“E não vos conformeis com este mundo, as
transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável
e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
Como seres pensantes,
racionais que somos, temos nossas próprias vontades. Usando nossos cinco
sentidos da vida, produzimos nossas vontades (Vontade de comer uma fruta, por
exemplo). E, por mais que saibamos que a vontade de Deus é boa, agradável e
perfeita, insistimos em fazer a nossa própria vontade. Talvez, seja por
parecer, que nossas vontades são mais confiáveis, tangíveis, palpáveis.
O exemplo da fruta, não foi
por acaso. Lembremos que a primeira vontade contrária a vontade de Deus, do
casal edênico, foi exatamente em comer uma fruta. Nesse caso, não era da
vontade de Deus que eles comessem aquele fruta. E assim que comeram, morreram.
Há vontades que temos, que
são boas e agradáveis também. Há àquelas, que mesmo sendo boas e agradáveis aos
nossos olhos, e aos demais sentidos da vida, não são da vontade de Deus, e, não
sendo da vontade de nosso Pai celestial, certamente também, não será boa para
nós. Vejamos este texto bíblico: “E, vendo a mulher que aquela árvore era
boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar
entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também ao seu marido, e ele
comeu com ela” (Gn 3. 6). Parecia que tudo daria certo, pois, na concepção
de Eva, após a apologia feita pela serpente, que, se Deus não queria que eles
comessem, era simplesmente “porque Deus sabe que, no dia em que comerem, se
abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 3.
5). Porém, não deu certo não. As consequências não tardaram a chegar. O casal
passou a experimentar a morte espiritual e a falta de comunhão com o Criador.
Foram expulsos do jardim e uma vida dura, de suor e lágrimas começou. Como se
isso não bastasse, as consequências, compulsoriamente passou a todos da raça
humana. Tudo porque, fizeram a sua vontade e não a do Senhor Deus.
Jesus, o último Adão, cedeu
a sua vontade, para dar lugar à vontade do Pai. Lá no Getsêmani, apartando dos
seus discípulos, disse em oração ao Pai: “...Pai, se queres, passa de mim
este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22. 42).
O Filho de Deus, o Verbo encarnado, já havia dito: “... A minha comida é
fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4. 34). Disse
ainda: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim
julgo, e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade
do Pai, que me enviou” (Jo 5.30). Quando anunciaram que sua mãe e seus
irmãos, estavam fora e queriam vê-lo, disse: “Porque qualquer que fizer a
vontade de meu Pai, que está nos céus, este é meu irmãos, e irmã, e mãe”
(Mt 12.50).
Quando chegou o momento da
cruz, não propriamente a cruz de madeira, mas, a cruz dos pecados, da
maldição, do juízo do Pai sobre toda a humanidade, e o Filho vendo que tudo aquilo
recairia sobre Ele, disse: “A minha alma está profundamente triste até a
morte;...” (Mc 14. 34). Então, Jesus teve uma vontade própria sua. Quem
sabe, provindo daquela tristeza profunda, disse: “Aba, Pai, todas as coisas
te são possíveis; afasta de mim este cálice;...” (Mc 14. 36). A vontade do
Filho era que aquele sofrimento se afastasse, sem que fosse preciso passar,
mas, naquele momento, mais uma vez, nosso Salvador, demostrou, que queria fazer
a vontade do Pai, não apenas nos bons momentos, mas, muito mais agora, em
momentos de grande aflição, tristeza e dor, e diz: “...não seja, porém, o
que eu quero, mas o que tu queres”. Passando pelo caminho da dor, do
sofrimento e da maldição por nossos pecados, Jesus foi ao patíbulo da cruz e
morreu como pagamento do juízo de Deus, que recairia sobre toda a humanidade.
Na hora que ele brada “Está consumado”, estava dizendo, que aquela dívida, que a
humanidade devia, a partir do momento que Adão fez a sua vontade, comendo do
fruto da árvore da ciência do bem e do mal, agora estava cancelada, porque Ele,
Jesus, o Messias, o último Adão, não fez a sua vontade, mas a vontade do Pai.
Muitas vezes, para fazermos a
vontade de Deus, passamos por caminhos dolorosos. Nossas vontades precisarão
ser suprimidas. Quem sabe, falaremos: Mas Senhor, queria tanto, gosto tanto,
amo tanto, desejo tanto isso ou aquilo. E o Senhor vai nos dizer: Mas eu não
gosto, eu não amo, eu não desejo isto para você. Isso não te fara bem. Isso te
levará a ruina. Outra vezes vamos dizer: Senhor, será mesmo que preciso passar
por esse caminho tão estreito? Por essa prova tão grande? Por este vale tão
doloroso? Então o Senhor vai nos dizer: Sim, é preciso. Além desse vale
doloroso está a tua coroa. Mais adiante, você vai me agradecer por ter passado
por esse lugar. Foi exatamente nesse vale que você aprendeu a confiar mais em
mim. Foi exatamente nesse caminho espinhoso que você contemplou a minha gloria.
Concluo, dizendo, que, por
mais que, fazer a vontade de Deus pareça ser difícil, até impossível, ela não
deixará de ser a boa, agradável e perfeita vontade. Ela é ascendente: Boa,
agradável e perfeita. A vontade de Deus é como a luz da aurora, pois vai cada
dia mais clareando, brilhando, até dar seu brilho com toda intensidade. Ao
passo que nossa vontade, começa, aparentemente boa, porém, seu final poderá ser
desespero, tristeza, amargura e morte.
Vamos nos esforçar, e pedir
ao Santo Espírito, que nos ajude à fazermos sempre a vontade de nosso Pai que
está nos céus.
“Seja feita a tua vontade,
tanto na terra como no céu” (Mt 6. 10).
Vosso em Cristo
Pr Daniel Nunes
3 comentários:
Louvado seja Deus
Louvado seja Deus pela vontade de Deus em nossas vidas
Glória ao eterno e grandioso Deus e continue te abençoando Pastor Daniel Nunes.
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