Pages

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

O QUE DEFINE SE UMA IGREJA É DE FATO SEGUIDORA DOS MANDAMENTOS DE JESUS DE NAZARÉ?


A igreja de Jesus, precisa urgentemente redefinir sua atuação, como representante de Cristo na terra. Em Antioquia, foram os discípulos pela primeira vez “chamados cristãos” (At 11.26). Havia uma razão para isso. A razão era que eles agiam como Jesus. Todos os traços do ministério de Jesus estavam nítidos e notórios naquela comunidade cristã.

Hoje, principalmente hoje, eu tenho perguntado: Será que há ainda algum traço daquele cristianismo primitivo nas igrejas hodiernas? Há muita falácia e pouca ação; muito ajuntamento e pouca união; muito conhecimento bíblico e pouca ação da Palavra na vida dos crentes; muita religiosidade e pouco Evangelho; muita reunião e pouco resultado. Muitos estão aderindo à religião, mas não estão se tornando verdadeiros cristãos.

Se fosse colocar tudo o que seria as marcas do verdadeiro Evangelho, e a negação das tais marcas pela igreja contemporânea, talvez enchesse folhas e mais folhas. Muito se prega transformação, e é o que menos vemos hoje em dia na vida dos crentes: uma verdadeira transformação.

Quero, porém, tocar em um assunto, que acho, um dos mais importantes, para que defina uma igreja como seguidora dos mandamentos de Jesus de Nazaré. Estou falando do amor. Jesus revolucionou o mundo, e ainda continua revolucionando, por causa do seu amor. João 3.16, Romanos 5.8; 1Corintios 13; João 13.34; 15.12; 13.8; 1Tessalonissences 4.9; 1João 2.9,10, são textos bíblicos que fala do amor que Deus devotou a nós pecadores, a ponto de mandar seu Filho unigênito para morrer em nosso lugar, e nos salvar dos pecados, fazendo-nos seus filhos, como também, falam do amor que devemos devotar a nossos irmãos.

A Bíblia nos diz que um dos sinais, que apontaria que estamos nos últimos dias da igreja na terra, seria o esfriamento do amor, onde os homens, deixariam de amar o próximo, e se tornariam amantes de si mesmos (Mt 24.12; 2Tm 3.1,2). O texto de Paulo em 2 Timóteo, descreve uma sociedade totalmente egoísta, quando diz: “Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e a mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons...”. Infelizmente, todas essas malignas tendências, não estão somente no mundo, mas, se pode vê-las claramente e com muita facilidade dentro da igreja, e, “pasmem”, principalmente na liderança. Homens avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, ingratos, profanos, sem afeto natural, caluniadores, cruéis, sem amor.

Paulo, na carta que ele escreve aos Filipenses, nos ensina, que devemos considerar o nosso irmão superior a nós mesmo (Fil 2. 3), porém, essa mensagem não é ouvida, nem praticada hoje em dia, quando cada um quer pisar no outro. Quer passar por cima do outro. Quer apagar o nome do outro. O que tem que sobressair é o seu nome. O nome do irmão não importa. O amante de si mesmo, não tem o amor altruísta de Cristo em seu coração. Ele não é misericordioso, empático, benigno.

O amor altruísta, a misericórdia, a empatia e a benignidade, são marcas poderosas que define se uma igreja é de fato de Cristo ou não. E com isso, não estou dizendo que devemos transigir com o pecado, não, nada disso. Porém, tudo deve ser feito, assim como o médico faz com um paciente: Cuidar dele para ter saúde, e não para o matar. Era assim que Jesus agia, era assim que ele trabalhava.

Uma igreja não será medida por Deus pelo seu tamanho, pela quantidade de seus membros, pela exuberância de seus templos, pelo barulho em suas reuniões, por quantos crentes falam em línguas nos cultos, por quantos profetas se levantam para profetizar, nada disso. Paulo disse: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine” (1Co 13.1). A igreja de Éfeso, era uma igreja doutrinária. Tratava os maus com muita dureza, e colocava a prova os falsos apóstolos, porém, foi duramente repreendida pelo Senhor, que disse: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” (Ap 2. 4,5).

A grande marca de uma igreja cristã é o amor!

Pr Daniel Nunes

0 comentários:

Postar um comentário