LIÇÃO 13
AVIVA, Ó SENHOR, A TUA OBRA
TEXTO ÁUREO
"Ouvi, Senhor, a tua palavra
e temi; aviva, ó Senhor a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a
notifica; na ira lembra-te da misericórdia” (Hc 3.2).
VERDADE PRÁTICA
É a vontade de Deus avivar a sua obra
nestes últimos dias até que o Senhor Jesus volte.
Leitura Bíblica em Classe – Habacuque 3.1,2,16-19
Objetivos da Lição
1.
Apresentar o clamor pelo avivamento do profeta Habacuque;
2.
Enfatizar a Palavra de Deus como elemento fundamental do avivamento;
3.
Conscientizar a respeito da necessidade de um verdadeiro avivamento.
INTRODUÇÃO
Concordo plenamente com nosso
comentarista que há uma necessidade premente de a Igreja visível ser
poderosamente avivava por Deus. Essa palavra “premente” significa que há uma
necessidade urgente, uma solução rápida, para que a Igreja não venha sucumbir
diante da frieza do materialismo, comodismo e secularismo que tem invadido com
muita força as entranhas das denominações evangélicas.
O clamor do profeta Habacuque deve
ser o nosso clamor, para que haja um verdadeiro avivamento. Nada que seja
apenas emocionalismo, coisas fabricadas nas mentes de atores, que levam multidões
ao delírio, mas não leva à mudança de vida, ao amor ardente pelas almas dos
perdidos e a busca sedenta pela santidade de Deus. Esse avivamento deve começar
em cada um de nós. Não podemos estarmos satisfeitos com a metade do poder, com
um quarto do poder, com três quartos do poder, mas sim, com a plenitude do
poder de Deus. Cumprindo assim o que disse Paulo, aos Efésios capítulo 5 e
versículo 18 “E não vos embriagueis com o vinho em que há dissolução, mas
enchei-vos do Espírito”.
I – O CLAMOR PELO
AVIVAMENTO
1.
A intercessão angustiada do profeta. O Livro do profeta Habacuque começa com uma pergunta
de lamento do profeta, quando ele diz: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e
tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? (Hc 1.2). No capítulo
2 ele diz: “Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a
fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei da
minha queixa”. Ele queria dizer que não sairia da presença do Senhor, até
que obtivesse a resposta; e a resposta veio da boca do Senhor. Tem horas que
parece que Deus não responde, e essas horas se tornam infindas. Parece que o
tempo não passa. Porém, mesmo em silencio o Senhor está trabalhando. Ele
trabalha no silencio, no sol, na sombra, no fogo, na água, no velo de lã e no
redemoinho.
2.
A aparente indiferença de Deus. Essa indiferença é apenas aparente, porque de fato não
existe indiferença, o que há é a tardia ira de Deus para punir os pecadores.
Pedro, ao responder aos zombadores da vinda do Senhor, disse: “Não retarda o
Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é
longânimo para convosco não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem
ao arrependimento” (2Pe 3. 9). O grande problema da humanidade, é que na
sua ampla maioria, dão as costas para Deus. Porém, haverá um dia que a porta
vai se fechar, não havendo mais tempo de arrependimento (Sal 9.17).
3.
A resposta pronta de Deus. Os pecados de Judá haviam se transbordado diante dos olhos
do Senhor. Agora ele levanta os caldeus, para ser o seu chicote para castigar o
seu povo, para traze-los de volta a sua presença. O Escritor aos Hebreus escreveu
dizendo: “... Filho meu, não menosprezes a correção do Senhor, nem desmaies
quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo
filho a quem recebe” (Hb 12. 5,6). Assim faz o Senhor conosco. Ele dá
tempo, fala, adverte, e se não damos ouvidos, ele açoita para que o crente chegue
no lugar que Ele quer.
II – O AVIVAMENTO PELA
PALAVRA
1.
Ouvir a Palavra de Deus. Disse Habacuque: “Ouvi, Senhor a tua Palavra” (Hc 3.1a).
Não há avivamento sem ouvir a Palavra de Deus. Disse Paulo que “A fé vem pela
pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). João disse que “Bem-aventurados
aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas
nela escrita, pois o tempo está próximo” (Ap 1.3). É preciso ouvir a voz de
Deus com atenção para viver um período de avivamento espiritual.
2.
Temer a Deus. Quando
ouvimos a voz de Deus, chega o temor no coração. Lucas escreve em Atos, que o
povo, ao ouvir a palavra pregada por Pedro, se encheram de temor. “Ouvindo
eles estas coisas, compungiu-se lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos
demais apóstolos: Que faremos, irmãos?” (At 2. 37). No versículo 43 de Atos
2, diz: “Em cada alma havia temor...”. O temor é uma consequência de
ouvirmos a palavra do Senhor, que no levará ao avivamento. “... e sinais
eram feitos por intermédio dos apóstolos”. “O temor do Senhor é o
princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem: o seu
louvor permanece para sempre” (Sal 111.10). Temor não é medo de Deus, não é
pavor de Deus, mas sim, reverência diante da santidade de Deus.
3.
O clamor pelo avivamento. “aviva a tua obra, ó Senhor”. Avivar é reacender a
chama do Espírito no coração. Devemos clamar todos os momentos por um grande
avivamento. Habacuque clamou: “Aviva tua obra, ó Senhor”. Ele sabia que
somente o Senhor podia avivar. Não há verdadeiro avivamento se não vier do
Senhor. Quem acende o fogo no altar de nossos corações é o Senhor. O fogo aceso
pelo homem é fogo de palha que logo se apaga, mas o fogo que o Senhor acende é
um fogo eterno.
III – AVIVAMENTO:
QUESTÃO DE VIDA OU MORTE
1.
O clamor pela misericórdia de Deus. “As misericórdias do Senhor são a
causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.22). Grandes são as suas misericórdias!
Se assim não fora, o que seria de nós? O que seria de você? O que seria de mim?
Se não houver misericórdia é porque vai haver juízo. Portanto, clamemos pelas
grandes misericórdias do Senhor.
2.
Deus é misericordioso. O profeta Habacuque sabia que Deus ouve as orações de pessoas
que pecam, mas que se arrependem sinceramente de seus pecados e buscam a face
do Senhor. Deus é misericordioso! Escreveu João: “Filhinhos meus, estas coisas
vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado
junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1Jo 2.1). Quando o Senhor perguntou a
Davi, nas mãos de quem ele queria cair, pelo desagrado do Senhor, por Davi ter
enumerado o povo, ele respondeu, “Caia eu, pois, nas mãos do Senhor, porque
são muitíssimas as suas misericórdias; mas que eu não caia nas mãos dos homens”
(1Cr 21.13).
3.
Clamemos a Deus. Sem sombra de dúvidas, o Senhor não está nada contente com tudo o que
vem ocorrendo no mundo. Diria que a depravação moral se tornou pandêmica, pois
tem assolado o mundo todo. Alguém já disse que o povo de Sodoma e Gomorra
teriam vergonha da população atual. O pior de tudo é que o pecado está sendo
institucionalizado. O caso do aborto, do “casamento gay” e a ideologia de
gênero, está cada dia mais ganhando espaço nessa sociedade licenciosa e
tolerante. Como se não bastasse, agora até igrejas, ditas cristãs, estão
aprovando tais abominações, inclusive no Brasil, as chamadas “Igrejas
inclusivas”. Dizem eles, que se Deus é amor, não pode excluir ninguém. Esquecem
eles, que o mesmo Deus que é amor, também é justiça. A Bíblia nos adverte: “Segui
a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá ao Senhor” (Hb
12.14). Somente clamando ao Senhor, assim como fez Habacuque, pedindo a sua misericórdia,
é que podemos mudar o curso, senão de todos, mas de muitos que estão marchando
para o abismo eterno, pois o juízo do Senhor não tardará (Sal 7.12; 9.17).
CONCLUSÃO
A grande preocupação no tempo do
profeta Habacuque era com a nação de Israel, o povo escolhido de Deus. A nação
que era para ser exemplo das outras nações, estava precisando de um veemente e
premente avivamento. Hoje não é diferente: a igreja do Senhor na terra, o povo
que está aqui para fazer a diferença. Será que está fazendo? O inimigo tem ganhado
espaço dentro dos arraiais cristãos, e muitas igrejas já perderam as suas
marcas (Sal 74.9). Se faz necessário orarmos veementemente ao Senhor: “Aviva a tua ora,
ó Senhor”. Deus pode e quer avivar ao seu povo.
Amém.