Texto
áureo
“E
disse Josafá: Não há aqui algum profeta do SENHOR, para que consultemos ao
SENHOR por ele? Então, respondeu um dos servos do rei de Israel e disse: Aqui
está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias.” (2Rs
3.11)
Verdade
Prática
Deus
usou, e ainda usa, seus servos para realizar milagres. Basta ter fé e confiança
no Senhor, que Ele opera maravilhas.
Leitura Bíblica em Classe: 2Rs 3.5,9-11,14-18;
4.1-7,38-41
INTRODUÇÃO
Eliseu
teve um ministério marcado por grandes milagres. Não poderia ser diferente,
pois ele havia pedido a “Porção dobrada do espírito de Elias”, e isso de
fato aconteceu. Ele recebeu uma carga muito grande do poder de Deus em seu
ministério. Ele foi mais mencionado pelo título de “homem de Deus”, que pelo
seu próprio nome e Eliseu (2Rs 4.7,9,25,27, 40,42). Vejamos alguns dos milagres
operado por Eliseu:
1 – Dividiu o
rio Jordão em duas partes e passou em seco (2Rs 2.14);
2 – Sarou as
águas de Jericó (2.21,22);
3 – Amaldiçoou
42 rapazinhos, que foram despedaçados por duas ursas (2.23,24);
4 – Providenciou
água para três reis e seus exércitos (3.15,16,20);
5 – Profetizou a
vitória desses reis (3. 18,19);
6 – Aumentou o
azeite da viúva (4.1-7);
7 – Profetizou
que a Sunamita teria um filho (4.16);
8 – Ressuscitou
esse mesmo filho que havia morrido (4.19,35);
9 – Tirou a
morte da panela, usando apenas farinha (4.41);
10 – Multiplicou
pães (4.42-44);
11 – Curou Naamã
de lepra (5.14);
12 – Transferiu
a lepra de Naamã para Geazi, seu moço (5.27);
13 – Fez um
machado flutuar, usando apenas um pedaço de madeira (6.6,7);
14 – Cegou os
homens do exército do rei da Síria 6.18);
15 –
Devolveu-lhes a visão (6.20);
16 – Profetizou
o fim da fome e do cerco da Síria (7.1);
17 – Predisse a
morte do capitão do rei, por ele não ter crido na profecia (7.2);
18 – Profetizou
a morte de Bem-Hadade e o reinado de Hazael (8. 10,13);
19 – Orou para
que se abrisse a visão espiritual do seu moço (6. 17);
20 – Depois de
morto, lançaram um defunto sobre seus ossos, e o defunto reviveu (13.21).
Umas
das faces do ministério de Eliseu que nos chama muito a atenção, é sua maneira
de agir, sem atrair a atenção das pessoas para ele, deixando que Deus fosse
sempre o personagem principal e recebesse toda a gloria nos milagres
realizados. Como no caso da cura do general Naamã, onde ele, não vai encontrar
com esse homem, que era uma grande autoridade da Síria, apenas indica que ele
se lavasse sete vezes no Jordão (2Rs 5. 10;17). Outro episódio é o da
ressurreição do filho da Sunamita, que era uma mulher rica. Eliseu, entra no
quarto, fecha a porta e sozinho, ele e o menino, faz o milagre. Ele não gostava
de espetáculo, mas agia no silencio, e o nome do Senhor era glorificado.
Outras
qualidades ficam evidenciadas em seu ministério, como exemplo, por ele não ter
aceitado o presente das mãos de Naamã. Ele já havia abandonado tudo para seguir
Elias, e, seguia com um coração desprendido dos bens materiais. Eliseu tinha um
coração quebrantado, pois, quando olhou para Hazael, chorou, porque o Senhor
lhe revelou o mal que aquele homem faria ao povo de Israel (8.11,12).
I – ELISEU SALVA TRÊS REIS E OS
SEUS EXÉRCITOS
1 – Reis bons
e maus. O
reino do Norte, com sede em Samaria, tiveram 19 reis, todos maus, e no reino do
sul, com sede em Jerusalém, também houveram 19 reis, sendo 8 bons e 11 maus aos
olhos do Senhor. Fazer o que era mau, significava que esse rei desprezava ao
SENHOR na sua adoração e promovia adoração a ídolos.
2 – Três reis
vão à guerra contra os moabitas. O rei de Israel, Jorão, o rei de Judá, Josafá e o rei
de Edom, saem em batalha contra Mesa, rei dos moabitas. Josafá, foi
classificado como um bom rei, pois além de promover reformas administrativas,
religiosas e jurídicas importantes para a organização e melhor funcionamento do
povo de Deus, deu instruções aos juízes para que agissem de forma justa e
equânime em todos os julgamentos e questões. Lutou para a unidade dos dois
reinos, do norte e do sul. Para isto, casou seu filho Jorão, com Atalia, filha
de Acabe. Na verdade, essas alianças de Josafá com a casa de Acabe não foi bom
aos olhos do Senhor (2Cr 19.2). Essa sua aliança com Acabe quase lhe custou a
vida.
A
diferença entre Jorão e Josafá, é que o primeiro culpou a Deus pelo fato de
estarem sem água no deserto (2Rs 3.10), um gesto de total desespero, como já
era esperado de alguém que adorava ídolos e, supostamente, confiava neles.
Somente Deus pode dar segurança na hora de provas (Sal 121.1,2).
Josafá,
que confiava no Senhor, procurou resposta nEle, solicitando um profeta do
SENHOR. Eliseu foi o profeta chamado para profetizar para esses três reis, e
ironizou de Jorão, perguntando ao mesmo, o porquê de ele não ter ido consultar
os ídolos de seu pai. E disse que somente estava ali, porque respeitava a
presença do rei Josafá (3,14).
3 – A
predição de Eliseu se cumpriu. Eliseu pediu que trouxessem um tocador de harpas, e
quando o mesmo começou a tocar, veio o Espírito do Senhor sobre Eliseu “E
disse: Assim diz o Senhor: fazei neste vale muitas covas. Porque assim diz o
Senhor: Não vereis vento e não vereis chuva; todavia, este vale se encherá de
tanta água, que bebereis vós e o vosso gado e os vossos animais” (3.
16,17). E isso de fato aconteceu (3. 20).
II – ELISEU AUMENTA O AZEITE DA
VIÚVA
1 – A
situação das viúvas em Israel. A situação das viúvas em Israel naquele tempo era
muito difícil, pois, geralmente, as mulheres daquele época dependiam de um
homem para sustenta-las. Naquele tempo não havia salário, ou aposentadoria para
viúvas. Aquela mulher não tinha nenhuma fonte de renda, apenas dois filhos, que
estavam prestes a serem levados cativos, pois, o seu marido havia deixado uma
dívida, e o credor estava vindo para levar seus filhos como escravo no lugar da
dívida que o falecido deixou (4.1). O Senhor tinha dito através de Moisés seu
servo, que não era para afligir as viúvas (Ex 22.22,23). Deus, está sempre
atento ao clamor do oprimido, por isso mesmo, ouviu a pobre viúva (Sal
107.4-6,12,13). O Senhor está pronto para ouvir a tua oração sincera diante dEle
(Jr 33.3).
2 – Um única
botija de azeite foi o suficiente para Deus operar o milagre. Nosso Deus é perito em usar
coisas pequenas e coisas escassas: Uma vara seca nas mãos de Moisés; Um
queixada de jumento nas mãos de Sansão; Uma pedrinha nas mãos de Davi; Uma
tocha acesa nas mãos de Gideão e seus trezentos; uma colher de pedreiro nas
mãos de Neemias; Uma agulha nas mãos de Dorcas; cinco pães e dois peixinhos de
um menino; uma pena nas mãos de Paulo, etc.
Eliseu
perguntou a mulher: “... declara-me que é que tens em casa. E ela disse: Tua
serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite” (4.2). Era isso que
o SENHOR queria, a disposição da mulher colocar o que tinha, nas mãos de Deus.
A recomendação de Eliseu foi a seguinte: “Então, entra, e fecha a porta
sobre ti e sobre teus filhos, e deita o azeite em todos aqueles vasos, e põe à parte
o que estiver cheio” (4.4). Nosso Deus também trabalha com portas fechadas.
Vemos que para dar salvação a família de Noé, o Senhor fechou a porta da arca.
Jesus disse: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua
porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; o teu Pai, que vê o que está
oculto, te recompensará” (Mt 6.6).
Essa
experiencia demonstra o cuidado de Deus nos momentos de crise mais profunda,
provendo meios de onde não poderiam vir naturalmente, mas que, ao mesmo tempo,
demonstram que o milagre provém daquilo que se tem nas mãos, ainda que seja
pouco.
3 – Fé,
obediência e família unida. A mulher creu na palavra do homem de Deus. Isso fez
que a sua família permanecesse unida, mesmo tendo a falta do pai. A porta
fechada, pode significar que a família estava fechada para a não intromissão de
influencias mundanas do mundo exterior, que hoje em dia, tanto tem prejudicado
as famílias. E, quando a família fecha as portas para o pecado, e para as
influencias que esse mundo hodierno quer passar para a igreja, a família, a
sociedade de modo geral, o milagre certamente vai acontecer lá dentro. A
família é a principal constituidora de uma sociedade sadia, devendo, portanto,
ser preservada debaixo da intimidade da presença do Senhor, em reverencia,
submissão e sacralidade, como fez a viúva ao fechar a porta de sua casa para o
mundo.
Aprendemos
ainda outra lição importante nesse episódio, é que, em nossa vizinhança pode
haver muitos vasos úteis para serem cheios do azeite do céu. Se és crente, você
tem a botija, os vizinhos tem os vasos, é somente enche-los do azeite do
Espírito Santo, que todos terão um grande e alto preço. Como estamos
influenciando a sociedade à nossa volta?
III – A MORTE QUE HAVIA NA PANELA
1 – A escola
de profetas. A
escola de profetas em Gilgal, provavelmente foi fundada por Samuel e agora estava
sendo dirigida por Eliseu. Este realizou três dos seus milagres em favor desta
escola de profetas: 1)Tirou o veneno que havia na panela; 2)Multiplicou 20
pães, e saciou a fome de 100 homens; 3)fez o machado flutuar. Os discípulos
eram chamados “filhos de profetas” porque era como adotados por seus mestres.
Por isso mesmo, também eles chamavam os profetas de pai (2Rs 2.12).
Nestas
escolas , os alunos aprendiam as leis de Deus, desenvolviam um relacionamento
com o Senhor da mesma forma como os profetas e, especialmente, contribuíam como
um forma de resistência contra a apostasia e a idolatria que imperavam e
Israel. Eles eram também como uma reserva moral e espiritual, pois os
sacerdotes, que deveriam ser responsáveis pelo oficio de ensinar o povo,
haviam-se corrompido na tentativa de manter o poder das instituições e com as
benesses das ofertas dos reis. Os profetas foram perseguidos (1Rs 18.4).
Em
todo tempo e lugar, os profetas verdadeiros são perseguidos, pois estes “se
intrometem” nas causas que os poderosos acham corretas e justas. Profetas
intrometem-se na injustiça, no pecado e no sofrimento desnecessário que vêm
sobre todas as criaturas por causa da negligencia dos homens poderosos.
Profetas são comprometidos com a justiça e a compaixão. Esse chamado profético
de intrometer-nos na injustiça vale para todos nós. Como Jesus disse: “Bem-aventurado
os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos
céus” (Mt 5.10).
2 – A morte
na panela. O
fato ocorrido na escola em Gilgal nos traz grande lição para nossos dias
atuais. A alimentação espiritual deve ser feita com muito cuidado, pois, a
falsa doutrina, é como uma parra brava, que parece muito com algo bom, porém, é
um alimento que pode levar a morte espiritual. Podem facilmente se inserir
doutrinas estranhas na mente de pessoas que ainda estão em fase de crescimento
espiritual (Ef 4.12-14; 1Tm 4.1,2; 2Tm 3.1-9; 4.3).
Ao
anjo da Igreja em Pérgamo, o Senhor o adverte sobre algumas doutrinas
perigosas, que são elas: Doutrina de Balaão, e a doutrina dos nicolaítas (Ap
2.14,15).
a. Doutrina de Balaão – Diz o
pastor Antônio Gilberto: É a mistura espiritual da igreja com o mundo, quanto
às suas práticas e procedimentos, perdendo ela, assim, sua pureza e santidade.
Foi isso que Balaão fez a Israel. Ele ensinou a Balaque, rei do moabitas, a lançar
tropeço diante dos filhos de Israel para contaminá-los. Assim, por conselho de
Balaão, Israel profanou sua separação do mal, e interrompeu sua peregrinação
para a terra prometida (Nm 25. 1-3). O mesmo acontece hoje, sempre que a igreja
se mistura com o mundo e sua prática: Ela para, detém-se, imobiliza-se. É a
união da igreja com o mundo, como milhões estão querendo. Igrejas inclusivas;
com ideologia marxista, ideologia feminista, etc.
b. A doutrina dos nicolaítas. É
interessante notar, que a palavra hebraica “Balaão”, é a equivalente a
“Nicolau” no grego. Deve-se se observar também o progresso do mal sobre o povo
de Deus. Aquilo que era “obras dos nicolaítas”, em Ap 2.6, tornou-se “a
doutrina dos nicolaítas”, em 2.15. É a morte na panela.
c. Nicolaítas era um partido
dentro da igreja de Éfeso. Paulo, pelo Espírito, avisara a igreja disso,
conforme (At 20. 29,30). Eram seguidores de um certo Nicolau.
A
farinha na panela para tirar a morte, significa a sã doutrina, que somente
através dela, podemos curar a humanidade (2Tm 4.1,2,5; Tt 2.1,7; 1. 13; 2Tm
3.16,17).