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domingo, 29 de janeiro de 2023

O QUE FAZER COM AS PEDRAS

 



E tomou Samuel uma pedra, e pôs entre Mispá e Sem, e chamou o seu nome Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor.” 1Sm 7.12

 

Uma pedra poder ser:

Algo para tropeçar;

Um obstáculo para transpor;

Um peso para carregar;

Uma arma para lançar;

Um banco para sentar-se;

Um travesseiro para descansar a cabeça;

Um degrau para subir;

Um alicerce para se construir;

Um abrigo para se amparar.

 

Abraão fez da pedra um altar;

Jacó a pôs por travesseiro;

Moisés a tocou para tirar água no deserto;

Samuel a chamou de Ebenézer;

Davi a usou para matar o gigante;

Elias as arrumou no altar;

Os fariseus a tinha como instrumento de acusação e morte.

Paulo, referindo-se a pedra que foi ferida por Moisés, disse: “E a pedra era Cristo” (1Co 10.4).

 

Finamente, dependendo de nossa visão, as pedras poderão ser em nossa vida, benção ou maldição. Todos nós temos nossas pedras em nossa caminhada neste mundo. O que estamos fazendo com elas? É momento de refletir!

Vosso em Cristo

Daniel Nunes

 

 

 

 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

PRINCÍPIOS DIVINOS GUARDADOS POR DAVI QUE DEVEM SER TAMBÉM OBSERVADOS POR NÓS CRISTÃOS




Estando em minha leitura matinal, comecei a ler o primeiro capítulo do segundo livro de Samuel, onde relata o caso do amalequita que fugiu da batalha entre israelitas e  filisteus; que talvez querendo barganhar com Davi, chegou mentindo, dizendo que havia matado o rei Saul. Neste episódio, o Espírito de Deus me fez enxergar algumas das mais belas qualidades e princípios que Davi guardava, mesmo sendo ainda muito jovem, pois, ele contava com cerca de trinta anos quando começou a reinar em Hebrom. Com a graça de Deus, vou procurar elencá-las nesta reflexão. Para uma melhor compreensão, será necessário ler antecipadamente todo o capítulo citado acima.

1.  DAVI RASGA SUAS VESTES – Sinal de muita tristeza pelo fato ocorrido

Então, apanhou Davi as suas vestes e as rasgou...” (2Sm 1.11). Essa atitude indica uma verdadeira tristeza. Davi não se vangloriou pelo fato daquele que se tornou seu inimigo, ter morrido no combate. Os outros homens que estavam com Davi, vendo seu exemplo, rasgaram suas vestes também. Pois bem, isso nos deixa uma lição muito grande. Hoje em dia, mesmo no meio daqueles que se dizem servos de Deus, se alegram com a derrota, fracasso e morte dos irmãos na fé. A expressão: “aconteceu isto com ele porque tocou no vaso” ainda em voga. Quantos que até festejam, e a todo pulmão se jacta sobre a debilidade do seu próximo. Esquecem os tais, que a roda gigante gira; Que a gangorra sobe e desce; que a vida nos prega peças, e que sobretudo isto, a lei da semeadura e da colheita é implacável. Paulo escrevendo aos Gálatas disse: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gal 6.7).

2.  DAVI PRANTEA, CHORA E JEJUA – Lamento profundo

E prantearam, e choraram, e jejuaram até à tarde por Saul, e por Jônatas, seu filho...” (v 12). Davi não se contentou apenas em rasgar as vestes, mas pranteou, chorou, jejuou. Essa atitude demonstra que Davi não era um falso. Que falava uma coisa, mas fazia outra. Ele sempre teve respeito por Saul, o chamando de “ungido do Senhor”, mesmo sabendo que Saul já era rejeitado por Deus. Davi, era um homem ético. Tinha um caráter refinado na fornalha do Senhor.

3.  DAVI REPREENDE O SUPOSTO ASSASSINO – Não coaduna com o malfeitor

E Davi lhe disse: Como não temeste tu estender a mão para matares o ungido do Senhor?” (v 14). Davi não aceitou a atitude daquele homem, e mandou que alguém o matasse (v 15). Aquele amalequita morreu porque chegou mentindo, dizendo que ele havia matado a Saul. Quem sabe, pensava ele que seria presenteado por Davi. Que receberia um cargo em seu reinado. Que ficaria rico com uma generosa oferta do rei Davi. Nada disso. Davi o reprovou e o matou. Será que hoje também estamos agindo como Davi? Ou quando alguém chega, assassinando outro irmão com a língua, estamos aceitando, zombando, levando adiante as últimas fofocas e mentiras da vida de nossos irmãos? Lembra, de quando Cam, filho de Noé veio zombando do pai, que estava desnudo na tenda, por haver bebido muito vinho, o que fizeram Sem e Jafé? Eles reprovaram a atitude de seu irmão zombeteiro, e cobriram a seu pai, Noé. Na hora das bençãos de Noé sobre seus filhos, Cam em vez de ser abençoado, foi amaldiçoado (Gn 9. 20-24), e seus irmãos, que cobriram o pai, foram abençoados (Gn 9.26,27). É assim que acontece. Você pode até ser um dissipador de fofocas, encrencas, inverdades e tudo mais, porém, a maldição de Deus te alcançará.

Davi poderia ter realizado uma grande festa, pois que estava morto, era àquele que o procurava todos os dias para o matar. A Bíblia diz que Saul se tornou inimigo de Davi (1Sm 20.30,31). Porém, não foi assim que Davi reagiu. O coração do homem segundo o coração de Deus não tinha lugar para desforra. Para se alegrar com a derrota alheia. Por isso mesmo Davi rasgou a suas vestes, lamentou, chorou e jejuou.

4.      DAVI PROIBE A DIVULGAÇÃO DA MORTE DE SAUL E JÔNATAS – Para que não se alegre os inimigos

Não noticieis em Gate, não o publiqueis nas ruas de Asquelom, para que não se alegrem as filhas dos filisteus, para que não saltem de contentamento as filhas dos incircuncisos. (2Sm 1. 20). Meus amados, isso é simplesmente demais! Ele não somente lamentou e entristeceu, como proibiu que se divulgasse a morte de Saul e Jônatas. A finalidade de não contar, era para que os inimigos de Saul não viessem a se alegrar com a notícia. Infelizmente hoje em dia não é assim. Os que mais publicam são aqueles mais chegados. Os que mais tem prazer em divulgar, publicizar são aqueles que antes chamávamos de “amigos” e “irmãos”. Triste isso né? Por isso mesmo a Bíblia diz: “Guardai-vos cada um do seu amigo e de irmãos nenhum vos fieis; porque todo irmão não faz mais do que enganar, e todo amigo anda caluniando” (Jr 9.4).

5.      DAVI EXALTA AS QUALIDADES DO REI SAUL E SEU FILHO – Segurança em Deus.

Saul e Jônatas tão amados e queridos na sua vida, também na sua morte se não separaram! Eram mais ligeiros do que as águias, mas fortes do que os leões” (2Sm 1. 23). Aqui, Davi exalta as qualidades de Saul e seu filho. Ele não somente chora, lamenta, jejua, proíbe a propaganda da morte, mas também exalta as boas qualidades de Saul. Ele bem que podia dizer: Esse homem devia morrer, pois vivia me perseguindo. Era um homem perigoso, rancoroso; parabéns amalequita por tê-lo matado. Nada disso. Ele exalta as qualidades “...eram mais ligeiros do que as águias, mais fortes do que os leões”.

Davi não tem nenhum temor em exaltar as boas qualidades de Saul e de Jônatas. Ele tem segurança no Deus que lhe chamou. Não precisa diminuir a ninguém para poder crescer. Quanta falta temos do coração de Deus em nós. Sempre queremos manchar a imagem do companheiro. Tentamos colocá-lo para baixo. Queremos sobressair a alguém, principalmente, quando entendemos que essa pessoa tem alguma coisa que não temos. Isso pode se transformar em um sentimento de inveja. Deus no livre disso!

Que possamos analisar bem essa qualidades em Davi, e procurar imitá-lo, pois, certamente são qualidades que agradam a Deus.

Vosso em Cristo

Daniel Nunes

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

O AVIVAMENTO NA VIDA DA IGREJA

 





LIÇÃO 5

O AVIVAMENTO NA VIDA DA IGREJA

TEXTO ÁUREO

E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2.4)

VERDADE PRÁTICA

Ao longo dos anos, a Igreja experimenta avivamento por meio do batismo no Espírito Santo e da atualidade dos dons espirituais.

 

Leitura Bíblica em Classe – At 2.1-13

Objetivos da lição

1.    Expor a realidade do batismo no Espírito Santo e público-alvo;

2.    Examinar o dinamismo da Igreja apostólica;

3.    Demostrar a importância de um ministério ungido para os dias atuais.

INTRODUÇÃO

Nesta semana vamos estudar o avivamento produzido por intermédio do Espírito Santo em Atos dos Apóstolos. Livro este que também é conhecido por “Atos do Espírito Santo”, por ser exatamente, através do Espírito, que os apóstolos realizavam as grandes obras. A promessa do batismo “no”, ou “com” o Espírito Santo, não se restringiu apenas para os primórdios da Igreja, mas, conforme se pode ver na primeira pregação petrina, alcança a Igreja dos dias atuais (At 2.39).

Gosto de dizer que a genética da Igreja de Cristo na terra é pentecostal. Tira-se o pentecostes da vida da igreja, e ela se torna uma mera organização, ou uma associação. O avivamento é preciso. Porém, não um avivamento passageiro, baseado apenas em grandes movimentos nos cultos, reuniões, mas, sobretudo na mudança de vida. Um desejo ardente em servir a Deus, em adorá-lo em Espírito e em verdade. Um avivamento que nos constranja a evangelizar o pecador; a abandonar as práticas pecaminosas, e viver uma vida que agrade ao Senhor. Será que estamos precisando desse avivamento?

Nesta lição, será analisado o aspecto do dinamismo da Igreja primitiva, fazendo um contraponto com a igreja dos dias atuais.

I – O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO E O PÚBLICO-ALVO

1.      O chamado abrangente de Jesus. A primeira condição para receber o batismo com Espírito Santo é passar pela experiencia do novo nascimento. E para ter a experiencia da salvação, se faz necessário o arrependimento dos pecados, crendo assim no Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo (Mc 1.15), pois sem arrependimento e fé, não há salvação. A segunda condição apontada pelo nosso comentarista, é a obediência a Deus, porque nosso arrependimento e fé devem apresentar frutos dignos (1Jo 5.2-4). E a terceira condições é santificar-se. Com essas três condições elencadas, não queremos dizer que o Espírito Santo trabalha de maneira engessada. Essas condições, principalmente o novo nascimento (salvação), é a trajetória traçada pelo próprio Deus para a sua igreja receber, a segunda benção; o batismo no Espírito Santo.

Alguns cristãos, principalmente os reformados, entendem que no momento da salvação o crente já recebe o batismo no Espírito. Porém, essa doutrina não se sustenta, quando vemos que os discípulos de Cristo já eram salvos, e ficaram em Jerusalém para serem cheios do Espírito Santo (Jo 15.3; At 1.5; At 2.4). Assim também aconteceu com os varões na cidade de Éfeso (At 19.1-7).

2.      A promessa é para todos os salvos.  Os discípulos, como já falamos acima, já salvos por Jesus, agora são intimados por Cristo, a permanecerem em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder (Lc 24.49; At 1.5-14). Não foi uma pequena espera, se considerarmos, que havia ali, cerca de 120 pessoas, que certamente, em sua maioria, eram pais de família. Tinham que levantar cedo para trabalhar e ali permaneceram dez dias. Quer dizer, duzentas e quarenta horas, orando, clamando e esperando a descida do Espírito Santo, que fora prometido por Jesus. Porém, Lucas narra, que “de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados” (At 2.2), e o Espírito foi derramado sobre todos que ali estavam (At 2.4).

Quando Pedro prega a Palavra, conclui dizendo, “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor nosso Deus, chamar” (At 2.39). Que maravilha! Eu e você estamos inseridos nesta benção. Deixa os céticos e incrédulos falaram, zombarem e desacreditarem do batismo com Espírito Santo, no falar em línguas estranhas e na atualidade dos dons espirituais; quem prometeu é fiel para cumprir.

3.      Engano dos cessacionistas. Cessacionismo é a corrente teológica reformada e de algumas igrejas históricas, que afirmam que os dons espirituais cessaram na vida da Igreja. Para tentar convencer seus ouvintes dessa doutrina, eles fazem verdadeiras “ginásticas na interpretação bíblica”, como diz nosso comentarista. Confundem batismo no Espírito Santo com conversão. Porém, já falamos acima, que são duas experiencias distintas uma da outra. Uma coisa e o novo nascimento, a conversão, outra bem distinta é o enchimento do Espírito, o batismo com Espírito Santo. Quando Paulo foi cheio do Espírito Santo, já estava salvo, inclusive já estava orando (At 9.11,17).

O pastor Elinaldo, comentarista de nossa lição, diz: “Portanto, como pentecostais, afirmamos o batismo no Espírito Santo com evidência física de falar em línguas estranhas, bem como a atualidade dos dons espirituais na vida da Igreja. Essa realidade espiritual perpassa todas as épocas, culturas e geografias em que haja um salvo em Cristo”. Louvo a Deus e tenho pedido a sua graça, que, apesar de nossas fraquezas, nunca deixemos de pregar que Jesus Cristo salva, cura, batiza com Espírito Santo e que em breve voltará para buscar a sua noiva amada, a Igreja.

II – O DINAMISMO DA IGREJA APOSTÓLICA

1.      A igreja nasce avivada. Isso é genético. A Igreja nasceu em meio ao fogo pentecostal. Nenhum teólogo pode negar isto. Isso aconteceu sob a atuação direta do Espírito Santo. A Igreja nasceu avivada! Do mesmo modo, que a inauguração do Tabernáculo do Senhor no deserto, foi com a descida do fogo do Senhor (Êx 40.34,35), a Igreja foi inaugurada e consagrada pela descida do Espírito Santo, que, sobre Jesus desceu como em forma corpórea de Pomba, mas, sobre os discípulos, foi como tochas de fogo (At 2.3). Alguém disse que, como Jesus não tinha pecado para queimar, foi a pombinha, representando a pureza, mas, os discípulos tinham muita palha para ser queimada, por isso o Espírito Santo veio como chamas de fogo, que assim como na sarça, que ardia, mas não consumia, foi sobre os discípulos aquele fogo. Gloria a Deus!

2.    A Igreja depois do pentecostes. É fácil ver a diferença nos discípulos de Jesus, antes e depois da descida do Espírito Santo. Já não eram mais aqueles homens medrosos, preocupados com a prisão e morte. Agora, na égide do Espírito, Pedro se levanta com autoridade e prega a Palavra de Deus. A Igreja perseverava na doutrina dos apóstolos, na comunhão, na oração e no partir do pão (At 2.42). O mais belo, é que em cada alma havia temor, e por isso mesmo, aconteciam maravilhas no meio do povo de Deus (At 2.43). Que coisa mais linda, poderosa e grandiosa, que estava ocorrendo na novel igreja. Duas esferas da igreja são evidenciadas: 1) Espiritual (piedade – Palavra e oração) e 2) social (comunhão – suprir a carência dos irmãos necessitados). Vida piedosa, fala do viver na Palavra de Deus, e comunhão, fala do cuidado com os pobres, viúvas e necessitados.

III – UM MINISTÉRIO UNGIDO PARA OS DIAS ATUAIS

1.  Na unção do Espírito Santo. A igreja não pode abrir mão desse poder para ministrar atualmente. Esse poder está disponível para nós. É só buscar, receber e distribuir para os necessitados. Os milagres, sinais e maravilhas, são manifestos por meio de salvação de almas, expulsão de demônios; imposição de mãos sobre os enfermos para serem curados conforme Jesus declarou que aconteceria: “Estes sinais hão e acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão os demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhe fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados” (Mc 16.17,18). Tiago, irmãos do Senhor, que escreveu um livro do Novo Testamento, cerca do ano 45 a 49 d.C., disse: “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará...” (Tg 5. 14.15). O Espírito Santo é indispensável para que a Igreja venha cumprir sua missão na sua integralidade nestes últimos dias.

2.  Autenticado por Jesus. Somente o preparo intelectual, como citado pelo autor como “instrumentos formais e acadêmicos dentro dos padrões hermenêuticos, exegéticos e homiléticos”, apesar de benéficos, não resolvem o problema. Se faz necessário a unção do Espírito Santo para que haja a aprovação divina no trabalho. Muitas igrejas não crescem, não consegue se firmar em meio a uma comunidade, apesar do aprimoramento teológico de seus pastores, simplesmente, porque erram em “não conhecer o poder de Deus”. É preciso que haja a confirmação do Senhor sobre a obra que leva o seu nome (Mc 16.20).

3.  Glorifica a Cristo. João Batista disse: “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada. Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3. 27,30). Se nosso ministério não for para a gloria de Cristo, melhor que não ministremos. Porém, todo aquele que deixa ser usado pelo Espírito Santo de Deus, certamente seu ministério será para a gloria suprema do Senhor Jesus Cristo (Jo 16.13,14). Paulo, vai muito além, quando diz: “Quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a gloria de Deus” (1Co 10.31). Que possamos deixar que o Senho Deus, através de seu Filho Jesus Cristo, seja glorificado através de nossas vidas.

CONCLUSÃO

A Igreja primitiva nasceu, trabalhou, cresceu na unção do Espírito Santo. Aprendemos que o seu desenvolvimento não foi por conta do conhecimento de seus pregadores, membros e congregados. O que fez a diferença foi a unção do Espírito Santo sobre ela.

Amados, oremos mais. Busquemos mais essa unção. Busquemos até que a tenhamos, e busquemos ainda mais depois de termos para nunca a percamos. A unção faz a diferença na vida da igreja; na vida do pastor; na vida do cantor; na vida do pregador; na vida do músico etc.  Essa unção está disponível ainda hoje!

Vosso em Cristo

Daniel Nunes

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

O MINISTÉRIO AVIVADO DE JESUS

 



LIÇÃO 4

22 de janeiro de 2023

O MINISTÉRIO AVIVADO DE JESUS

TEXTO ÁUREO

Então, pela virtude do Espírito Santo, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor.” (Lc 4.14).

VERDADE PRÁTICA

O alcance espiritual da vida de um crente avivado revela a extraordinária atuação do Espírito Santo.

Leitura Bíblica em Classe:  Lucas 4.14-22

Objetivos da Lição>

1.    Apresentar Jesus e a pessoa do Espírito Santo;

2.    Explicar a importância da oração no ministério de Jesus;

3.    Conscientizar de que Jesus teve uma vida na unção do Espírito Santo.

INTRODUÇÃO

O Antigo Testamento já revelava que o ministério de Jesus seria na égide do Espírito Santo de Deus. Vejamos: “Tu amas a justiça e aborreces a impiedade, por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros” (Sal 45. 7); “O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar as boas novas aos mansos; ...” (Is 61.1). Esses dois textos, revela que o Filho de Deus, seria cheio do Espírito para o exercício de seu ministério terreno.

E foi exatamente assim, que o Mestre Jesus iniciou se ministério, sendo cheio do Espírito, por isso mesmo, causou grande repercussão entre o povo, “E sua fama correu por todas aquelas terras em derredor” (Lc 4.14). Nesta lição veremos o impacto do ministério de Jesus sobre o povo, pois, além de ter um ministério avivado, suas mensagens eram proclamadas sob a autoridade do Espírito Santo. Certamente, isso já nos ensina muita coisa; pois, se Jesus, que era o Verbo encarnado, o Filho do Deus vivo, precisou do enchimento do Espírito Santo para pregar a palavra com Poder; imagina nós, pobres mortais, como não precisamos desse poder, para podermos difundir com autoridade o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

I – JESUS E A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

1.  O Espírito Santo na vida de Jesus. Vamos separar esse item em três subitens, onde poderemos, com melhor exatidão, analisar tão importante tema:

a.    Jesus foi cheio do Espírito desde seu nascimento. Disse o anjo Gabriel a Maria: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35). O Espírito Santo engendrou Jesus no ventre de Maria. Aquela gestação não era comum, mas era uma gestação sobrenatural. Enquanto o Altíssimo cobria a Maria com a sua sombra, o Espírito Santo fecundou no ventre daquela jovem. Que tremendo! Maria, com Jesus no ventre, também estava cheia do Espírito. A Bíblia nos diz, que, Isabel, prima de Maria, que estava gravida de seis meses, ao ouvir a saudação de sua prima “... a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo,” (Lc 1. 41). Um crente cheio é canal de benção para os demais!

b.    Jesus também recebeu, mais uma vez a unção do Espírito, quando no momento do seu batismo.  Jesus, já contava com 29 anos e meses, quase chegando aos trinta, e prestes a iniciar seu ministério terreno. Então, dirigiu-se ás margens do Jordão, onde pediu para ser batizado por João. No momento de seu batismo, a Bíblia relata: “e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.16,17). Aqui vemos algo maravilhoso sobre a trindade santa: O Filho sendo batizado, saído da água, o Espírito descendo sobre Ele como forma corpórea de uma pomba, e o Pai bradando desde o céus. Os unicistas que nos perdoem, mas esta passagens deixam as coisas muito claras quanto a doutrina da trindade.

c.     No monte da tentação. Aqui existe algo, que podemos assim dizer, que contradiz com a falácia da doutrina da prosperidades. A Bíblia nos diz “Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mt 4.1). Imaginemos isso: O Espírito, além de estar levando Jesus para o deserto, e a finalidade: ser tentado pelo diabo. Alguém poderia dizer: Que bom guia esse, não? Conduzir Jesus para ser tentado? Sim, tudo isso que aconteceu, era a preparação do Jesus, cem por cento humano, que precisava de treinamento. Diz a Palavra acerca do Filho: “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” (Hb 5.8). Em todas as investidas satânicas, Jesus foi vencedor, usando a poderosa Palavra de Deus. A cada ataque, nosso Senhor respondia: “Está escrito [...]”. Assim fica claro que se o Senhor Jesus não tivesse a presença do Espírito Santo, o resultado de suas provações não seria satisfatório.

 

2.      O Espírito Santo no ministério de Jesus.  A Bíblia é clara ao dizer: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, envio-me a curar os quebrantados do coração” (Lc 4.18). O homem Jesus foi ungido exatamente para evangelizar. Somente na unção do Espírito podemos evangelizar com eficácia. Porém, Jesus também foi ungido para “curar os quebrantados de coração”. São aquelas pessoas, que tem humildade para receberem a Palavra de Deus, e submeterem a sua vontade (Sal 34.18). Jesus foi o maior pregador que esta terra já viu. Não há outro nome que possa se comparar ao do pregador itinerante chamado Jesus. Quando Jesus pregava, os corações eram tocados. Ele estava cheio do poder do Espírito Santo.

II – JESUS E A ORAÇÃO EM SEU MINISTÉRIO

1.      O valor da oração. Dificilmente hoje em dia, alguém vai nos pedir, para o ensine a orar. Pelo menos, nestes quarenta anos de ministério, nunca ninguém chegou para mim e me disse: me ensine a orar. Todos querem aprender a pregar, a cantar, a tocar; mas, ninguém quer aprender a orar. Em Lucas 11.1, a Bíblia nos diz; “E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos”. Com certeza, depois de ouvir Jesus orar, qualquer um de nós o pediria para nos ensinara a orar. Ele orava com a mais pura e firme convicção que estava falando com o Pai. Por isso, a oração modelo, se inicia assim: “Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino...” (Lc 11. 2). “Era incomum, para um judeu chamar Deus de Pai. Essa forma de tratamento parecia muito pessoal e familiar”. (Bíblia de Holman).

2.      Um vida de oração. Toda a vida de Jesus foi pautada na oração. Ele começou a orar e a jejuar no deserto. Orou para escolher os seus discípulos (Lc 6.12-16). Orou agradecendo ao Pai, por ter se revelado aos pequeninos (Lc 10.21; Mt 11.25). Ensinou aos seus discípulos o dever de orar sempre sem nunca esmorecer (Lc 18.1-8). Então, aprendemos com Jesus, a importância de uma vida de oração, pois mesmo sendo Deus, na condição humana, nosso Senhor buscava comunhão com o Pai por meio da oração. Ele orou no Getsêmani tão intensamente que seu suor se transformou em gotas de sangue. Ninguém orou assim como ele (Mt 26. 36-46).

III – UMA VIDA NA UNÇÃO DO ESPÍRITO

Sempre gosto de frisar bem, que a unção aqui, não se trata de movimento bruscos, muito pulo, gritos frenéticos, ou muitas "línguas estranhas". É o chrisma”, do Espírito Santo sobre a vida de alguém. Em 1ª João 2.20 é usada uma metonímia, indicando o Espírito Santo, significando uma comunicação e o recebimento do Espírito (cf Jo 16.13). A palavra grega Chistos, que é Cristo em português, significa exatamente isto, ungido.

1.      A unção do Espírito na vida do obreiro.  Pobre do obreiro que pensa que sua inteligência, seus dotes homiléticos, sua capacidade musical, ou sua retórica, é o que alavanca seu ministério. Tudo isto é muito bom, e deve ser aperfeiçoado, porém, sabendo de uma coisa: se tudo isto não for usado na unção de Deus, seria como alguém estar querendo cortar a madeira, apenas com o cabo do machado. Portanto, submetamos todos nossos dons e habilidades ao poder do Espírito Santo, e deixemos que Ele nos guie em tudo o que devemos fazer na obra do Senhor.  O demônios serão expulsos; os enfermos serão curados; e as almas serão salvas, se fizermos sob a égide do Espírito de Deus (1Co 2.4).

2.      A unção do Espírito Santo na vida do crente. Não somente àqueles que levam nome de obreiro, diácono, presbítero, evangelista, pastor e missionário, devem ser ter a unção do Espírito em suas vidas, mas, todo crente precisa dessa unção também. A unção do Espírito Santo, deve ser algo buscado com muito amor, ardor, veemência e constantemente por cada servo e serva do Senhor. Pois, segundo Pedro, somos “... a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). Porém, para que possamos anunciar o Evangelho com poder e eficácia, é preciso ficarmos em Jerusalém, até que do alto sejamos revestidos de poder. Quer dizer, buscar o poder do Espírito Santo, até estarmos cheios de sua unção (Lc 24.49; Jo 14.26).

CONCLUSÃO

Jesus teve um ministério avivado porque foi ungido pelo Espírito Santo. Repetimos o que falamos lá no princípio desta aula: Se Jesus, sendo Deus, precisou ser ungido para levar as boas novas; será que seria diferente conosco? Logicamente que não.  Precisamos urgentemente, constantemente, veementemente sermos a cada dia cheios do poder do Espírito Santo de Deus.

Vosso em Cristo

Pr Daniel Nunes


quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

O MELHOR ELE DEIXOU PARA O FINAL


“... Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então, o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho” (Jo 2. 10).

“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv 4.18).

 

A diferença entre o mundo de pecado e Jesus, ao tratar com o pecador.

a.     O mundo dá o seu melhor no começo, mas não é duradouro, porque os prazeres do mundo vem em taças, não em fontes. Por isso mesmo logo se esgotam (Rm 6.23; Lc 15.14).

b.    Com Cristo é bem diferente. Com Ele tudo vai melhorando (2Co 3.18; Jo 1.16; Sal 84.7).

 

I.            Na criação, o melhor veio no final:

1.    No princípio, tudo escuro, trevas, caos (Gn 1.2);

2.    O primeiro passo para a melhora foi chamar a luz a existência.

3.    Com a luz evidente, se pode ver a verdadeira situação do caos. Pois a luz revela. Esta escrito: “Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandece nas trevas...” (Jo 1.4,5a). Ali estava a luz verdadeira que alumia a todo homem que vem ao mundo” (Jo 1.9).

4.    Observemos que depois que Deus criou todas as outras coisas, culminou com a criação do homem e a mulher.

5.    Podemos então dizer, que na criação tudo foi melhorando.

 

II.          A revelação do evangelho, veio por etapas, e o melhor veio no final.

1.    Por causa do pecado veio a necessidade da revelação do Evangelho.

2.    Porém, foi pouco a pouco. (Gn 3.15) A primeira profecia sobre a semente da mulher; depois o pacto de Deus com Noé (Gn 9.9); A chamada e o pacto de Deus com Abraão (Gn 12. 1-3); Logo veio o tempo da lei.

3.    Porém, era o amanhecer. Gradualmente o sol se levanta mais e mais, até que veio o resplendor completo da gloria de Deus no rosto de Jesus (Jo 14.8,9; Hb 1.3).

 

 

III.        Na vida de Jesus o melhor veio no final.

1.    No princípio em uma manjedoura;

2.    Varão de dores, experimentados nos trabalhos (Is 53).

3.    A cruz com toda a sua agonia e vergonha (Gal 1.13; Fil 2.8).

4.    Mas ao terceiro dia, a ressurreição, e logo a Ascenção.

5.    E, ainda falta a última etapa, quando ele vira para os seus e com os seus (At At 1.10,11; Jd 14).

IV.    Na experiência do cristão, o melhor vem sempre por último.

1.    A amargura do arrependimento, vem seguida da doçura do perdão;

2.    A tristeza da convicção do pecado, vem seguida da alegria da conversão (1Tm 1.12-15).

3.    E deveria ir sempre melhorando (Fil 1.6; 2Pe 1. 3-11).

4.    Triste e dizer, que para muitos não tem sido assim a experiencia do evangelho (Gl 1.6).

5.    Muitos estão como Jó, dizendo: “Ah! Quem me dera ser como eu fui nos dias passados, como nos dias em que o Senhor me guardava! Como era nos dias da minha mocidade, quando o segredo de Deus estava sobre a minha tenda” (Jó 29.2,4).

6.    Onde está a bem-aventurança que senti quando vi pela primeira vez o Senhor?

7.    Porém não devia ser assim: Humilha-te diante dEle, e volta ao primeiro amor. Nas cartas que foram escritas as sete igrejas da Ásia menor, há serias advertências, exortando ao anjo da igreja de Éfeso e Sardes, a que se lembrassem de algumas coisa (Ap 2. 4,5; 3. 1-3).

 

V.      Na vida cristã, o final será glorioso.

1.    Hoje levamos a cruz (Lc 9.23; Fil 1. 29; Rm 8.18).

2.    Rejeitados pelo mundo, um dia seremos reconhecidos pelo Senhor diante das multidões do universo (Jd 1.14; Ap 2.26);

3.    Quando terminar nossa luta indômita nesta terra, receberemos o “Vinde benditos de meu Pai”, da boca de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Mt 25.34; Jo 17.24).

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

AVIVAMENTO NO NOVO TESTAMENTO

 

LIÇÃO 3

O AVIVAMENTO NO NOVO TESTAMENTO

TEXTO ÁUREO

Jesus respondeu e disse lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” (Jo 4.10)

VERDADE PRÁTICA

A Palavra de Deus revela raízes de um verdadeiro avivamento espiritual, que perpassa a história.

Leitura Bíblica em Classe João 4. 7-15

Objetivos da lição:

1-    Apresentar o avivamento nos Evangelhos;

2-    Saber como se deu o avivamento no livro de Atos dos Apóstolos;

3-    Conhecer o avivamento nas Epístolas e no Apocalipse.

INTRODUÇÃO

Quero iniciar essa lição número três, por se tratar do Avivamento no Novo Testamento, com a palavra de George R. Foster, ao prefaciar o livro “Porque Tarda o Pleno Avivamento” de Leonard Ravenhill, que diz: “Avivamento. Sem dúvida esta é uma das palavras mais desgastadas no vocabulário evangélico brasileiro. Mas quando Leonard Ravenhill escreve sobre avivamento ele não toma partido entre “carismáticos” e “tradicionais” e nem toma conhecimento das questões debatidas entre ele. Para ele, a questão não é se tocamos bateria em nossos templos ou se levantamos a mão no culto de louvor. Ele nos chama a levantar um clamor a Deus para que ele fenda os céus e desça com poder e autoridade para tornar o seu nome notório na presença de seus adversários, fazendo as nações tremer diante dele”.

Por que começo com esse prefácio? Porque, vejo, que se em 1989, a palavra “avivamento”, já era tida como desgastada na visão do escritor, imagina hoje dia? Do ano passado para cá, infelizmente, surgiram muitos, que diziam avivados, pentecostais, faladores de línguas estranhas, profetizando a torto e a direito, e pior de tudo, dizendo que era Deus que estava falando em as boca. Todos foram desmascarados. Porém, a credibilidade nos milagres, nas curas divinas, nos dons de línguas, profecias, que já eram vistas como meninices, ficou pior após esse tempo. Muitos deixaram de crer, após essa enxurrada de falsos profetas.

Porém, sabemos, que Deus tem sim seus servos fiéis. Se no reinado de Acabe, havia quatrocentos profetas falsos, que falavam por conveniência, havia também um único Micaías, que falava a palavra do Senhor (1Rs 22. 6-8). Portanto, não vamos desanimar, e vamos estudar sobre o verdadeiro avivamento no Novo Testamento.

Veremos, portanto, o avivamento trazido por Cristo mediante aos homens comissionados por Ele para proclamar o Evangelho para Israel e para o mundo. Desse modo, nosso Senhor trouxe a mais poderosa mensagem que os homens ouviram: A mensagem do Reino de Deus. Através de seus escritos, como livros e epístolas, os apóstolos seguiram levando a mesma mensagem de Jesus.

I – O AVIVAMENTO NOS EVANGELHOS

Sabemos que o Novo Testamento, que é a segunda parte que compõe a Bíblia Sagrada, composta de 27 livros, foi a revelação final de Deus para a humanidade. A partir da canonização desses livros, já não se pode dizer que tal ou tal livro é inspirado por Deus, ou é a Boca de Deus falando aos homens. A abordagem em primeiro lugar do Evangelho segundo João, foi, segundo a visão do comentarista, por se tratar de um livro, “que a sua mensagem é a mais objetiva da parte de Cristo para uma missão gloriosa entre os homens”.

1.    O avivamento em João. A data apontada para a escritura do Evangelho segundo João, é entre os anos 80 - 90 d.C. Ele, diferentemente de Mateu, Marcos e Lucas, não é chamado de sinótico, “idêntico”, por ter uma abordagem diferente dos demais.

Quando Jesus encontra com a mulher samaritana, ele a oferece uma água, que até então não se havia sido falada sobre ela. Uma água que mata a sede de uma vez por todas. “E Jesus respondeu e disse-lhe: Qualquer que beber desta água (a do poço) tonará a ter sede, mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais tornara a ter sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (Jo 4. 13,14). Essa água, é a água da salvação. Como disse o pastor Elinaldo: “Esse versículo é um resumo da missão redentora de Jesus: preencher o vazio da alma com a salvação, sanar as necessidades espirituais e emocionais do ser humano”. Após aquele encontro, a vida daquela mulher foi totalmente mudada (Jo 4.28-30). Só Cristo pode fazer uma coisa dessas. Esse é o verdadeiro avivamento, onde uma vida morta em seus delitos e pecados, revive para Deus, e passa a falar de Cristo as demais pessoas.

2.  O avivamento em Mateus. Mateus é o primeiro dos Evangelhos sinóticos “idênticos”, juntamente com Marcos e Lucas. Foi escrito por volta do ao 60 d.C. É chamado de “O Evangelho do Rei, ou do Reino”, pela razão de em seus escritos, constar mais de 30 vezes as expressões “Reino dos céus”, “Reino de Deus”. O propósito de Mateus é revelar que Jesus era o Messias prometido no Antigo Testamento, primeiramente ao judeus, e logo a todo o mundo. Assim, Mateus revela o real avivamento que o mundo poderia vivenciar (Mt 4. 13-17).

3.  O avivamento em Marcos. Marcos faz coro como profeta Isaías (Is 42,43), e apresenta Jesus como Servo, e pelo menos em três aspectos. 1) Servo vencedor sobre as enfermidades, os demônios, as forças da natureza e a morte; 2) Servo sofredor, maltratado pelo liderança judaica, sacerdotes, traído por Judas, um de seus discípulos (Mc 14.10,11), e humilhado pelos soldados romanos (Mc 15. 1-20); 3) Servo triunfante. A mensagem do anjo às mulheres que foram ao sepulcro, afirma: “... já ressuscitou, não está mais aqui” (Mc 16.6-8). Esse é o grande avivamento causado pela ressurreição de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele está vivo e pode nos dar vida com abundância.

4.  O avivamento em Lucas. Lucas é considerado o Evangelho do Filho do Homem (Lc 19.10). Nesse evangelho, a humanidade de Jesus é ressaltada, salientada como em nenhum outro. Ele foi quem registrou com requinte de detalhes o nascimento de Jesus (Lc 2. 10-14). Ele revela que um novo tempo estava chegando para o povo de Israel e para o mundo. Era o avivamento enviado dos céus.

II – O AVIVAMENTO NOS ATOS DOS APÓSTOLOS

David Gooding, em seu livro Según Hechos, escreve: “Suponho que a primeira razão, e a mais óbvia para estudar Atos podia ser: para aprender alguns dados diretos e honrosos sobre o começo do cristianismo e sobre o mundo antigo em que ele nasceu. [...} as coisas realmente ofensivas para a mente moderna são, primeiro, o âmbito sobrenatural do cristianismo; Sua afirmação de que Jesus é o Deus encarnado, que ressuscitou corporalmente da tumba e subiu ao céus, e virá novamente, e literalmente. E segundo, seu exclusivismo dogmático: sua insistência em que não é possível falar de salvação em outro nome, a não ser que seja Cristo” (At 4.12).

No livro “No Poder do Espírito”, editora Carisma, diz: “No passado, os evangélicos tradicionais enxergavam o livro e Atos como um texto histórico com pouca importância teológica. Essa perspectiva foi uma reação ao ceticismo histórico radical que marcou muito as obras mais antigas que classificam Lucas como teólogo. [...]. Entretanto, os evangélicos tradicionais começaram lentamente a reconhecer que Lucas era, de fato, tanto historiador quanto teólogo: ele escreveu uma narrativa histórica, mas com um propósito teológico em mente” (William & Menzies).

1.    O avivamento na Igreja Primitiva.

A promessa de Jesus, que os discípulos seriam batizados com Espírito Santo, não muito depois daqueles dias, se cumpriu cabalmente na vida de sua igreja (At 1.5; 2.1-4).  

Em sua primeira pregação, o apóstolo Pedro, fala, àquela assombrada multidão, dizendo-lhes o que estava se cumprindo na cidade de Jerusalém, ante aos olhos de todo povo. Eles haviam matado o filho, o herdeiro de tudo, porém, sua morte não havia anulado a promessa do Espírito Santo, antes, tinha facilitado seu cumprimento. E, acrescenta, que a promessa não era somente para eles, “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor chamar” (At 2.39). Essa promessa se mantem firme até os dias de hoje!

Quando lemos “E disse-lhes Pedro: arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.38), David Gooding diz que a palavra “dom” está no singular, apontado, não para os dons do Espírito, porém, muita mais do que isso, para a própria pessoa do Espírito Santo. Disse ele: “Rejeitaram e mataram o Filho, agora se lhes é oferecido o Espírito de Deus; crucificaram a segunda pessoa da trindade, agora lhes é oferecido a terceira pessoa”. Gloria a Deus! Diz o pastor Renovato: “O cumprimento dessa promessa na vida da igreja seria o maior avivamento ocorrido na história”.

2.        A descida do Espírito Santo.  É de comum acordo da grande maioria dos teólogos, que a descida do Espírito Santo marcou a inauguração da Igreja do Senhor Jesus na terra. Joel profetizou sobre esse acontecimento (Joel 2.28) em tempos remotos, onde nosso comentarista data de 835 a.C. Segundo Holman, “A datação do Livro de Joel tem sido sempre de difícil e sobretudo uma suposição, com sugestões variando do Israel pré-monárquico ao período pós-exílico, às vezes até ao período helenístico”. Bíblia de Holman – CPAD.

O evento da descida do Espírito Santo trouxe um grande avivamento espiritual no nascimento da igreja. Antes, o Senhor Jesus tinha comissionado os discípulos para levar o seu Evangelho a toda criatura (Mc 16.15), porém, faltava algo na vida da novel igreja. Ela precisava ser cheia do Espírito Santo. Isso se deu no dia de pentecostes, e a partir daí, os discípulos cheios do Espírito, saíram com grande poder e ousadia a anunciar a Palavra de Deus (At 4.31).

III – O AVIVAMENTO NAS EPÍSTOLAS E NO APOCALIPSE

1.        Nas epístolas paulinas. As epístolas paulinas estão repletas de palavras de avivamento. Desde Primeira aos Coríntios, onde Paulo fala que “A palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós que somos salvos, é o poder de Deus” (1Co 1.18). Na mesma carta, no capítulo 12, o apóstolo fala do avivamento dos dons espirituais; no capítulo 13, sobre o avivamento do amor; no 14 ele volta a falar sobre as profecias e línguas, hinos espirituais etc. Em Efésios 5.18 diz: “E não vos embriagueis com o vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”. O próprio Paulo foi cheio do Espírito (At 9.17). Em 1Tessalonicenses, Paulo adverte a igreja, que não deveria apagar o Espírito (1Ts 5.19). Para Timóteo, filho na fé de Paulo, ele aconselha dizendo: “Por este motivo, te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos” (2Tm 1.6).

2.        Nas epístolas gerais (ou universais). Se considerarmos a fé; a santificação; as boas obras realizadas por um coração verdadeiramente convertido a Deus; o crescimento na vida cristã, como avivamento, que de fato o é, as epistolas gerais, estão eivadas de palavras de avivamento, vejamos: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e aprova das coisas que se não veem” (Hb 11.1); “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6); "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12.14); “Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tg 2.18); “Mas como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1Pe 1.15). Podemos então dizer, que todas as epístolas universais falam sim de avivamento.

3.        No livro do Apocalipse. O último livro da Bíblia, o livro das revelações, foi escrito por volta dos anos 90 a 96 d.C. São estas as revelações que foram mostradas a João na ilha de Patmos:

a.     Revelação do Cristo glorificado e glorioso (Ap 1.1,12-17);

b.    Revelação de coisas passadas, presentes e futuras (Ap 1.19);

c.     Revelação de coisas concernentes a igreja (Ap 2,3);

d.    Revelação concernente as nações; o arrebatamento da igreja, o tribunal de Cristo (Ap 6 a seguir);

e.    Revelação do grande trono branco (Ap 20);

f.      Entrega de galardões e bodas do Cordeiro (Ap 4-22);

g.     A volta do Senhor em glória (Ap 1.7);

No momento volta do Senhor em glória, onde ele vencerá para sempre a satanás, e com ele todo mal, haverá o último e grande avivamento, descrito em Zacarias 14. Nesse episódio, a Igreja já estará com Senhor, e descerá com ele, como diz o texto: “Então, virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos contigo ó Senhor” (Zc 14. 5b); “... Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos” (Jd 1.14b). Diz ainda: “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharam para mim, a quem transpassaram; e o prantearão como que prantei por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito” (Zc 12.10). Será grande o avivamento nesse tempo na casa de Israel. O Senhor implantará o milênio, e o mundo viverá o maior e o último avivamento da história.

CONCLUSÃO

No Novo Testamento está contido toda a revelação de Deus para a sua Igreja e a mensagem salvífica para todos os homens. Portanto, ao longo desse divino documento, a Bíblia Sagrada, podemos ver claramente a vontade de Deus para um avivamento genuíno do seu povo. Esse avivamento contém: transformação de vida, regeneração, justificação, redenção, santificação, e por fim a glorificação. Tudo isto só acontece com a agir do Espírito Santo de Deus no interior de cada um de nós. Demos nosso coração sem reservas ao Senhor, e o mais Ele fará.

Vosso em Cristo

Pr Daniel Nunes da Silva