LIÇÃO 2
O AVIVAMENTO NO ANTIGO TESTAMENTO
TEXTO ÁUREO
“Então, disse: Eis que aço um
concerto; farei diante de todo o teu povo maravilhas que nunca foram feitas em
toda terra, nem entre gente alguma.” (Êx 34.10a)
VERDADE PRÁTICA
A Bíblia revela que Deus responde ao
seu povo com muitos avivamentos como resposta às orações e súplicas.
Leitura Bíblica em Classe: 2Crônicas 34.29-33
Objetivos da lição:
1. Analisar exemplos de avivamentos no
Antigo Testamento;
2. Constatar a importância da confissão
de pecados e do retorno à Bíblia;
3. Desenvolver o aspecto corretivo da
Palavra de Deus e o perigo do formalismo.
INTRODUÇÃO
Na primeira lição, vimos que um dos
muitos significados que podemos dar ao Avivamento é o retorno às primeiras
obras. Nesta lição, percebemos dois temas importantes: Confissão de pecados e o
retorno da leitura da Palavra de Deus. Esses dois aspectos são indispensáveis
para a busca de um verdadeiro avivamento espiritual.
Houve vários momentos, na historia do
povo de Israel, que eles deixaram-se levar por práticas estranhas que
provocaram a ira de Deus e, como consequência disso, a punição sobre a nação.
Quando isto acontecia, e a situação parecia caótica, Deus sempre levantava, um
homem, ou uma mulher de fé e coragem, para levar o povo de volta ao
quebrantamento diante de Deus, O buscando e confessando os seus pecados. Então,
o Altíssimo ouvia as orações e enviava do céu um avivamento como chuva serôdia.
Podemos constatar isto, no livro dos Juízes de Israel. (Jz 6.1-10, 11-14)
I – PANORAMA DOS
AVIVAMENTOS NO ANTIGO TESTAMENTO
1. O avivamento no tempo de Moisés. Após a morte de José, a Bíblia diz
que se levantou um novo rei (um Faraó) que não conhecia a José, nem os
benefícios que todo o Egito havia recebido, através de seu governo (Êx
1.8.9,13,14; At 7.18,19). E esse Faraó, passou a tratar os filhos de Israel com
grande tirania. Deus, para resolver o problema dos filhos de Israel, e para
cumprir a sua palavra dita à Abraão (Gn 15.13), ele levantou Moisés, quando o mesmo estava pastoreando as ovelhas do seu sogro Jetro, no Monte Horebe, onde
Moisés viu uma sarçal, que ardia em fogo, mas não se consumia. Moisés, então,
se aproxima daquela visão tremenda, e ali o Senhor lhe comissiona para ir
libertar o povo de Israel do Egito, dizendo: “Eu sou o Deus de teu pai, o
Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu
rosto, porque temeu olhar para Deus” (Ex 3.6). Através de Moisés, Deus
enviou as dez pragas, exercendo assim grande juízo sobre Faraó, obrigando o rei
a permitir que o povo hebreu saísse daquele país. Que grande avivamento, não é
mesmo? Interessante, que muitos não gostam dos pentecostais, porque falamos
muitos sobre fogo, porém, nosso Deus, sempre que ia realizar um grande
avivamento, seja no Antigo ou no Novo Testamento, sempre tinha visões de fogo, como nesse caso da sarça que se
queimava, porém, não se consumia.
2. O avivamento no tempo de Samuel. Diante dos desvios espirituais e
morais no tempo do sacerdócio de Eli, Deus levantou o profeta Samuel, ainda
muito jovem, porém, com grande compromisso com a verdade e santidade, para
denunciar a maldade daquele povo rebelde. Era muito grande a apostasia e
o desprezo pelas coisas sagradas no tempo do sacerdote Eli (1Sm 3.13,14,20,21).
Naqueles dias, houve uma guerra entre Israel e os Filisteus. Além, de os filhos
de Israel serem derrotados, ainda a arca de Deus foi tomada, e ainda os
sacerdotes, Hofni e Fineias, filhos de Eli foram mortos. Eli, ao ouvir a notícia
da morte de seus filhos, e a tomada da arca, caiu da cadeira, onde estava
assentado, quebrou o pescoço e morreu (1Sm 4.11-22). Foi exatamente neste
contexto, que Samuel entra em cena, exortando aos Israelitas ao arrependimento
(1Sm 7.2-6). A exortação do profeta Samuel, foi para que o povo se convertesse
dos deuses falsos ao Deus verdadeiro (1Sm 7. 3). Foi um grande avivamento, pois
a Bíblia relata, que “Então, os filhos de Israel tiraram dentre si os
baalins e os Astarote e serviram só ao Senhor” (1Sm 7. 4). O Senhor, como
recompensa à mudança de atitude do seu povo, deu-lhes grande vitória (1Sm
7.10-13). Esse avivamento foi duradouro na vida daquela nação (1Sm 7.15).
3. O avivamento no tempo do rei Josias. Após o reinado do temente Ezequias,
seu filho Manassés reinou em seu lugar. Porém, corrompeu-se com a idolatria das
outras nações, cultuando até aos demônios e fez passar seus filhos pelo fogo,
oferecendo-os aos deuses falsos (2Cr 33. 1-10). Ele foi tão mau, que a Bíblia
diz que ele foi mais idólatra que as outras nações (2Cr 33.9). O Senhor falou
com ele, porém, não deu ouvidos. Então, o Senhor, enviou o exército da Assíria,
para o prenderem com cadeias. A prisão
foi dura, conforme nos relata a Palavra: “Pelo que o Senhor trouxe sobre
eles os príncipes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam Manassés
com ganchos, amarraram-no com cadeias e o levaram à Babilônia” (2Cr 33.11).
Porém, esse rei que era tão mau, se arrependeu, e suplicou a misericórdia do
Senhor, e se humilhou perante o Deus de seus pais, orou, e a Bíblia diz que “Deus
se tornou favorável para com ele, e atendeu-lhe a súplica e o fez voltar para
Jerusalém, ao seu reino; então, reconheceu Manassés que o Senhor era Deus” (2Cr
33. 13).
Após a morte de Manassés, seu filho
Amom, reinou em seu lugar. Seu reinado foi curto (Apenas dois anos), e fez o
que era mau aos olhos do Senhor (2Cr 33. 21,22). Ele foi tão mau quanto seu
pai, porém, com uma diferença, seu pai Manassés, no final das contas, se
humilhou, e ele não (2Cr 33. 22,23), mas, a cada dia ia descendo mais e mais no
pecado (2Cr 33. 23). Seus próprios servos o mataram em sua casa (2Cr 33. 24).
Esse é o final daqueles que não se curvam diante dos conselhos de Deus!
Deus, então, levanta o rei Josias
(2Cr 33. 11-25). Josias empreende uma grande reforma espiritual na vida da
nação. Primeira coisa que fez, foi derrubar os altares construídos aos
demônios (2Cr 34.3-5). Era muito jovem, porém a Bíblia diz que ele “Não se
desviou nem para a direita nem para a esquerda” (2Cr 34. 2). Aqui vale uma
palavra, para aqueles que se acham melhores que todo mundo. Que são os mais
certos. Muitos se tornam fanáticos. Isso é se desviar para a direita. Os que se
desviam para a direita, são tão perniciosos ao evangelho, quanto aos que se desviam
para a esquerda.
Veja bem meus amados irmãos e irmãs:
como sentiríamos, se chegássemos em um culto, e ninguém tivesse um Bíblia, nem mesmo o pastor da igreja tivesse uma? Seria algo sumamente estranho, não é mesmo? Pois assim estava a nação
de Israel: O Livro da Lei estava perdido dentro do templo. Ninguém se
preocupava em lê-lo. Enquanto estavam fazendo a reforma no templo, o Livro da
Lei do Senhor foi encontrado no templo (2Cr 34. 14-18). Não podia resultar em
outra coisa, a não ser em um grande avivamento, pois agora, o livro da Lei do
Senhor estava sendo lido. Foram enormes os resultados daquele avivamento (2Cr
34. 19-33).
a. O rei rasgou a suas vestes – símbolo
de humilhação;
b. Mandou que o Senhor fosse consultado;
c. Procuraram a profetiza Hulda;
d. Ouviram o que Deus tinha para falar
com a nação;
e. Deus se apiedou do rei e também da
nação de Israel;
f. Houve um grande culto na casa de
Deus;
g. O rei fez aliança com o Senhor;
h. Todos os habitantes de Jerusalém e de
Benjamim anuíram a essa aliança;
i. Josias tirou todas as abominações da
terra;
j. Obrigou ao povo de Israel a servir ao
Senhor, seu Deus;
k. Foi um avivamento duradouro também.
Todos os dias de Josias.
II – CONFISSÃO DE
PECADOS E RETORNO À PALAVRA DE DEUS
1.
O chamado de Neemias. Neemias, cujo nome significa “Jeová conforta”, foi
comissionado por Deus, para levar o conforto aos filhos de Israel, que se achavam
em situação deplorável. Segundo relatos de seus irmãos, os muros de Jerusalém
estavam derribados, e as suas portas, queimadas (Ne 1.3). Nesse tempo, Neemias
era copeiro do rei persa, Artaxerxes. (Ne 1.11;2.1). Segundo Comentário Bíblico
Beacon, se havia passado treze anos entre os acontecimentos do livro de Esdras
e o começo da história de Neemias.
2.
Confissão de pecados. G. Campbell Morgan, citado por no Comentário Beacon, diz: “O homem
que orava estava cheio de beleza e revelava uma correta concepção de como
deveria ser uma oração sob tais circunstâncias. Ela se iniciou com uma
confissão. Sem reservas, ele reconheceu o pecado do povo e identificou-se com
ele. então ele prosseguiu reivindicando as promessas que Deus lhes havia feito,
e terminou com um pedido pessoal e definido de que o senhor lhe desse graça aos
olhos do rei”. Disse Neemias: “... e faço confissão pelos pecados dos filhos
de Israel, os quais temos cometido contra ti; pois eu e a casa de meu pai temos
pecado. Temos procedido de todo corruptamente contra ti, não temos guardado os
mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos que ordenaste a Moisés, teu servo”
(Ne 6b,7). Como já foi falado na aula passada, a confissão de pecados, sempre
será indispensável para que haja um plena e verdadeiro avivamento espiritual,
seja para um indivíduo, uma comunidade ou uma nação inteira.
3.
Avivamento pelo ensino. Do capítulo oitavo ao
décimo, do livro de Neemias, é chamado por J. Sidlow Baxter de “Um retorno ao movimento
da Bíblia”. Esses capítulos têm sido mencionados como o grande
avivamento e, certamente, eles têm todos os elementos de um verdadeiro
despertamento: 1) uma sincera atenção a leitura e à exposição da Palavra de Deus;
2) um enternecimento dos corações, e a convicção do pecado sob o impacto da
Palavra; 3) o jejum e a oração. A confissão do pecado e o reconhecimento da
justiça e da misericórdia de Deus; e 4) um definitivo compromisso de seguir o
caminho que Deus determinou. (Comentário Bíblico Beacon – CPAD).
III – O AVIVAMENTO E A
PALAVRA DE DEUS
1.
A Palavra de Deus corrige. Sabemos que essa Palavra é o único meio para a correção de nossas faltas. Lamentamos a falta da Palavra de Deus hoje em dia nos púlpitos. Há muita
falácia, e pouca exegese e hermenêutica do texto sagrado. A famigerada “eisegese”. Onde o “achismo” e o “no meu ponto de vista”,
grassam as mensagens, danificando e desvirtuando assim a pregação. Os ouvintes comem um
alimento estragado, como se fosse bom. Aquilo que parece, mas não é.
No Novo Testamento, há um padrão de
culto a Deus de decência e ordem, como diz o apóstolo Paulo: “Que fareis,
pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem
revelação, tem língua, tem interpretação, Faça-se tudo para edificação” 1Co
14. 26). O pastor Elinaldo nos diz o seguinte: Veja que o que marca essa
orientação apostólica não é o exibicionismo espiritual ou mero emocionalismo
nem as expressões irreverente no culto. Aqui, há orientação para um culto
avivado de acordo com a Palavra de Deus. Nesse culto, Deus pode enviar um
avivamento genuíno como resposta ao quebrantamento espiritual e às orações do
povo de Deus.
2.
Cuidado com o formalismo. Como gostamos de dizer: nem tanto, nem quanto. O autor
explica o que é formalismo, diz ele: Formalismo vem do que é formal, metódico e
rigoroso. Na verdade, formalismo, soa com algo que está engessado, confeccionado
em uma forma. Aquilo que não pode ser mexido. Como disse antes, nem tanto nem
quanto. Quer dizer: nem somente o emocionalismo, mas também, não somente
formalismo. É preciso aprender a dosar isso. Não se deve ter um culto, como
disse Paulo, onde todos queriam falar no mesmo momento, porém, também, não se
devia proibir em falar em línguas ou profetizar.
Segundo o comentarista da lição, o
formalismo assume uma característica negativa quando o cuidado e o zelo, pelo
que é formal, sobrepõe à necessidade espiritual da Igreja. Quando Deus envia um
avivamento espiritual, o Espírito Santo tem liberdade no meio do povo de Deus
para fazer como lhe aprouver. Sem dúvida, em tempos de avivamento, os moldes
humanos são quebrados, para dar lugar aos moldes divinos. Aquilo que traçamos
na terra, tem que dar lugar para o que traçado no céu. Já presenciamos momentos
de avivamento na igreja, onde, tudo o que foi tratado para ser feito, foi
desfeito pelo Senhor Espírito Santo, e no final deu tudo certo, e com muitos
frutos para a gloria de Deus. Porém, tudo deve ser feito dentro dos parâmetros
da Palavra de Deus (1Co 14.26).
CONCLUSÃO
Diante das catástrofes, calamidades
ou decadência do povo de Israel, vieram os avivamentos da parte de Deus. Porém,
não, sem antes o povo se quebrantar e clamar ao Senhor, confessando os seus pecados
e voltando-se para a Palavra. Quando o povo se arrependia dos seus pecados, e se
voltava para a Palavra, Deus, na sua infinita misericórdia e bondade, promovia
a restauração de Israel. Que tudo isto nos sirva de exemplos, e nos despertem
para fazer a vontade de Deus nestes tempos de frieza e mornidão espiritual
atuais.
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