é pouco, quando tratamos desse assunto, pois, podemos estar pensando ser apenas mais uma cultura popular, sem nenhum problema espiritual, e, estarmos incorrendo no pecado da idolatria. Estudemos, pois o assunto.
A palavra “folclore” é formada por dois termos da língua inglesa, quais sejam: Folk, que significa gente, e, lore, que significa sabedoria popular ou tradição. Portanto o termo folclore significa “o conjunto das tradições, conhecimento, saber vulgar”. A Enciclopédia Didática de Informação e pesquisa Educacional coloca as festas juninas dentro do folclore brasileiro dizendo o seguinte: “As festas tradicionais brasileiras, são na sua maioria católicas, como as festas de São Benedito, Santo Antônio, São João, São Pedro, Nossa Senhora do Rosário, Círio de Nazaré etc.” (grifo nosso). Pode-se assim notar, desde então, a força da tradição católica romana impregnada nessa festa pagã, disfarçada de folclórica.
Entendo ser também de igual importância definir o termo “festas juninas”. Há várias versões sobre a etimologia do nome. Alguém diz que é por causa do mês de Junho, outros dizem que é pelo nome de São João Batista, é que antigamente se chamava “Joanina”, vindo depois chamar-se “junina”. Outros ainda dizem que esse nome veio de uma deusa da mitologia romana, filha de Saturno e mulher de Júpiter, por nome “Juno”, e que sua festa era chamada de “junônias”, dando origem ao atual nome “juninas”.
As festas juninas já foram muito mais fortes em todo país. Nos últimos dias, as regiões Norte e Nordeste são aonde acontecem as maiores festas em homenagem aos três santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro. As cidades de Caruaru no Pernambuco e Campina Grande na Paraíba disputam entre si, para mostrar ao Brasil e ao mundo quem realiza a maior festa de São João, chegando a ter trinta dias consecutivos de festejos. O que mais chama a nossa atenção é a maneira nada bíblica que usam para comemorar (segundo a tradição católica) o nascimento dos santos: Músicas mundanas, bebidas alcóolicas, danças sensuais, fogos de artifícios, balões coloridos, banhos coletivos pelas madrugadas e fogueiras. Além do mais, sempre tem os casamentos matutos, ou caipiras (dependendo da região), onde o homem do campo é vilipendiado, como se todo camponês fosse sem dentes, ou com os dentes cariados, vestisse calças e camisas sempre remendadas, e tivesse no pé uma botina furada, levando assim, até as crianças hoje em dia, não terem nenhum incentivo, ou desejo de trabalharem na agricultura, pois, o homem do campo é visto como um cidadão de baixa categoria. Um cidadão que se veste mal, fala errado e não cuida do seu corpo.
Nesse meio totalmente carnal e idolátrico, acontece de tudo. Embriaguez, brigas, sendo que algumas delas chegam até haver morte, espancamentos, discussões acaloradas, rixas, perda de amizades, adultérios, fornicações, gravidez indesejada, traições, etc. Enfim, uma festa que não agrada aos olhos de Deus.
Poderá ser que alguém defenda as festas juninas, dizendo que não tem nada a ver. Que não passa de uma festinha de criança. O que não é verdade! A Igreja Católica Romana está por trás de tudo isso. Desde a estorinha contada de forma pueril para tentar conquistar a mente do infante, onde dizem que Izabel se comunicou com Maria, através de uma fogueira sobre o nascimento de João Batista, pois, segundo a estória, na época não havia meios de comunicação (uma mentira em forma de estória). Esquecem esses contadores de estórias, que Deus, sempre teve os seus meios para avisar os seus servos sobre qualquer acontecimento. Deus sempre teve anjos ao seu inteiro dispor. O mesmo anjo Gabriel, que anunciou para Maria, que ela daria a luz a um filho, também lhe contou que Isabel sua prima estava grávida, mesmo sendo de idade avançada (Lc 1. 36).
Outro ponto a ser acentuado aqui são as coisas sacrificadas aos ídolos. Sabemos que, se não todo, uma grande parte de tudo o que se vende nas festas juninas, principalmente os alimentos, são sacrificados aos ídolos, e uma parte do lucro é remetido a Igreja Católica. Vejamos o que diz a Bíblia a esse respeito: “Portanto, meus amados, fugi da idolatria”, “Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus, E não quero que sejais participantes com os demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios: Não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios” (1Co 10. 14,19-21).
Poderá ser que alguém diga: “Não vejo nada de idolatria hoje em dia nas festas juninas”. Tudo bem! Se não vemos mais idolatria, vemos a mesa dos pecadores e a roda dos escarnecedores, e, a Bíblia nos diz: “Bem aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Sl 1.1). Portanto, não há saída. Não há como sermos coniventes com tais festas, pois elas vão de encontro com tudo o que a Bíblia chama de fruto do Espírito, e, estão verdadeiramente afinadas com tudo aquilo que a Palavra chama de obras da carne (Gl 5. 17-23).
O conselho que deixamos para nossos amados irmãos é o mesmo que o apóstolo Paulo deixou para a Igreja dos santos que estavam em Roma: “E não conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). Quantos servos de Deus, que já rejeitaram as obras infrutuosas das trevas no passado, hoje, estão dizendo que não faz mal e transigindo com o pecado. Cuidado, porque muitos serão surpreendidos na vinda do Senhor Jesus! A falta de temor a Deus tem levado muitos cristãos, que outrora defendia a fé cristã com todas as forças, estarem hoje com as mãos frouxas e cansadas, e os pés cambaleantes. Para os tais a Bíblia diz: “Portanto tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados, e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente, antes seja sarado” (He 12. 12,13).
Festa junina não é uma simples festa folclórica brasileira, ela é hoje, além de idolátrica e pagã, uma festa tão carnal quanto o Carnaval, ou outra festa mundana qualquer. Portanto amados irmãos, mantenham-se longe, e, procurem manter vossos filhos também longe de tais festividades. Analisem tudo o que foi escrito e tirem suas conclusões, mas a meu ver, não é uma festa recomendável para a família cristã!
Pr. Daniel Nunes da Silva
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