Lição 12
VIVENDO NO ESPÍRITO
TEXTO ÁUREO
“Mas o fruto do Espírito é: amor,
gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” (Gal 5.22)
VERDADE PRÁTICA
O avivamento espiritual traz uma
realidade de vida no Espírito.
Leitura Bíblica em Classe – Gal 5.19-23
INTRODUÇÃO
Quero iniciar o comentário dessa tão
rica lição sobre o sugestivo tema: Vivendo no Espírito, trazendo uma palavra do
pastor Stanley Horton, em seu livro O que a Bíblia diz sobre o Espírito Santo,
da CPAD, página 238, onde diz: “O amor precisa operar em nosso coração até se
tornar o motivo controlador de tudo quanto fizermos. Semelhante amor traz
consigo também, a totalidade do fruto do Espírito (Conforme demostra a
descrição em 1Co 13.4-7). Semelhante amor nunca falhará (no sentido de chegar
ao fim por ser necessário ou por deixar de ser válido)”. Prossegue o autor: “Em
contraste com o amor, as profecias serão aniquiladas. As línguas cessarão. O conhecimento
(Nesse contexto, provavelmente o dom espiritual da palavra de conhecimento)
também cessará”.
Por que trago essa nota no inicio desta
lição? Explico: Como pentecostais que somos, temos uma forte tendência de
entender que uma vida vivida constantemente no Espírito Santo, seja uma vida de
muitas línguas estranhas, muitas profecias, muito gloria a Deus e aleluia nos cultos.
Corinhos muito movimentados, crentes chorando por todos os lados etc. Porém, a essência
de uma vida vivida no Espírito é o amor. O Amor a Deus, ao próximo, a obra de
Deus, a oração, a leitura da Palavra, a evangelização e muito mais.
Para que possamos viver em amor, e
consequentemente sermos usados nas mãos de Deus com todos os dons espirituais,
e fazendo a vontade de Deus, se faz necessário andarmos no Espírito. Coisa que
não é fácil, dado a nossa natureza pecaminosa, e a tendência carnal que batalha
contra o homem espiritual que em nós habita. Mas, não é impossível. Se dermos
lugar pleno ao Espírito Santo, Ele nos ajudará, e finalmente quem vencerá será
o homem espiritual. Gloria a Deus!
I – A VIDA NO ESPÍRITO
1. Andando no Espírito. Paulo, escrevendo aos Romanos, disse:
“A fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo
a carne, mas segundo o Espírito. Porque os que se inclinam para a carne cogita
das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do
Espírito” (Rm 8.4,5); “Pois, todos os que são guiados pelo Espírito de
Deus são filhos de Deus” (Rm 8.14). O pastor Elinaldo explica que “andar”
tem o sentido figurado de viver, experienciar, praticar e conduzir na vida
espiritual. Aos Gálatas Paulo escreveu: “Andai em Espírito e não cumprireis
a concupiscência da carne” (Gal 5.16). Quando Paulo fala de “andar
segundo o Espírito”, dá a entender que o Espírito é quem vai na frente como
o “primeiro” e o crente vai logo atrás como segundo. Quer dizer, ele não toma a
iniciativa da caminhada, mas, segue o que o Espírito lhe ordena que faça.
2. Por que andar em Espírito? A resposta é óbvia: Para não cumprir
os desejos da carne. Vamos simular um incidente: Enquanto dirigimos pelas ruas
da cidade, levamos um chamado “trancão” de alguém em outro carro. Naquele
momento, o homem carnal, pede para que corramos atrás do dito motorista e xinguemos,
ou fiquemos zangados, falando palavras brutas e quem sabe até alguns palavrões
torpes, porém, o homem guiado pelo Espírito Santo, vai ouvir a sua voz, e vai
se controlar, não é mesmo? Foi apenas um exemplo na vida real, para que
possamos entender o que é viver no Espírito. Andando no Espírito, o salvo tem vitória
sobre o império da morte.
3. Como andar em Espírito? Como disse a princípio: Não é fácil
andar em Espírito, porque a inclinação carnal, herdada dos nossos primeiros pais
é muito forte. Acho que a grande maioria dos chamados cristãos, não andam diariamente
no Espírito. Se você não concorda comigo, então, passe daqui para frente a
tomar nota de suas atitudes frente aos desafios diários. Em casa, na rua, no colégio,
na faculdade, no trabalho, na feira etc. Há intrigas até nas horas de culto;
nos ensaios, nas convivências. Filho crentes brigando com os pais; pais crentes
brigando com os filhos; esposos crentes brigando com esposas, esposas crentes
brigando com esposos; crentes fofocando da vida dos outros; mentindo,
detratando, e tantas outras coisas mais que ocorrem no dia a dia. É fácil falar
em “andar no Espírito”, mas, dominar a natureza velha, e viver no Espírito,
somente com muita oração, vigilância e meditação na Palavra de Deus. Como diz
nosso comentarista: É preciso, além de crer em Jesus, cultivar o relacionamento
com Deus, e ter de fato o Espírito Santo morando 24 horas dentro dele (Jo
14.17); Ser guiado pelo Espírito (Jo 8.14); e viver cheio do Espírito (Ef
5.18).
II – O CONFRONTO ENTRE
A CARNE E O ESPÍRITO
1. Carne x Espírito. Nosso maior inimigo não é o diabo.
Alguém pode até discordar, mas posso lhe dizer com todas as letras e com muita
convicção: Nosso maior inimigo é a nossa própria carne. Vencer a nós mesmos é
nossa maior vitória. Os nosso membros guerreiam dentro de nós. Você já parou
para pensar nisso? Veja o que disse Paulo: “Porque eu sei que em mim, isto
e, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não,
porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero,
esse faço [...]Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside
em mim [...] Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”
(Rm 7. 18,19,21,24). A natureza herdada de Adão é alimentada pela cobiça da
carne, isto é, pelos desejos carnais. Nosso comentarista cita algumas coisas
que nos afasta para longe de Deus, como: Falsas religiões, pelo humanismo,
materialismo etc. E o resultado não é outro senão o afastamento de Deus, e a
amizade com o mundo, a carne e o diabo (Gal 5.16,17).
2. As obras da carne. O pastor Stanley Horton classifica
as obras da carne em quatro grupos: Primeiro: Adultério,
fornicação, impureza e lascívia (atentados irrefreados e deliberados contra
toda a decência), relacionado com a imoralidade sexual. Disse o autor, que boa
parte disso nem sequer era considerada pecado pela sociedade em geral na época;
Segundo: Idolatria (tanto as imagens como os deuses que representavam) e
feitiçaria (inclusive a magia, os encantamentos e o uso de drogas nos rituais
religiosos) relacionadas com as religiões de origens humanas; Terceiro: Inimizades
(ódio), porfias (contendas, discórdias, brigas, discussões), emulações (inveja
daquilo que os outros têm), iras (explosões de raiva, perda da paciência),
pelejas (intrigas por motivos mercenários, devoção ao próprio interesses, como
na busca de empregos públicos), dissensões (como as que existem entre os partidos
políticos), heresias (diferenças de opinião, especialmente as levadas ao ponto
de causarem divisões), invejas (expressadas em termos de má vontade e de malícia)
e homicídios (resultantes dos motivos citados. (Mt 5.21-23; 1Jo 3.14,15). Todas
essas coisas relacionam-se com os conflitos que surgem dos nossos próprios impulsos
e desejos egoístas; Quarto: Bebedices e glutonarias (com as orgias, farras
e pândegas). Paulo encerra essa parte da carta, dizendo “que os que cometem tais
coisas não herdarão o Reino de Deus” (Gal 5.21; cf 1Co 6.9).
III – O AVIVAMENTO PELO
FRUTO DO ESPÍRITO
1. O Fruto do Espírito. Dons e Fruto do Espírito são
característica essenciais para a vida e o caráter cristão. É interessante lembrar
que os dons são concedido, e vem de fora para dentro; enquanto o fruto e desenvolvido,
gerado dentro do cristão, e deve transparecer para o exterior. Se torna um exibicionismo
o uso dos dons, sem a prática do fruto. Jesus falou sobre os exibicionistas que
chegarão diante de Deus, dizendo que fizeram milagres, profetizaram e fizeram
maravilhas, mas não serão reconhecidos por Deus (Mt 7.21-23). Disse nosso
comentarista: Nem todos os cristãos são portadores da graça dos dons
espirituais, mas todos devem experimentar e testemunhar o fruto do Espírito em
sua vida. Outras coisa a ser considerada, é que as “obras da carne” está no
plural, mostrando assim a falta de unidade, e não poderia ser diferente. Mas, a
palavra “fruto” vem no singular, mostrando assim a unidade de Deus na vida dos
que geram esse precioso fruto.
2. Os nove aspectos do fruto do
Espírito. Volto a
usar o que nos ensina o pastor Stanley Horton, e com isto, não estou abandonando
o que nos ensinou nosso querido pastor Elinaldo, mas, estou trazendo um
complemente de outro renomado autor, para que tenhamos ainda mais subsídios para
essa excelente aula. O fruto começa com amor e tudo resume no amor. É chamado
fruto do Espírito, porque brota do Espírito. Não cresce naturalmente do solo da
nossa carne humana.
a. O amor é idêntico ao que Deus demostrou no Calvário, quando Ele enviou seu Filho para morrer por nós, enquanto éramos ainda pecadores (Rm 5.8). Todas as qualificações desse amor está inserido em 1Corintios 13. 4-7). Esse amor como fruto do Espírito, é sofredor, benigno, não é invejoso, é humilde, cortês, não é egoísta, nem cobiçoso, nunca quer ver a desgraça alheia. Suporta tudo firme na fé. Ele nunca fracassará.
O gozo é algo que o mundo não conhece. Muitos estão em uma
corrida louca atrás dos prazeres. Alguns acham certa medida de felicidade e
satisfação. Mas nem sequer poderão imaginar a experiência de ter o gozo
profundo e ininterrupto que é o fruto do Espírito. Esse gozo brota em nós, à
medida que o Espírito Santo torna Jesus e sua obra de salvação cada vez mais
real para nosso coração (Fil 3.1).
b. A paz
verdadeira somente vem do Espírito Santo. Inclui um espírito tranquilo, mas é
mais do que isso. É a consciência de que estamos num relacionamento certo com Deus
(Rm 5.1).
c. Longanimidade é ter paciência com as pessoas que deliberadamente
procuram magoar-nos ou causar-nos dano. Os incrédulos talvez façam o possível
para nos lesar ou nos deixar irados. Mas o Espírito nos ajuda a aguentar tudo
por amor, como o gozo no Senhor.
d.
A benignidade
é a generosidade que procura ver as pessoas da melhor maneira possível. É compassiva
e dá resposta branda que, segundo Salomão, desvia a ira, ou evita explosões de
raiva (Pv 15.1).
e.
A bondade dá
ideia do desenvolvimento de um caráter bom, reto, fidedigno, sem deixar de ser
generoso e amigável com o próximo.
f. A Fé, como fruto do Espírito, é frequentemente
distinguida da que traz a salvação e a que opera milagres. A fé, tanto no
Antigo Testamento como no Novo, inclui a fidelidade e a obediência. Ela está totalmente
ligada ao amor.
g.
A mansidão não
é auto rebaixamento ou fazer pouco de si mesmo. Pelo contrário, é uma humildade
genuína que não se considera importante demais para realizar as tarefas humildes.
Não assume ares de grandeza ou imponência no sentido de deixar de ser cortês,
atencioso e gentil com as pessoas.
h.
A temperança
não é apenas moderação. É controle próprio. O verbo correspondente é usado para
os atletas que precisam se controlar em tudo, para serem vitoriosos (1Co 9.25).
O Espírito nem sempre remove todos os desejos da carne, e, certamente, nem
todos os impulsos e tendências da carne. Mas parte do seu fruto é que Ele nos
ajuda a desenvolver o autocontrole que domina esses desejos, impulsos, paixões e
apetites.
i. Contra o fruto do Espírito não há
lei. Esse é uma conclusão
tácita do velho apóstolo: “Contra essas coisas não há lei”. Não tem que
venha desabonar, prender, condenar, o cristão que desenvolver o fruto do Espírito
Santo. Por mais que o inimigo ranja os dentes, nada podem fazer contra a vida
daquele que viva no Espírito Santo. Cultivemos, com a ajuda de Deus o fruto do Espírito
Santo, e assim teremos uma vida verdadeiramente avivada.
CONCLUSÃO
Alguém pode até se passar por
espiritual falando línguas e até operando milagres, mas se não tiver o fruto do
Espírito, de nada adianta. Diante de Deus, o que conta não é a quantidade de
dons, mas sim, se em nós foi gerado o fruto do Espírito Santo.
Amém.
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