LIÇÃO 6
O AVIVAMENTO NO MINISTÉRIO DE PEDRO
TEXTO ÁUREO
“Pedro, porém, pondo-se em pé com os
onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todo os que habitais em
Jerusalém, seja-vos notório, e escutai as minhas palavras.” (At 2.14).
VERDADE PRÁTICA
A vida de um crente poder ser
comparada entre o antes e o depois do avivamento.
Leitura
Bíblica em Classe – Atos 2.14-24
Objetivos
da lição
1.
Destacar as características do apóstolos Pedro antes da experiencia do
pentecostes;
2.
Compreender o impacto do batismo no Espírito Santo no caráter do apóstolo
Pedro;
3.
Ressaltar a importância do avivamento espiritual para a igreja dos dias
atuais mediante a experiencia do batismo no Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
O apóstolo Simão Pedro, é uma prova inconteste,
daquilo que o Espírito Santo faz na vida daquele que verdadeiramente O recebe.
O impacto foi muito grande, causado pela terceira pessoa da trindade na vida
desse homem. Uma coisa, nos chama a atenção: Por que será, que hoje em dia, os
milhares que dizem estar sendo cheio do Espírito Santo, não possuem a mesma
transformação? Será que não é tempo de estarmos discutindo sobre, que tipo de
avivamento estamos vivenciando? Será que esse avivamento que presenciamos hoje
em dia, é de fato avivamento? O pastor e escritor, Leonard Ravenhill, discorre
sobre esse tema, quando escreveu o livro: Porque tarda o pleno avivamento.
Um cantor sacro hispânico, fala em
uma de suas canções: Muitos estão perguntando: Onde está o Deus de Elias atualmente?
O Deus de Elias, está no seu lugar, como sempre esteve. Porém, a pergunta devia
ser outra: Onde estão os Elias de Deus? Hoje tudo parece muito mascarado.
Desculpem-me a dura colocação.
Veremos nesta lição o protagonismo
desse homem, que teve sua vida mudada quando o Espírito Santo desceu sobre ele.
Veremos o antes e o depois na vida de Pedro. Com certeza, vamos aprender muito nesta
lição.
I – PEDRO ANTES DO
PENTECOSTES
1. As duas atitudes de Pedro. Em Cesareia de Filipos Jesus indaga
seus discípulos: “Que diz os homens ser o filho do homem?” Interessante,
que a primeira pergunta, não era o que os seus discípulos pensavam dele, mas o
que aqueles, que não viviam próximo dele, achavam ou penavam que ele era. A
resposta foi a mais diversa possível: Uns achavam que ele era Elias, outro
Jeremias, outros alguns do profetas. Porém, agora Jesus se volta para o seu
colégio apostolar e lhes pergunta: “E vós, que dizeis que eu Sou?” Então
Pedro, se levanta como porta-voz da turma e responde: Tu es o Cristo, o
filho do Deus vivo”. Então, Jesus fala uma das mais célebres frases, que
ainda hoje ressoa poderosamente em nossos corações: “Bem-aventurado es te
Simão Barjonas, porque não foi a carne e sangue que to revelou, mas eu Pai, que
está nos céus” (Mt 16.16,17). Isso certamente deixou Pedro lisonjeado
diante dos demais discípulos.
Seguidamente a esse tão linda
revelação do Pai a Pedro, Jesus revela o plano de sua morte, então o mesmo
Pedro, que há pouco havia falado uma palavra tão reveladora acerca de Jesus,
começa a repreendê-lo, dizendo “Senhor tem compaixão de ti; de modo nenhum
te acontecerá isso” (Mt 16.22). Então Jesus lhe respondeu: “Para trás de
mim satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que
são de Deus, mas só as que são dos homens” (Mt 16.23). Aqui vemos, o quão
volúvel é o homem sem a verdadeira revelação do Pai. O mesmo discípulo que
tinha recebido um elogio, agora recebe uma reprimenda. Ao mesmo que foi revelado
a unção de Jesus como Messias, agora lhe é negado a compreensão do mistério da
morte vicária de Jesus.
2.
Pedro nega Jesus três vezes. Segundo o estudo do temperamento, Pedro era sanguíneo. O
sanguíneo não deixa nada para falar, caso tenha oportunidade. Pedro sempre
estava pulando na frente para dar as respostas a Jesus. Quando Jesus disse que
todos se escandalizariam dele, Pedro salta de lá dizendo: “Ainda que todos
se escandalizem de ti, eu nunca me escandalizarei” (Mt 26. 33), ao que
Jesus reponde: “Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo
cante, três vezes me negarás” (Mt 26.24). De fato, Pedro nego Jesus três
vezes (Mt 26. 69-74). Depois da terceira vez, assim como Jesus havia dito, o
galo cantou. Pedro negou, mas o galo não (Mt 26.75).
Você já parou para pensar na
gravidade desse assunto? Já pensou, se você tivesse um amigo; mas um amigo que
você confiasse de todo seu coração, e no momento que você mais precisasse, esse
amigo falasse que não te conhece, que nunca te viu, que não sabe quem você é?
Pois foi isso que aconteceu com Pedro. Porém, o mais lindo e precioso, é que
Jesus, mesmo sendo negado por Pedro, não desprezou a Pedro. Quando Jesus
ressuscitou, e as mulheres foram ao sepulcro, o ser angelical que estava lá
disse: “Mas, ide, dizei aos discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós
para a Galileia; ali o verei, como ele vos disse” (Mc 16.7). Certamente,
Jesus ao ressuscitar, disse ao anjo: Quando as mulheres chegarem aqui, diga
isso a elas, porém, não esqueça de dizer assim: “Diga aos discípulos e a
Pedro”. O nome de Pedro ficou em realce. Querendo o anjo dizer: Não é para
Pedro faltar na reunião. Esse é o nosso Jesus! Ele restaura os seus servos, até
mesmo aqueles que o negaram, como Pedro.
II – PEDRO APÓS O
PENTECOSTES
1. Pedro batizado no Espírito Santo. O impacto do batismo com Espírito
Santo na vida de Pedro foi grandioso. Aquele mesmo Pedro que negou Jesus diante
de uma serviçal do palácio de Herodes, agora, cheio do Espírito, se levanta e
prega com ousadia, dando a interpretação correta e bíblica, para o fenômeno que
estava ocorrendo naquele dia de pentecostes na cidade de Jerusalém. Pedro
explica que o que estava acontecendo, era o cumprimento da profecia de Joel,
que predisse que nos últimos tempos Deus derramaria do seu Espírito sobre toda
a carne (At 2.14-18).
Essa primeira pregação do apóstolo
Pedro, totalmente tomado pelo poder do Espírito Santo, causa um grande impacto
na vida de seus ouvintes, que, comovidos e tocados pela palavra, perguntam: “Que
faremos varões irmãos?” Então Pedro os orienta sobre o que deviam fazer,
que seria, crer no evangelho, ser batizado, e, com a promessa que eles também
receberiam o dom do Espírito Santo (At 2. 38). Isso resultou em quase três mil
pessoas que creram no evangelho de Jesus Cristo (At 2.41).
2. Pedro e a cura do coxo. Quando Pedro e João estavam chegando
no templo, pela porta chamada Formosa, lá estava, como de costume, um coxo que
pedia esmolas. Se dirigiu aos apóstolos e lhes pediu alguma coisa, porém, Pedro
respondeu-lhe dizendo, que não tinha prata nem ouro, mas queria dar-lhe algo
muito mais importante que prata ou ouro, que era a sua saúde completa, e ordena
dizendo: “Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” (At
3.6). Ironicamente, alguém já disse da igreja hodierna: "Hoje podemos dizer,
temos prata e ouro, mas não temos autoridade mais para dizer, levanta-te e
anda". E a pergunta é: Por que não temos mais esta autoridade, se o Espírito é o
mesmo? A falha não está no Espírito Santo, mas em nós. Pedro glorifica o nome de
Jesus com aquela cura, ao dizer aos que o ouviam, que foi em Nome de Jesus que
aquele homem foi curado (At 3.16).
3. Pedro avivado em outras ocasiões. Achei muito interessante esse ponto,
onde fala do avivamento constante na vida de Pedro. Hoje em dia há um avivamento
momentâneo, aquele que acostumamos chamar de “fogo de palha”. Leva esse nome,
porque geralmente se acaba depois do culto. Porém, Pedro, foi um homem que
nunca deixou a chama do avivamento se apagar em sua vida. Ele se tornou um
grande exemplo a ser seguido por todos os cristãos em todo o mundo.
Mesmo sendo repreendidos pelas
autoridades, Pedro e João não deixava de falar do Evangelho de Cristo. Isso lhes
custou a prisão. Porém, no dia seguinte foram soltos, e prosseguiram pregando
com tanta autoridade do céu, que a Bíblia assim relata: “Muitos, porém, dos
que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o número de homens e mulheres a
quase cinco mil” (At 4.4). Tudo por causa da cura daquele homem coxo. Pedro
e João, ao serem interrogados, em nome de quem eles haviam feito aquele
milagre, foram diretos ao ponto: “Tomai conhecimento, vós todos e todo o
povo de Israel, de que, em nome de Jesus, o Nazareno, a quem vós crucificastes,
e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está
curado perante vós” (At 4. 10). Após serem soltos, os apóstolos foram e
contaram tudo aos irmãos, que começaram a orar, e oraram tanto e com tanto fervor,
que Lucas relata que o local tremeu, e todos foram cheios do Espírito Santo. E
como resultado desse enchimento, os cristãos, anunciavam com denodo a Palavra
de Deus (At 4.31).
Em Lida, Pedro ora por um homem chamado
Eneias, que estava há oito anos paralítico e ele foi curado. Isso trouxe um
avivamento naquele lugar, e muitos pessoas creram no Evangelho de Jesus Cristo
(At 9. 31-35). Da mesma maneira, ao chegar
em Jope, ele ora pela irmã Dorcas, que havia morrido e todos choravam, e
ela ressuscitou. Lucas narra que por esse milagre também muitos creram (At 9.
42).
Pedro era um homem cheio do poder do
Espírito Santo. Ele não precisava fazer movimentos como fazem os pregadores
hoje, para que o povo recebesse o poder de Deus em seus corações. Acho
simplesmente maravilhoso esse testemunho das Escrituras, sobre a pregação de
Pedro na casa do centurião Cornélio: “Ainda Pedro falava estas coisas quando
caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra” (At 9.44). Isso
é maravilhoso”. Hoje, se faz tanto movimento, se impõe tanto as mãos, se manda
levantar a mão aqui, falar isso para seu irmãos ali, e nada acontece. Quem de
fato faz a obra é o Espírito Santo em nossas vidas.
III – A IGREJA DE HOJE
E O AVIVAMENTO DO PENTECOSTES
1. A igreja atual e o pentecostes. Não é novidade para ninguém, que
muitos pregadores, talvez no intuito de animar a sua plateia, pregam um “grande
avivamento que está por vir”. Jesus, quando por aqui nesta terra andou, foi na
contramão desses pregadores, fazendo a seguinte pergunta: “Quando, porém,
vier o Filho do Homem, porventura, haverá fé na terra”?” (Lc 18.8). Entendo
sim, que é preciso buscar constantemente um avivamento para nossa vida
individual, pessoal, como também para a coletividade, porém, sabendo que os
dias que estamos vivendo, são dias de extrema incredulidade, a começar dentro
dos arraias cristãos.
2. Tempos de multiplicação de
iniquidade. Vejamos
isto na escritura de Mateus 24. 10-12, que diz: “Nesse tempo, muitos hão de se
escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos faltos profetas
e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de
quase todos”. É exatamente o que estamos vendo nesses dias; uma igreja
morna ou fria de amor. Como disse o Senhor para a igreja de Éfeso: “Tenho,
porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor”. (Ap 2.4). A igreja
prega o amor, porém não consegue viver o amor. Os interesses pessoais,
individuais são maiores, ficando o amor ao próximo em segundo plano. Sem amor,
de nada vale! A igreja precisa, urgentemente repensar sobre, como está a temperatura
do seu amor.
3. A igreja será arrebatada. A parábola das dez virgem é muito
interessante, quando nos fala de cinco loucas, ou néscias, e cinco prudentes. A
prudentes, além de terem azeite na lâmpada, tinham também nas vasilhas, quer dizer,
elas tinham em depósito. Isso é muito bom: Ter azeite em depósito. Porém, isso
não impediu que as virgens prudentes também dormissem. Você entende a gravidade
do tempo que estamos vivendo? Mesmo os mais consagrados cristãos, poderão
cochilar em sua vida espiritual. Paulo disse: “E digo isto a vós outros que
conhecendo o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa
salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos” (Rm 13.
11).
Da mesma forma que Pedro, esperava a
volta do Senhor, avivado, também deve ser a igreja. O avivamento nos traz
despertamento, para que não venhamos perder o momento da chamada. Há um hino da
Harpa Cristã que diz: “O clarim já nos alerta, nossa coração desperta, pois a
vinda é bem certa de Jesus”. Despertemos, pois a hora é chegada!”
CONCLUSÃO
Pedro teve sua vida, seu ministério,
sua visão mudados completamente a partir do momento que foi cheio do Espírito
Santo. Antes do pentecostes Pedro era precipitado, atirado nas coisas, e sem
firmeza; mas depois, passou a ser um Pedro cheio de sabedoria, graça e unção,
para cumprir a missão que lhe foi confiada por Jesus aos seus discípulos. Sem
sombra de dúvida, Pedro é um exemplo de vida e de ministério avivado sob o
poder do Espírito Santo a ser seguido por todos nós.
Amém.
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