LIÇÃO 4
22 de janeiro de 2023
O MINISTÉRIO AVIVADO DE JESUS
TEXTO ÁUREO
“Então, pela virtude do Espírito
Santo, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em
derredor.” (Lc 4.14).
VERDADE PRÁTICA
O alcance espiritual da vida de um
crente avivado revela a extraordinária atuação do Espírito Santo.
Leitura Bíblica em Classe: Lucas 4.14-22
Objetivos da Lição>
1. Apresentar Jesus e a pessoa do
Espírito Santo;
2. Explicar a importância da oração no
ministério de Jesus;
3. Conscientizar de que Jesus teve uma
vida na unção do Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
O Antigo Testamento já revelava que o
ministério de Jesus seria na égide do Espírito Santo de Deus. Vejamos: “Tu
amas a justiça e aborreces a impiedade, por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu
com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros” (Sal 45. 7); “O
Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar
as boas novas aos mansos; ...” (Is 61.1). Esses dois textos, revela que o
Filho de Deus, seria cheio do Espírito para o exercício de seu ministério
terreno.
E foi exatamente assim, que o Mestre
Jesus iniciou se ministério, sendo cheio do Espírito, por isso mesmo, causou
grande repercussão entre o povo, “E sua fama correu por todas aquelas terras
em derredor” (Lc 4.14). Nesta lição veremos o impacto do ministério de
Jesus sobre o povo, pois, além de ter um ministério avivado, suas mensagens
eram proclamadas sob a autoridade do Espírito Santo. Certamente, isso já nos
ensina muita coisa; pois, se Jesus, que era o Verbo encarnado, o Filho do Deus
vivo, precisou do enchimento do Espírito Santo para pregar a palavra com Poder;
imagina nós, pobres mortais, como não precisamos desse poder, para podermos
difundir com autoridade o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
I – JESUS E A PESSOA DO
ESPÍRITO SANTO
1. O Espírito Santo na vida de Jesus. Vamos separar esse item em três
subitens, onde poderemos, com melhor exatidão, analisar tão importante tema:
a. Jesus foi cheio do Espírito desde seu
nascimento. Disse o anjo Gabriel a Maria: “Descerá sobre ti o Espírito
Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o
santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35). O
Espírito Santo engendrou Jesus no ventre de Maria. Aquela gestação não era
comum, mas era uma gestação sobrenatural. Enquanto o Altíssimo cobria a Maria
com a sua sombra, o Espírito Santo fecundou no ventre daquela jovem. Que
tremendo! Maria, com Jesus no ventre, também estava cheia do Espírito. A Bíblia
nos diz, que, Isabel, prima de Maria, que estava gravida de seis meses, ao
ouvir a saudação de sua prima “... a criancinha saltou no seu ventre; e
Isabel foi cheia do Espírito Santo,” (Lc 1. 41). Um crente cheio é canal de
benção para os demais!
b. Jesus também recebeu, mais uma vez a
unção do Espírito, quando no momento do seu batismo. Jesus, já contava com 29 anos e meses, quase
chegando aos trinta, e prestes a iniciar seu ministério terreno. Então,
dirigiu-se ás margens do Jordão, onde pediu para ser batizado por João. No
momento de seu batismo, a Bíblia relata: “e viu o Espírito de Deus descendo
como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu
Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16,17). Aqui vemos algo maravilhoso
sobre a trindade santa: O Filho sendo batizado, saído da água, o Espírito
descendo sobre Ele como forma corpórea de uma pomba, e o Pai bradando desde o
céus. Os unicistas que nos perdoem, mas esta passagens deixam as coisas muito
claras quanto a doutrina da trindade.
c. No monte da tentação. Aqui existe
algo, que podemos assim dizer, que contradiz com a falácia da doutrina da
prosperidades. A Bíblia nos diz “Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao
deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mt 4.1). Imaginemos isso: O
Espírito, além de estar levando Jesus para o deserto, e a finalidade: ser
tentado pelo diabo. Alguém poderia dizer: Que bom guia esse, não? Conduzir
Jesus para ser tentado? Sim, tudo isso que aconteceu, era a preparação do
Jesus, cem por cento humano, que precisava de treinamento. Diz a Palavra acerca
do Filho: “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que
padeceu” (Hb 5.8). Em todas as investidas satânicas, Jesus foi vencedor,
usando a poderosa Palavra de Deus. A cada ataque, nosso Senhor respondia: “Está
escrito [...]”. Assim fica claro que se o Senhor Jesus não tivesse a
presença do Espírito Santo, o resultado de suas provações não seria satisfatório.
2. O Espírito Santo no ministério de
Jesus. A Bíblia é clara ao dizer: “O Espírito do
Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, envio-me a
curar os quebrantados do coração” (Lc 4.18). O homem Jesus foi ungido
exatamente para evangelizar. Somente na unção do Espírito podemos evangelizar
com eficácia. Porém, Jesus também foi ungido para “curar os quebrantados de
coração”. São aquelas pessoas, que tem humildade para receberem a Palavra
de Deus, e submeterem a sua vontade (Sal 34.18). Jesus foi o maior pregador que
esta terra já viu. Não há outro nome que possa se comparar ao do pregador itinerante
chamado Jesus. Quando Jesus pregava, os corações eram tocados. Ele estava cheio
do poder do Espírito Santo.
II – JESUS E A ORAÇÃO
EM SEU MINISTÉRIO
1. O valor da oração. Dificilmente hoje em dia, alguém vai
nos pedir, para o ensine a orar. Pelo menos, nestes quarenta anos de
ministério, nunca ninguém chegou para mim e me disse: me ensine a orar. Todos
querem aprender a pregar, a cantar, a tocar; mas, ninguém quer aprender a orar.
Em Lucas 11.1, a Bíblia nos diz; “E aconteceu que, estando ele a orar num
certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor,
ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos”. Com certeza,
depois de ouvir Jesus orar, qualquer um de nós o pediria para nos ensinara a
orar. Ele orava com a mais pura e firme convicção que estava falando com o Pai.
Por isso, a oração modelo, se inicia assim: “Pai, santificado seja o teu
nome; venha o teu Reino...” (Lc 11. 2). “Era incomum, para um judeu chamar
Deus de Pai. Essa forma de tratamento parecia muito pessoal e familiar”. (Bíblia
de Holman).
2. Um vida de oração. Toda a vida de Jesus foi pautada na
oração. Ele começou a orar e a jejuar no deserto. Orou para escolher os seus
discípulos (Lc 6.12-16). Orou agradecendo ao Pai, por ter se revelado aos pequeninos
(Lc 10.21; Mt 11.25). Ensinou aos seus discípulos o dever de orar sempre sem
nunca esmorecer (Lc 18.1-8). Então, aprendemos com Jesus, a importância de uma
vida de oração, pois mesmo sendo Deus, na condição humana, nosso Senhor buscava
comunhão com o Pai por meio da oração. Ele orou no Getsêmani tão intensamente
que seu suor se transformou em gotas de sangue. Ninguém orou assim como ele (Mt
26. 36-46).
III – UMA VIDA NA UNÇÃO
DO ESPÍRITO
Sempre gosto de frisar bem, que a
unção aqui, não se trata de movimento bruscos, muito pulo, gritos frenéticos, ou muitas "línguas
estranhas". É o chrisma”, do Espírito Santo sobre a vida de alguém. Em 1ª
João 2.20 é usada uma metonímia, indicando o Espírito Santo, significando uma comunicação
e o recebimento do Espírito (cf Jo 16.13). A palavra grega Chistos, que
é Cristo em português, significa exatamente isto, ungido.
1. A unção do Espírito na vida do
obreiro. Pobre do obreiro que pensa que sua inteligência,
seus dotes homiléticos, sua capacidade musical, ou sua retórica, é o que
alavanca seu ministério. Tudo isto é muito bom, e deve ser aperfeiçoado, porém,
sabendo de uma coisa: se tudo isto não for usado na unção de Deus, seria como
alguém estar querendo cortar a madeira, apenas com o cabo do machado. Portanto,
submetamos todos nossos dons e habilidades ao poder do Espírito Santo, e
deixemos que Ele nos guie em tudo o que devemos fazer na obra do Senhor. O demônios serão expulsos; os enfermos serão
curados; e as almas serão salvas, se fizermos sob a égide do Espírito de Deus (1Co
2.4).
2. A unção do Espírito Santo na vida do
crente. Não somente àqueles
que levam nome de obreiro, diácono, presbítero, evangelista, pastor e missionário,
devem ser ter a unção do Espírito em suas vidas, mas, todo crente precisa dessa
unção também. A unção do Espírito Santo, deve ser algo buscado com muito amor,
ardor, veemência e constantemente por cada servo e serva do Senhor. Pois,
segundo Pedro, somos “... a geração eleita, o sacerdócio real, a nação
santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). Porém, para que possamos
anunciar o Evangelho com poder e eficácia, é preciso ficarmos em Jerusalém, até
que do alto sejamos revestidos de poder. Quer dizer, buscar o poder do
Espírito Santo, até estarmos cheios de sua unção (Lc 24.49; Jo 14.26).
CONCLUSÃO
Jesus teve um ministério avivado
porque foi ungido pelo Espírito Santo. Repetimos o que falamos lá no princípio
desta aula: Se Jesus, sendo Deus, precisou ser ungido para levar as boas novas;
será que seria diferente conosco? Logicamente que não. Precisamos urgentemente, constantemente,
veementemente sermos a cada dia cheios do poder do Espírito Santo de Deus.
Vosso em Cristo
Pr Daniel Nunes
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