O AVIVAMENTO ESPIRITUAL
TEXTO ÁUREO
“E se o meu povo, que se chama
pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos
seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e
sararei a sua terra.” (2Cr 7.14)
VERDADE PRÁTICA
Humilhar-se diante de Deus, buscar a
face do Senhor em oração e converter-se de seus maus caminhos são atitudes que
precedem o avivamento espiritual.
Leitura
Bíblica em Classe – 2Cr 7.12-15; Ag 2.5-9
Objetivos
da Lição
I –
Conceituar avivamento;
II – Elencar
as condições para um avivamento espiritual;
III –
Justificar a necessidade de um avivamento Espiritual.
Motivação – Quando a igreja retorna aos princípios Bíblicos do
avivamento, ela passa a viver uma vida cristã mais autêntica, com muito mais
fervor espiritual, amor a Deus e ao próximo. Um amor ardente pela Bíblia, a
Palavra de Deus e pela oração.
Pergunta: Como está o seu nível de relacionamento com Deus?
INTRODUÇÃO
O profeta Habacuque já orava por um
avivamento. Será muito bom, desde cedo, ao estudarmos esse trimestre, entendermos
que, o verdadeiro avivamento, não consiste apenas em movimento, barulho, o
famoso “reteté”. O verdadeiro avivamento, consiste em mudança de vida, desejo
de buscar a Deus e se afastar do pecado. Amor profundo a Deus e ao próximo.
Neste trimestre, estudaremos o
avivamento espiritual. Veremos o quanto ele é indispensável para o crescimento,
o desenvolvimento e o cumprimento da missão integral da Igreja no mundo. O
avivamento espiritual, que é chamado aqui em nossa lição de “fenômeno”, é a
condição principal e primária, para que o corpo de Cristo, que é a Igreja,
proclame o Evangelho de Jesus a todas as criaturas. O avivamento espiritual,
não é um movimento ocasional, mas sim, uma necessidade permanente para que a
Igreja venha enfrentar os desafios na atualidade.
I – O QUE É AVIVAMENTO
ESPIRITUAL
1. Avivamento espiritual. Primeiro, é uma intervenção divina.
Quer dizer que o avivamento só começa, quando abrimos nosso coração para que o
Espírito Santo possa trabalhar, seja em um indivíduo, em um grupo, em uma
cidade ou nação (Ao 3.20). Quando uma comunidade local volta-se para Deus,
buscando-o de maneira humilde para que Jesus venha transformar a realidade
espiritual. Veja o que o Senhor Jesus disse a Igreja que estava em Éfeso: “Tenho,
porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde
caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; ...” Ap 2.4,5)
O Senhor, sempre dá uma segunda chance para que voltemos a ter uma vida avivada
em todos os sentidos. Não busque apenas ser um crente barulhento na igreja, mas
seja um alvoroçador do mundo, como era o apóstolo Paulo (At 17.6).
2. A pré-condição para o avivamento. Só pode passar por um avivamento,
quem está em uma situação de crise espiritual ou moral. Então, uma pessoa, ou
uma comunidade, ou mesmo uma nação, que esteja passando por um momento de
crise, será um campo fértil, para que o avivamento se manifeste. Deus disse ao
rei Salomão: “Se eu cerrar os céus, e não houver chuva, ou se ordenar aos
gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo” 2Cr
7.13). Aqui, a crise está delineada em termos climáticos. Entretanto, ela
também pode ser moral, política e econômica, afetando todas as áreas da vida de
um indivíduo, de uma Igreja local ou de uma nação.
Definindo o que venha a ser o avivamento
1.
O
comentarista lição, nos diz que na maioria dos dicionários Bíblicos, não há
definição para essa palavra. Todavia, certamente a encontramos em dicionários
diversos, “Avivamento é o ato de se avivar, ou seja, de se tornar mais ativo,
mais intenso, despertado e nítido. (Livro de apoio);
2.
Pode
ser definido como o retorno aos princípios que caracterizava a Igreja
primitiva;
3.
É
o retorno à Bíblia como a nossa única regra de fé e prática;
4.
É
o retorno à oração como a mais bela expressão do sacerdócio universal do
cristão;
5.
É
o retorno às experiencias genuínas com Cristo, sem as quais inexistiriam o
corpo místico do Senhor;
6.
É
o retorno à Grande Comissão, cujo lema continua a ser: “... até aos confins
da terra...”;
7.
O
avivamento, enfim, é o reaparecimento da Igreja como agência por excelência do
Reino de Deus.
8.
De
acordo com Arthur Wallis, o avivamento é a intervenção de divina no curso
normal das coisas espirituais: É o Senhor desnudando o braço e operando com
extraordinário poder sobre santos e pecadores. (ANDRADE, Claudionor Corrêa. Fundamentos
Bíblicos de um Autêntico Avivamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.40).
II – AS CONDIÇÕES PARA
O AVIVAMENTO ESPIRITUAL (2Cr 7.13-17)
1. Uma crise. Comportamentos diante da crise: medo;
revolta; blasfêmia contra Deus e o próximo; desespero; a tentativa de suicídio etc.
Porém, pelo poder de Deus e de sua Palavra, tudo pode mudar: No Salmo 107, verso
20 está escrito: “Enviou-lhes a sua palavra, e os sarou, e os livrou do que
lhes era mortal”. A Salomão, o Senhor disse: “E se o meu povo, que se
chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter
dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus
pecados, e sararei a sua terra” (2Cr 7.14). Destacaremos alguns aspectos
importantes que antecedem o avivamento espiritual.
2. Humilhação diante de Deus. No lugar de se revoltar diante das
crises espirituais ou materiais, a humilhação diante de Deus é a primeira
condição para a chegada do tão desejado avivamento espiritual. Quero apenas
dizer que, se humilhar diante de Deus, não tem nada a ver com humilhações
feitas pelos homens. Os homens humilham para matar, e quem se humilha diante de
Deus, tem vida.
3. Orar e Buscar a face do Senhor. Nunca, em toda a história de Israel,
nem da Igreja, houve avivamento sem oração. Todos os grandes avivamentos na
história, foram precedidos de muita oração. Homens cheio de fé e piedade, eram
levantados por Deus para clamarem por seu povo. Como diz nosso comentarista:
Sem oração, não há avivamento, Sem a disposição dos crentes para buscar a face
do Senhor (Sal 143.1; 84.8), o avivamento tarda e não chega. Infelizmente,
vivemos dias em que a prática da oração é relegada a segundo e a terceiro
plano. Para constatar isto que estou dizendo, é só fazer um pequeno esforço, e
ir a um culto de oração no meio da semana nos templos. Comunidades que aos
domingos se reúnem trezentas pessoas, você não vai encontrar dez por cento, ou
seja, não haverá nem trinta pessoas nos cultos de oração. Outra prova, é
somente ir ao círculo de oração, onde, antigamente era um trabalho voltado,
exclusivamente para a oração, agora, se tornou um culto normal, onde, se ora
pouquíssimo, e a maior parte do tempo e cantando e pregando. Já não devia nem
ser mais chamado de “Círculo de Oração”, mas, “Culto das mulheres”.
4. Conversão sincera dos pecados. “Se o meu povo [...] se converter
dos seus maus caminhos”. Não pode haver avivamento sem confissão de
pecados, sem que deixemos os nossos maus caminhos e nos lancemos às
misericórdias de Deus. Eis uma advertência tão séria: “Se eu atender à
iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Sal 66.18). O que mais
tem hoje nos templos, são pecados não confessados e não deixados. A falta de
conversão dos maus caminhos, tem afastado a presença real do Espírito Santo dos
cultos, da reuniões solenes da Igreja. Ouvem-se muito barulho, muito língua
“estranha”, e, diga-se de passagem, “bem estranha”, porém, mudança de vida que
é bom, nada. O povo continua mentindo, enganando, comprando e não pagando,
falando mal uns dos outros; desejando o mal aos outros, intrigados dentro da
igreja, e participando da ceia do Senhor, como se nada estivesse acontecendo.
Desejam até a morte dos irmãos. Não há conversão sincera. Não há
arrependimento. Que lástima! Tudo isto tarda o avivamento. Recomento a leitura
do livro, do piedoso pastor Leonard Ravenhil, Porque Tarda o verdadeiro
Avivamento. Compre, faça leitura desse livro e te ajudará e muito, a entender o
que estamos falando.
5. Um caminho preparado. O povo que está passando pela crise,
só tem um caminho, o arrependimento e a busca da face do Senhor. Quando o
pastor Elinaldo diz, que a crise “pode ser uma pré-condição” para o avivamento,
já diz tudo, “Pode ser”. Não que seja definitivamente, porque existe um
condicional se. Em seguida ele diz: se nos humilharmos diante de
Deus; se buscarmos mais a face do Senhor em oração; se decidirmos
firmemente confessar os nossos pecados e convertermo-nos dos nosso maus
caminhos. Somente assim, e tão somente assim, o caminho para o avivamento
estará aberto. É exatamente isto que está faltando. Enquanto a Igreja não
entender que somente barulho de pregador, de instrumentos, de caixas de som, de
lágrimas forçadas, não abrem caminho para o verdadeiro avivamento, vai
continuar assim, e as gerações vão passando, passando e o tão propagado e necessário
avivamento não chega.
III – A NECESSIDADE DE UM AVIVAMENTO ESPIRITUAL
(Ag 2.5-9)
1. A situação espiritual de Judá. Não obstante os profetas alertarem
veementemente a respeito da iminente destruição de Judá, o povo não deu ouvidos
(Am 2.5; 3.6; Is 6.11; 8.7). Isso nos diz muita coisa, não é mesmo?
a.
A
destruição do Templo e morte. Por ignorar a voz de Deus, o povo foi levado ao
cativeiro para a Babilônia e o templo foi destruído. Além disso, um terço
morreu de fome e de peste, e outro terço morreu pela espada inimiga (Ez 5.12;
Cf 24.1,2; Jr 38.17-19;39.1;52.4).
b.
O
chamado para reconstruir o templo. Após setenta anos, cumprindo uma profecia do
profeta Jeremias, o povo voltou do exilio, porém, apáticos a casa de Deus. Não
estavam interessados nos cultos, nas reuniões solenes. Cada um estava preocupado
apenas com suas próprias casas. Então Deus levanta o profeta Ageu, para chamá-los
a atenção (Ag 1-4-8).
c.
Deus
levantou a Zorobabel (O governador) e a Josué (o sumo sacerdote) para animar o
povo e construir o templo do Senhor (Ag 1.12-15).
d.
O
desejado das nações e a glória da segunda casa. A segunda casa, seria cheia da
gloria de Deus, com a vinda do desejado de todas as nações. E, apesar, da casa
física, ser bem menor que a primeira, a glória seria maior que o da primeira.
Deus não precisa de coisas grandes para derramar a sua glória, basta que tenha
lugar, ali ele manifesta sua gloriosa presença. Basta que o desejemos. Você
deseja a glória de Deus em sua vida? (Ag 2.6-9).
2. Deus usa Ciro para libertar o povo. Ciro não era judeu, também não era
servo de Deus. Era o rei da Pérsia (550-530 a.C.), mas foi levantado pelo
Altíssimo para executar seus planos de libertação do povo de Israel que se
achava cativo na Babilônia. Deus usa quem quer, quando quer, do jeito que quer
e como quer. Ele é Deus e não pede conselho a ninguém.
a. Promessas de Deus a Ciro. Ele foi
chamado de “seu ungido” (Is 45.1). Já imaginou isso? Mais que isso, ele foi
chamado de “o meu pastor” (Is 44.28). Deus é tremendo. Essas promessas, dando
até o nome do rei persa ao profeta Isaías, foram proferidas, pelos menos duzentos
anos antes dos acontecimentos. Que Deus tremendo.
b. Ciro liberta Israel do cativeiro.
Logo no início do seu reinado, Ciro ouviu o chamado de Deus para executar a
grande missão de libertar Israel, cumprindo assim as profecias, que anunciavam
o fim do cativeiro (Jr 25.12; 29.10). Aquele homem estranho a Israel, porém,
chamado por Deus, não tardou em cumprir os desígnios de Deus. No primeiro ano
do seu reinado ele cumpriu o que Deus colocou em seu coração (Ed 1.2,3). A
Bíblia diz, que “Despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia...”
(Ed 1.1). Isso também é avivamento!
c. A conclusão do templo. O templo foi
reedificado “... por todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para
subirem a edificar a Casa do Senhor, a qual está em Jerusalém” (Ed 1. 5).
3. A necessidade de um avivamento Diz o comentarista da lição:
Infelizmente, há uma tendência natural e histórica para o predomínio de uma
letargia espiritual no meio do povo de Deus, que outrora foi poderosamente
avivado. Assim, presenciamos o crescimento da frieza e mornidão espiritual
sobre os corações de um povo ou de uma igreja local. Há lugares em que, décadas
atrás, o percentual de cristãos e de igrejas era elevado. Nos últimos anos esse
percentual vem caindo. Hoje, o fechamento de igrejas é uma realidade.
Deixe-me ir um pouco mais longe nesse
tema. Em muitos lugares, as igrejas estão sendo fechadas, isso é correto.
Porém, em outros, o número de professos cristãos está crescendo, porém, apenas
professos, não praticantes. Falam, mas não vivem. Como a igreja de Sardes, “que
tens nome de que vives e estás morto” (Ao 3. 1). Entendo que isto é ainda
pior que o próprio fechamento, porque há um ar de pseudo vida; pseudo crescimento.
Como esse falso crescimento e movimento, se pode fazer matérias para jornais,
colocar na internet, propagar o crescimento. Porém, em breve, poderá receber a
reprovação total do dono da igreja, assim como a igreja de Sardes e Laodiceia.
CONCLUSÃO
Há uma mensagem de ânimo para a
igreja do Senhor. Quando o povo de Deus se encontra em situação de frieza
espiritual, a vontade divina é a de sempre reacender a chama que está se
apagando (Is 42.3). Se for preciso, Ele usara uma crise para isso. O Salmista
disse: “Foi-me bom ter passado pela aflição para que aprendesse os teus
decretos” (Sal 119.71). O Senhor, usará circunstâncias diversas para levar
o seu povo ao deserto a fim de falar ao seu coração (Os 2.14). A sua exigência,
porém, é que o seu povo se humilhe, busque a sua face e se converta de seus maus
caminhos. Então, o avivamento espiritual não tardará.
Deus abençoe a todos
Pr Daniel Nunes da Silva