II Samuel 16.5-7,13; 17.27-29
Há um provérbio antigo que diz, que uma
pessoa só pode dar o que tem. Isso é uma pura verdade! Não pode uma fonte
amarga dar água doce, ou a fonte doce jorrar água amarga.
Nos textos sagrados acima, vemos a
luta do rei Davi, quando perseguido pelo próprio filho, Absalão, fugia a pé,
para escapar da fúria de seu filho que havia ocupado o trono. Nessa viagem, a
Bíblia diz, que Davi fugia a pé e descalço. Uma grande humilhação para um homem
como Davi. Não podemos esquecer, que ele é conhecido na Bíblia, como “o homem
segundo o coração de Deus”. Grande guerreiro. Vencedor de inúmeras guerras.
Porém, nesse momento, não passava de um simples ancião, que com suas forças já combalidas,
fugia de seu próprio filho.
Quando Davi chega a Baurim, diz a
palavra, que saiu um homem descendente de Saul, por nome Simei, que começou a
atirar pedras em Davi e amaldiçoá-lo, chamando Davi de homem de sangue e homem
de Belial. Certamente o tal Simei, esperou a vida toda por aquele momento.
Aproveitando do infortúnio de Davi, agora, com as mãos cheias de pedras, e a
boca cheia de blasfêmias, maltratava o rei de Israel.
Porém, quando Davi chegou em Maanaim,
saíram ao seu encontro três homens: “Sobi, filho de Naás, de Rabá, dos
filhos de Amom, e Maquir, filho de Amiel, de Lo-Debar, e Barzilai, o Gileadita...”.
Esses, ao contrário de Simei, que trazia pedras e maldições, trouxeram
camas, bacias, vasilhas de barro, trigo, cevada, farinha, grão torrado, favas,
lentilhas torradas, mel, manteiga, ovelhas e queijos. Diziam eles: “... este
povo no deserto está faminto, e cansado, e sedento”.
Como cada um só dá o que tem, Simei,
só tinha pedras e maldições. Certamente era um frustrado, que esperava algum
momento para poder descontar no rei Davi as suas mágoas e frustrações. Ele não
perdeu tempo, foi Davi saindo de Jerusalém, e ele já abriu a sua boca maldita,
e sua mãos carregadas de pedras, tentando atingir a Davi. Mas, Davi, superou
aquele momento de palavras malditas, e pedras atiradas contra ele, confiando no
Senhor, dizendo o seguinte: “Porventura, o Senhor olhará para a minha
miséria e o Senhor me pagará com bem a sua maldição deste dia” (2Sm 16.
12). É assim que faz o Senhor. Tudo aquilo que nossos inimigos desejam contra
nós: As maldições, as pedradas, o Senhor transforma em bênçãos. O que carregam
pedras hão de se cansar primeiro, pois pedras são pesadas e ferinas.
Davi, no Salmo 23 disse: Preparas
uma mesa perante mim, na presença dos meus inimigos...”. Foi isso que o
Senhor fez. Ele preparou mesa, cama, mel, trigo, lentilhas, queijo, manteiga,
favas, ovelhas etc. Que riqueza de coisas boas tinham aqueles homens. Sobi,
Maquir e Barzilai, eram pessoas do bem. Eram homens carregados de boas obras.
Palavras poderosas, mãos abençoadoras, olhos e corações carregados de empatia.
O que tens em tuas mãos para
oferecer? És um Simei, carregado de pedras e palavras malditas, ou um
Sobi, um Maquir e um Barzilai, carregado de coisas boas? Lembre-se: Cada um dá
o que tem.
Que o Senhor nos ajude, a termos sempre
uma palavra de ânimo ao desanimado. Uma palavra de amor ao desprezado. Uma
palavra de perdão ao pecador. Quanto as pedras, deixaremos elas para aqueles que
não conseguiram ainda serem livres delas mesmas, e empáticos com o sofrimento e
dor alheia. Oremos uns pelos outros.
Vosso em Cristo
Pr Daniel Nunes
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