LIÇÃO 5
O AVIVAMENTO NA VIDA DA IGREJA
TEXTO ÁUREO
“E todos foram cheios do Espírito
Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes
concedia que falassem.” (At 2.4)
VERDADE PRÁTICA
Ao longo dos anos, a Igreja
experimenta avivamento por meio do batismo no Espírito Santo e da atualidade
dos dons espirituais.
Leitura
Bíblica em Classe – At 2.1-13
Objetivos
da lição
1. Expor a realidade do batismo no
Espírito Santo e público-alvo;
2. Examinar o dinamismo da Igreja apostólica;
3. Demostrar a importância de um ministério
ungido para os dias atuais.
INTRODUÇÃO
Nesta semana vamos estudar o
avivamento produzido por intermédio do Espírito Santo em Atos dos Apóstolos.
Livro este que também é conhecido por “Atos do Espírito Santo”, por ser exatamente,
através do Espírito, que os apóstolos realizavam as grandes obras. A promessa
do batismo “no”, ou “com” o Espírito Santo, não se restringiu apenas para os primórdios
da Igreja, mas, conforme se pode ver na primeira pregação petrina, alcança a
Igreja dos dias atuais (At 2.39).
Gosto de dizer que a genética da
Igreja de Cristo na terra é pentecostal. Tira-se o pentecostes da vida da
igreja, e ela se torna uma mera organização, ou uma associação. O avivamento é
preciso. Porém, não um avivamento passageiro, baseado apenas em grandes
movimentos nos cultos, reuniões, mas, sobretudo na mudança de vida. Um desejo
ardente em servir a Deus, em adorá-lo em Espírito e em verdade. Um avivamento
que nos constranja a evangelizar o pecador; a abandonar as práticas
pecaminosas, e viver uma vida que agrade ao Senhor. Será que estamos precisando
desse avivamento?
Nesta lição, será analisado o aspecto
do dinamismo da Igreja primitiva, fazendo um contraponto com a igreja dos dias
atuais.
I – O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO E O
PÚBLICO-ALVO
1. O chamado abrangente de Jesus. A primeira condição para receber o
batismo com Espírito Santo é passar pela experiencia do novo nascimento. E para
ter a experiencia da salvação, se faz necessário o arrependimento dos pecados,
crendo assim no Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo (Mc 1.15), pois sem arrependimento
e fé, não há salvação. A segunda condição apontada pelo nosso comentarista, é a
obediência a Deus, porque nosso arrependimento e fé devem apresentar frutos
dignos (1Jo 5.2-4). E a terceira condições é santificar-se. Com essas três condições
elencadas, não queremos dizer que o Espírito Santo trabalha de maneira
engessada. Essas condições, principalmente o novo nascimento (salvação), é a trajetória
traçada pelo próprio Deus para a sua igreja receber, a segunda benção; o batismo
no Espírito Santo.
Alguns cristãos, principalmente os
reformados, entendem que no momento da salvação o crente já recebe o batismo no
Espírito. Porém, essa doutrina não se sustenta, quando vemos que os discípulos
de Cristo já eram salvos, e ficaram em Jerusalém para serem cheios do Espírito
Santo (Jo 15.3; At 1.5; At 2.4). Assim também aconteceu com os varões na cidade
de Éfeso (At 19.1-7).
2. A promessa é para todos os salvos.
Os discípulos, como já falamos acima, já salvos por Jesus, agora são intimados
por Cristo, a permanecerem em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de
poder (Lc 24.49; At 1.5-14). Não foi uma pequena espera, se considerarmos, que
havia ali, cerca de 120 pessoas, que certamente, em sua maioria, eram pais de
família. Tinham que levantar cedo para trabalhar e ali permaneceram dez dias.
Quer dizer, duzentas e quarenta horas, orando, clamando e esperando a descida
do Espírito Santo, que fora prometido por Jesus. Porém, Lucas narra, que “de
repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa
onde estavam assentados” (At 2.2), e o Espírito foi derramado sobre todos
que ali estavam (At 2.4).
Quando Pedro prega a Palavra, conclui
dizendo, “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos
os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso Deus, chamar”
(At 2.39). Que maravilha! Eu e você estamos inseridos nesta benção. Deixa os
céticos e incrédulos falaram, zombarem e desacreditarem do batismo com Espírito
Santo, no falar em línguas estranhas e na atualidade dos dons espirituais; quem
prometeu é fiel para cumprir.
3. Engano dos cessacionistas. Cessacionismo é a corrente teológica reformada
e de algumas igrejas históricas, que afirmam que os dons espirituais cessaram
na vida da Igreja. Para tentar convencer seus ouvintes dessa doutrina, eles
fazem verdadeiras “ginásticas na interpretação bíblica”, como diz nosso
comentarista. Confundem batismo no Espírito Santo com conversão. Porém, já
falamos acima, que são duas experiencias distintas uma da outra. Uma coisa e o
novo nascimento, a conversão, outra bem distinta é o enchimento do Espírito, o
batismo com Espírito Santo. Quando Paulo foi cheio do Espírito Santo, já estava
salvo, inclusive já estava orando (At 9.11,17).
O pastor Elinaldo, comentarista de
nossa lição, diz: “Portanto, como pentecostais, afirmamos o batismo no Espírito
Santo com evidência física de falar em línguas estranhas, bem como a atualidade
dos dons espirituais na vida da Igreja. Essa realidade espiritual perpassa
todas as épocas, culturas e geografias em que haja um salvo em Cristo”. Louvo a
Deus e tenho pedido a sua graça, que, apesar de nossas fraquezas, nunca
deixemos de pregar que Jesus Cristo salva, cura, batiza com Espírito Santo e
que em breve voltará para buscar a sua noiva amada, a Igreja.
II – O DINAMISMO DA
IGREJA APOSTÓLICA
1. A igreja nasce avivada. Isso é genético. A Igreja nasceu em
meio ao fogo pentecostal. Nenhum teólogo pode negar isto. Isso aconteceu sob a
atuação direta do Espírito Santo. A Igreja nasceu avivada! Do mesmo modo, que a
inauguração do Tabernáculo do Senhor no deserto, foi com a descida do fogo do
Senhor (Êx 40.34,35), a Igreja foi inaugurada e consagrada pela descida do
Espírito Santo, que, sobre Jesus desceu como em forma corpórea de Pomba, mas,
sobre os discípulos, foi como tochas de fogo (At 2.3). Alguém disse que, como
Jesus não tinha pecado para queimar, foi a pombinha, representando a pureza,
mas, os discípulos tinham muita palha para ser queimada, por isso o Espírito
Santo veio como chamas de fogo, que assim como na sarça, que ardia, mas não consumia,
foi sobre os discípulos aquele fogo. Gloria a Deus!
2. A Igreja depois do pentecostes. É fácil ver a diferença nos
discípulos de Jesus, antes e depois da descida do Espírito Santo. Já não eram
mais aqueles homens medrosos, preocupados com a prisão e morte. Agora, na égide
do Espírito, Pedro se levanta com autoridade e prega a Palavra de Deus. A
Igreja perseverava na doutrina dos apóstolos, na comunhão, na oração e no partir
do pão (At 2.42). O mais belo, é que em cada alma havia temor, e por isso
mesmo, aconteciam maravilhas no meio do povo de Deus (At 2.43). Que coisa mais
linda, poderosa e grandiosa, que estava ocorrendo na novel igreja. Duas esferas
da igreja são evidenciadas: 1) Espiritual (piedade – Palavra e oração) e 2)
social (comunhão – suprir a carência dos irmãos necessitados). Vida piedosa,
fala do viver na Palavra de Deus, e comunhão, fala do cuidado com os pobres, viúvas
e necessitados.
III – UM MINISTÉRIO UNGIDO
PARA OS DIAS ATUAIS
1. Na unção do Espírito Santo. A igreja não pode abrir mão desse
poder para ministrar atualmente. Esse poder está disponível para nós. É só buscar,
receber e distribuir para os necessitados. Os milagres, sinais e maravilhas,
são manifestos por meio de salvação de almas, expulsão de demônios; imposição
de mãos sobre os enfermos para serem curados conforme Jesus declarou que aconteceria:
“Estes sinais hão e acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão os demônios;
falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem,
não lhe fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados”
(Mc 16.17,18). Tiago, irmãos do Senhor, que escreveu um livro do Novo Testamento,
cerca do ano 45 a 49 d.C., disse: “Está alguém entre vós doente? Chame os
presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em
nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará...”
(Tg 5. 14.15). O Espírito Santo é indispensável para que a Igreja venha
cumprir sua missão na sua integralidade nestes últimos dias.
2. Autenticado por Jesus. Somente o preparo intelectual, como
citado pelo autor como “instrumentos formais e acadêmicos dentro dos padrões
hermenêuticos, exegéticos e homiléticos”, apesar de benéficos, não resolvem o
problema. Se faz necessário a unção do Espírito Santo para que haja a aprovação
divina no trabalho. Muitas igrejas não crescem, não consegue se firmar em meio
a uma comunidade, apesar do aprimoramento teológico de seus pastores,
simplesmente, porque erram em “não conhecer o poder de Deus”. É preciso
que haja a confirmação do Senhor sobre a obra que leva o seu nome (Mc 16.20).
3. Glorifica a Cristo. João Batista disse: “O homem não
pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada. Convém que ele cresça e
que eu diminua” (Jo 3. 27,30). Se nosso ministério não for para a gloria de
Cristo, melhor que não ministremos. Porém, todo aquele que deixa ser usado pelo
Espírito Santo de Deus, certamente seu ministério será para a gloria suprema do
Senhor Jesus Cristo (Jo 16.13,14). Paulo, vai muito além, quando diz: “Quer
comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a gloria de
Deus” (1Co 10.31). Que possamos deixar que o Senho Deus, através de seu
Filho Jesus Cristo, seja glorificado através de nossas vidas.
CONCLUSÃO
A Igreja primitiva nasceu, trabalhou,
cresceu na unção do Espírito Santo. Aprendemos que o seu desenvolvimento não
foi por conta do conhecimento de seus pregadores, membros e congregados. O que
fez a diferença foi a unção do Espírito Santo sobre ela.
Amados, oremos mais. Busquemos mais essa
unção. Busquemos até que a tenhamos, e busquemos ainda mais depois de termos
para nunca a percamos. A unção faz a diferença na vida da igreja; na vida do
pastor; na vida do cantor; na vida do pregador; na vida do músico etc. Essa unção está disponível ainda hoje!
Vosso em Cristo
Daniel Nunes
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