LIÇÃO 07
Texto Áureo
“Eu plantei, Apolo regou;
mas Deus deu o crescimento” (1Co3.6)
Verdade Prática
A experiência com Cristo é o
mais poderoso fator motivacional para plantar igrejas.
Leitura
Bíblica em classe: 1Co 3.6-9; At 13.1-3; 16.1-5,9,10
Objetivo
Geral: Motivar
a igreja local para plantar mais igrejas.
Objetivos
específicos
I
– Mostrar que Paulo foi um desbravador sob uma gloriosa
obrigação;
II
– Sinalizar Antioquia como ponto de
partida para o crescimento da igreja;
III
– Pontuar as
característica de um plantador de igrejas.
INTRODUÇÃO
Nesta
lição veremos a imagem agrária que Paulo tem da igreja. Aqui ele se coloca como
evangelista plantador e seu companheiro, Apolo, como professor regador, e Deus,
como aquele que faz a planta crescer. Em Isaías 61.3 lemos: “a ordenar
acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza. Óleo de gozo por
tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem
árvore de justiça, plantação do SENHOR, pra que ele seja glorificado”.
Sem
querer menosprezar o trabalho prestado pelos missionários, Paulo pergunta: “Pois
quem é Paulo e quem é Apolo,...” (1Co 1.5) e responde no verso 7 dizendo: “Pelo
que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o
crescimento”. Isso é muito interessante a ser estudado, pensado e
refletido, em um mundo hodierno, onde todos querer ser o mais importante,
quando se trata do crescimento de uma obra. Todos querem seus egos massageados. Porém, Paulo não fazia isso, nem como ele
mesmo, nem com os outros. Na verdade, ele estava com essas palavras, desfazendo
uma contenda que estava havendo entre os irmãos em Corinto, onde dizia um “Eu
sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo...” (1Co 3. 4). Paulo então nos diz que
eles nãos estavam em nenhuma disputa, mas que seus ministérios são
complementares, e os dois eram “cooperadores de Deus” (v.9).
Nesta
lição veremos como foi o processo de plantação de igrejas que Paulo executou.
Quer dizer: Quais seus métodos, maneiras, onde começou, e, quais as
características do plantador de igrejas locais frente aos novos desafios.
I
– PAULO, O DESBRAVADOR SOB UMA GLORIOSA OBRIGAÇÃO
1 – Paulo,
o desbravador. O desbravador é uma pessoa que se lança ao desconhecido. É
um explorador de lugares onde antes ninguém palmilhou. Disse Paulo “E desta
maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido
nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio” (Rm 15.20) (2Co 10.16).
Ele disse que tinha colocado o fundamento, e que esse fundamento era Cristo
(1Co 3. 10,11), e que cada um pudesse ver como edificaria sobre esse
fundamento. Há hoje em dia, muitos usando o fundamento do nome de Jesus, porém,
o edifício são de obras puramente humanas, e não espirituais (1Co 3.12-15).
Paulo
dedicou a sua vida para propagar o evangelho de Jesus e cumprir sua missão no
mundo gentílico (At 20.24; 2Co 12. 15). Paulo foi o maior contribuinte de todos
os tempos na implantação de igrejas e no crescimento da fé cristã. Não houve
quem plantasse tantas igrejas em tão pouco tempo, como o apóstolo Paulo. Sem sombra
dúvida, Paulo nos constrange a semear o Evangelho e a plantar igrejas em lugares
onde pessoas nunca ouviram falar das boas novas.
Minha
experiencia em campo missionário, foi ver pastores e missionários amontoados,
algumas vezes discutindo por causa de números maiores de crentes, quando havia
muitos lugares que Jesus ainda não era conhecido. Na Bolívia, todos os
missionários que chegaram do Brasil, principalmente, ao longo de 40 anos, queria se estabelecer na cidade de Santa Cruz
ou Cochabamba, porque eram cidades grandes, tinha de tudo para comprar, daquilo
que os brasileiros gostam de comer ou usar. Não queriam ir para o sul da
Bolívia, como as cidades de Sucre, Potosí, Tarija, Oruro, etc. Foi exatamente
para lá que Deus nos conduziu.
2
– Uma gloriosa obrigação. Para um salvo por Cristo, conhecedor do seu evangelho, ser chamado e obrigado
a divulgar essa boa notícia, seria como nos acostumamos dizer: “é juntar a fome
com a vontade de comer”. Outros dizem: “É jogar o sapo na água”. Por isso, pode
sim, ser chamado de “Uma gloriosa obrigação”. Porém, Paulo, chama a nossa
atenção para a responsabilidade dessa obrigação, quando diz: “Porque, se a anuncio o
evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai
de mim se não anunciar o evangelho! E, por isso, se faço de boa mente, terei
prêmio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada” (1Co
9.16,17). Apesar da obrigação ser gloriosa, se não for cumprida a risca haverá
punição (Mt 25.24-30). Disse Paulo: “...ai de mim se não anunciar...”.
Quer dizer: sofreria grandes aflições. Paulo não nos diz qual seria a natureza
dessas aflições, mas, já é suficiente saber que o fracasso em pregar o
evangelho trará grandes calamidades para àqueles que são chamados como Paulo. Devemos
lembrar da chamada de Jeremias (Jr 20.9).
3
– Plantação de igreja, uma parceria. A vida é construída de solidariedade. Assim
estabeleceu o SENHOR, para que ninguém viesse a dizer que fez tudo sozinho. O
Senhor Deus, poderia fazer tudo sozinho, porém não o fez. Preferiu compartilhar
essa missão da plantação de igrejas com homens, seus servos a quem ele salvou e
comissionou para tão nobre e sublime missão (Mc 1.16,17). Portanto, Paulo vê
essa missão, como um trabalho em parceria com Deus, onde o homem planta e rega
e Deus, e unicamente Deus pode dar o crescimento. Não podemos menosprezar e
dizer que Jesus não precisa de nós. Ele poderia até ter feito assim, porém, de
sua livre vontade, preferiu contar conosco, assim, como ele contou com aquele
simples jumentinho, ao dizer: “...Ide à aldeia que está defronte de vós; e,
logo que ali entrardes, encontrareis preso um jumentinho, sobre o qual ainda
não montou homem algum; soltai-o e trazei-mo, E, se alguém vos disser: Por que
fazeis isso? Dizei-lhe que o Senhor precisa dele,...” (Mc 11. 2,3). Jesus
precisa de mim e de você, porém, não devemos nos orgulhar, para que não
venhamos trabalhar em vão (1Co 3. 6-9). Portanto, nós, os servos do Senhor,
temos a sublime missão de semear (Mt 13.3), e Deus fará germinar a semente.
Deus e o homem cooperam na plantação de igrejas (Mc 16. 15,20).
II
– ANTIOQUIA, O PONTO DE PARTIDA PARA O CRESCIMENTO DA IGREJA
1
– Uma igreja missionária. Devemos lembrar que a igreja em Antioquia, havia sido plantada por
irmãos que saíram de Jerusalém, por causa da grande perseguição, e onde eles
ia, anunciava a palavra de Deus, e chegaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia,
a princípio não falando a outros a palavra a não ser aos judeus (At 11. 19),
porém, Lucas nos relata que, alguns varões de Chipre e Sirene que havia entre
eles, “... entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando Jesus”
(At 16. 20). Então, o evangelho se expandiu de tal forma, que Barnabé, foi a
Tarso em busca do doutor Saulo, para que o mesmo ajudasse na ministração do
ensino aos crentes daquela cidade (At 11.25,26).
Deus
levantou muitos profetas e doutores naquela igreja (At 13.1), e foi exatamente
dali o ponto de partida para as viagens missionárias de Paulo e Barnabé, onde
sob a égide do Espírito Santo, partirão, após a imposição das mãos dos demais
obreiros que ficaram, e com jejum e oração, desceram para a Selêucia, e
prosseguiram viagem (At 13.2-4).
2
– A primeira viagem missionária (At 13,14).Todas as viagens missionários de Paulo começam
com a ação do Espírito Santo (At 13.1-12). Será que hoje mudou? A maneira é
diferente? Não. Se fizermos diferente da cartilha missionária não haverá bons
resultados! Lucas pontua que, nas três viagens, Paulo faz a obra de um apóstolo
e profeta cheio do Espírito Santo (At 13.4; 16. 6-8; 19.1-7). Será que não é
isso que o mundo está precisando? Homens e mulheres cheios verdadeiramente do
Espírito Santo? Não apenas barulhentos, movimenteros, sapateadores, bravateiros
nos púlpitos, mas, homens e mulheres verdadeiramente cheios do Espírito e que
ouçam a sua maravilhosa e diretiva voz (At 16.6,7).
Na
implantação de igrejas há muitos desafios, assim como Paulo e Barnabé
encontraram à sua frente (At 13. 6-12). Não é um trabalho fácil, nem será
realizado por covardes e medrosos, mas por valentes de Deus (Js 1.9).
3
– A segunda viagem missionária (At 16-18). Após o concilio de Jerusalém, para resolver um
problema de ordem doutrinária (At 15), Paulo volta visitar as igrejas que ele
tinha plantado, a partir das regiões do Oriente para o Ocidente, envolvendo a
Ásia e a Europa. Houve uma mudança de rumo, tudo isso na direção do Espírito
Santo, e acabou indo para as regiões macedônicas (At 16.9,10). Então, Paulo
empreende uma viagem que incluiu as cidades de Derbe, Listra, Troas, Filipos,
Tessalônica, Bereia, Atenas, Corinto, Éfeso. Outras cidades foram alcançadas
pelo ímpeto evangelístico do apóstolo e inúmeras igrejas foram plantadas. Como
é maravilhoso quando estamos na dependência do Espírito Santo, temos uma visão
ampliada acerca do Reino de Deus.
III
– CARACTERÍSTICA DE UM PLANTADOR DE IGREJAS
1
– Motivados pelo chamado. A quem Deus chama, capacita, a quem Ele capacita, envia e a quem Ele
envia, cuida. A maior motivação de um plantador de Igrejas, assim como Paulo,
deve ser o chamado divino (At 9.17-22). Na vida de Paulo, tudo começou no
caminho de Damasco (At 9. 4,5). Sempre haverá um ponto de partida em que somos
tomados pela consciência daquilo que Deus nos chamou para fazer (1Sm 16.13).
Paulo tinha muita consciência do seu chamado (Gal 1.1; Ef 1.1).
2
– Experimentado no deserto da vida. No deserto Deus trabalha em nosso temperamento,
caráter, personalidade, espiritualidade, etc. Assim foi com Moisés, Elias, João
Batista, Paulo, e até Jesus passou por lá. Será que não precisamos passar? Sim
todos nós passamos por nossos desertos da vida. É exatamente no deserto que
somos forjados para enfrentarmos os duros desafios na plantação de igrejas (1Co
16.8,9).
3
– A Igreja segundo as Escrituras. É vergonhoso o que estão chamando de igreja por ai.
Tem de tudo, menos as Escrituras. A igreja segundo as Escrituras, é um
lugar onde devemos ter um relacionamento pessoal com Deus; onde há amor pelo
pecador e pelos irmãos; onde há fé na Palavra de Deus, e o poder do Espírito
Santo opera entre os crentes. Onde o povo de Deus é cheio do Espírito Santo,
para o exercício do serviço cristão (At 1.8); onde há profusão dos dons
espirituais, ministeriais e de serviço (1Co 12. 28-31); onde os demônios são
expulsos; os enfermos são curados; a Palavra fiel é pregada na autoridade do
Espírito; e onde os obreiros não desprezam a oração e a ministração da Palavra
(At 6.4). Nessa igreja, disse o pastor Elienai Cabral: Batizamos em Nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo, partilhamos da ceia do Senhor e aguardamos a
sua volta para nos encontrarmos com Ele. Não podemos perder de vista que nós plantamos,
mas é Deus que dá o crescimento e aprova a obra (1Co 3.6).
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