“E pomba voltou a ele sobre a
tarde; e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé que
as águas tinham minguado sobre a terra” (Gn 8.11)
Foram noites borrascosas. Precisamente
quarenta dias e quarenta noites de comportas totalmente abertas dos céus. Chuva
e chuva sem parar. Sobre os montes mais altos, prevaleceram as águas quinze côvados.
A Bíblia Nova Versão Transformadora, diz: “E se elevaram quase sete metros
acima dos picos mais altos” (Gn 7.20). Tudo que havia no seco morreu,
ficando apenas Noé e sua família e, logicamente, os animais que foram colocados
dentro da arca (Gn 7. 22,23).
Após a cessação das chuvas, a arca
era levada de um lado para o outro, sobre a imensidão do dilúvio, que Deus
havia mandado, para destruir aquela geração pecadora. Noé, não tinha a mínima noção,
de como seria dali por diante. Uma coisa ela sabia: Deus estava no controle da
situação. É bom sabermos disto. Por mais que o caos se estabeleça, Deus está
sempre no controle. O cetro continua em suas poderosas mãos.
Após cento e cinquenta dias, a Bíblia
diz: “E lembrou-se Deus de Noé” (Gn 8.1). Acho interessante essa
expressão bíblica: “E lembrou-se Deus de Noé”, como se Deus, deixando Noé
no meio daquela tempestade navegando naquela arca, fosse fazer alguma outra coisa,
e, somente após ter passado cinco meses, O Eterno, falasse com os demais membros
da Trindade Santa: “parece que esquecemos de nosso amigo Noé, vamos lá falar
com ele”. E a Palavra do Eterno nos diz: “... e Deus fez passar um vento
sobre a terra, e aquietaram as águas” (Gn 8.1b). Sim, Aquele que tem todo
poder, agora, aquieta as águas para que elas minguassem. Deixa eu te falar algo
de Deus ao seu coração: Deus está soprando esse vento, não para te derrubar,
mas para aquietar as turbulentas águas que te assusta.
Passou-se um ano, para que a terra se
secasse totalmente (Gn 7. 11;8.13). Noé entrou na arca com seiscentos anos e
saiu com seiscentos e um. Para ter certeza de que a terra estava seca, Noé fez testes. Soltou primeiro um corvo, que ficou indo e voltando, até que as águas se
secaram. O corvo, por ser ave de rapina, não teve dificuldade em estar indo e voltando,
quer dizer, sobrevoando aquele caos. Certamente, com as águas, que já estavam
minguando, apareceram muitos corpos em avançado estado de decomposição, tanto
de serres humanos, quanto de animais que já serviam de alimento para o corvo. Em
seguida, Noé solta a pombinha, ave limpa, a qual, não encontrando pela primeira
vez, lugar de pousar, voltou para a arca (Gn 8.8,9). Passado sete dias, Noé tornou
a soltar a pombinha, que, ao voltar, trouxe em seu bico um raminho de oliveira.
Interessante que a pomba, trouxe
exatamente um ramo de oliveira. Poderia ter trazido outra planta qualquer, mas,
não foi. Ela trouxe de Oliveira. A oliveira é símbolo a) da nova geração de
Deus em nós (Rm 11.17,24); b) Do Espírito Santo, pois dela procede o azeite; c)
Dos filhos, que segundo o salmista, “São plantas de oliveira, à roda da tua
mesa” (Sal 128.3). Filho é a nova geração; d) Do crente na casa de Deus. O
salmista disse: “Mas sou como a oliveira verde na Casa de Deus...” (Sal
52.8).
Aquela pombinha, que pousou sobre a oliveira
verde, trazendo um raminho para Noé, simboliza aquela forma corpórea de pomba,
que pousou sobre Jesus no momento de seu batismo; demonstrando com isso, a
pureza do Messias. Naquele deserto seco da Judéia, o Espírito Santo, encontrou a
verdadeira oliveira, que daria início a uma nova geração de Deus na face da terra
(Mt 3.16). Esse mesmo Espírito, é quem vai começar a construir uma nova
história em sua vida.
Do ventre seco de Ana, Deus tira um
fruto (Samuel), que seria profeta para todo Israel (1Sm 1.5,17-20,27,28;3.20,21).
Foi a vara seca de Arão que floresceu
(Nm 17.8). Quando Deus quer é assim: De uma pedra dura sai água, jumenta fala,
da cabeça de um leão sai mel, e uma vara seca floresce. Você pode até estar dizendo
que não tem mais jeito. Que todas as fontes secaram. Que não há mais
oportunidade. Mas o Senhor está dizendo: Eu Sou o que faz uma vara seca florescer,
Sou Eu que vou construir para ti uma nova história.
Não podemos deixar de registrar aqui,
que foi de um ventre estéril, que nasceu a nação mais amada do Senhor Deus, o
povo de Israel. Sara e Abraão já eram velhos. Não havia esperança para nada,
porém, escreve Paulo sobre o assunto dizendo: “O qual, em esperança, creu
contra a esperança que seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe
fora dito: Assim será a tua descendência. E não enfraqueceu na fé, nem atentou
para o seu próprio corpo já amortecido (pois era já de quase cem anos), nem
tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa de
Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus e
estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para
fazer” (Rm 4. 18-21).
Portanto, meu amado irmão e minha
amada irmã, creia tão somente, que um novo tempo está surgindo em sua história.
Aquele que prometeu é fiel para cumprir. Levanta a cabeça, pois, um novo tempo
vai começar. Faço como fez Elias, ao orar no monte, com a cabeça dentre os
joelhos: “Então, disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe, porque ruído há de
uma abundante chuva” (1Rs 18. 41). Ninguém está ouvindo e nem vendo nada,
más, pelos olhos e pelos ouvidos da fé, lhe digo, há um novo recomeço em Nome
de Jesus!
Vosso em Cristo