110 ANOS
PREGANDO QUE JESUS SALVA, CURA, BATIZA COM ESPÍRITO SANTO E VOLTARÁ PARA BUSCAR
AO SEU POVO
A Igreja do Senhor na terra tem genética pentecostal. Ela foi inaugurada no dia de pentecostes cinquenta dias após a ressurreição de Jesus. Nasceu em meio a línguas repartidas como que de fogo, e línguas estranhas que foram faladas pelos quase 120 que estavam lá. Naquele dia, conforme narra Lucas, o Espírito Santo desceu sobre os discípulos que estavam no cenáculo reunidos, entre os quais Maria, mãe de Jesus, juntamente com os outros irmãos do Senhor ressuscitado. Não foi uma descida qualquer. Estamos falando da promessa do Pai, que Jesus tinha dito aos seus discípulos, que o Espírito viria para ficar com a igreja.
Na chegada do
verbo de Deus, o filho unigênito do Pai, um coral de anjos veio cantar. Na
descida do Espírito Santo, escreve Lucas “e, de repente, veio do céu
um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que
estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de
fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito
Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes
concedia que falassem” (At 2. 2-4). Foi a inauguração da Igreja do Senhor.
A descida do Santo Espírito encheu os discípulos que ali estavam, e com muita
ousadia passaram a testemunhar de Cristo.
Um pouco de
história do mover do Espírito Santo na Igreja
Não vou aqui fazer um longo e exaustivo estudo exegético sobre as manifestações do
Espírito Santo ao longo das Escrituras, nem também um apanhado mais completo do
Seu mover em toda história da Igreja.
Mas, uma coisa é certa, a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade não parou mais
de trabalhar no meio da Igreja desde que aqui desceu. Em todos os tempos, mesmo
nos momentos mais sombrios da história da igreja do Senhor na terra, Ele esteve
presente. Foram avivamentos que aqueceram corações de homens e mulheres em todo
o mundo.
No século
XVIII, um grande avivamento irrompeu na Morávia, onde o conde Zinzendorf,
“transformou um grupo de irmãos num corpo eclesiástico, com anciãos e pastores,
encorajando-os a pedir a Deus pelo derramamento gracioso do seu Santo
Espírito”. O próprio Zinzendorf foi quem começou o movimento, com suplicas
fervorosas que duravam a noite inteira. A história nos conta que certa vez, um
grupo de moças ficou “orando, cantando e chorando” das dez da noite a uma da
manhã. Enquanto isso os rapazes se reuniam em outro lugar, também buscando a
presença do Espírito Santo. São inúmeras provas que os morávios foram
poderosamente cheios do poder do Espírito Santo.
O mover do
Espírito Santo na vida dos morávios, não ficou apenas no avivamento local, mas,
em poucos tempos, através das orações intercessórias acendeu-se um desejo de fazer Cristo
conhecido em todas as nações. E, em pouquíssimo tempo havia missionários
espalhados por toda a Europa, América do Norte e do sul, na Ásia e na África. A
história nos dá conta, que os morávios viajaram no mesmo barco que viajava John
Wesley, e levaram o pregador inglês a ter uma nova experiência com o Senhor. Um
historiador alemão, Dr. Warneck disse que “Essa pequena igreja fez mais missões
em 20 anos que toda a igreja evangélica em 200 anos”. Esse é o poder do
Espírito Santo na vida da igreja!
O Século XX
irrompeu, como se alguma coisa nova estivesse para acontecer. Enquanto o mundo
passava pela explosão tecnológica, industrial, comercial e social, a Igreja se
preparava para um grande mover do Espírito Santo.
Um jovem
evangelista por nome de Charles Fox Parham (1873-1929), que tinha sido
influenciado pelo movimento dos quaker (Sociedade fundada no século XVII
pelo inglês Jorge Fox, que dava total liberdade a ação do Espírito Santo),
entendia que para levar a cabo a evangelização mundial, a igreja precisava do
poder do Espírito Santo. Em outubro de 1900, junto com sua esposa Sarah, que
pertencia aos quaker e sua
cunhada Lilian, fundou a Escola Bíblica Betel em Topeka, Kansas. Mais ou menos,
40 alunos passaram a frequentar a referida escola bíblica. O foco principal da
escola era a oração. Havia uma torre de oração no alto da mansão que ficava
aberta 24 horas, em revezamento com cada estudante da escola. Um dos estudantes
teve uma visão, onde havia pairando sobre a escola, uma nuvem com grande
quantidade de água, prestes a inundá-la. Eles entenderam que se tratava de um
grande e iminente derramamento do Espírito.
Foram muitos
relatos de jovens, e do próprio Parham sobre as manifestações em outras línguas
que aconteceram durante aquele tempo de avivamento no início do século XX. Em
1905 Parham se deslocou ao Bryan Hall de Houston, no Texas, e ali empreendeu
campanhas de avivamento. Todos os dias, os jornais locais relatavam as muitas
curas e outros milagres, e fenômenos carismáticos que ocorria nos cultos. Para
preparar obreiros para aquela obra que estava nascendo, foi necessário que
Parham inaugurasse um colégio bíblico em curto prazo no dia 1º de janeiro de
1906.
Foi exatamente
dessas campanhas no Texas, que surgiu o mais famoso entre os pentecostais do início
do século XX, o irmãos William Joseph Seymour, pastor negro de uma congregação
do movimento da santidade (1870-1922). Seymour chegou a orar sete horas por
dia, durante um ano e meio, buscando e dizendo
que “queria o verdadeiro Espírito Santo e o fogo com línguas, com o amor
e o poder de Deus, como foi dado aos apóstolos”. Imaginemos isso: Sete horas
por dia, por um ano e meio”. Sim, ele recebeu o que pediu ao Senhor e foi cheio
do Espírito Santo e começou a falar em outras línguas.
O PENTECOSTES
NO BRASIL
A Igreja
Assembleia de Deus no Brasil, que no dia 18 de junho de 2021 completou 110
anos, veio desse mover do Espírito Santo que varria o solo americano e outras
nações. Dois jovens, Gunnar Vingren e Daniel Berg, que apesar de ambos serem
suecos, somente se conheceram no ano de 1909, em uma conferência na cidade de
Chicago, Estados Unidos da América. Após terem sido batizados com Espírito
Santo, com a evidencia de falar em outras línguas, receberam o chamado de Deus
para virem ao Brasil. E assim, no dia 19 de novembro de 1910, eles aportaram no
cais da cidade de Belém do Pará.
A princípio
foram congregar em uma igreja Batista, que já existia a vários anos na cidade
de Belém. Porém, como começaram a pregar sobre a doutrina da atualidade dos
dons espirituais, principalmente o falar em outras línguas, foram convidados a
deixar a congregação, e, com eles saíram vários irmãos, inclusive a irmã Celina
Albuquerque, a primeira crente brasileira a ser batizada com Espírito Santo.
Seis meses
após a chegada dos missionários, foi organizada a primeira igreja pentecostal
em solo brasileiro, exatamente no dia 18 de junho de 1911, com o nome de Missão
da Fé Apostólica, o mesmo nome dado à Igreja por William Seymour, na rua Azuza,
Chicago, em 1906, quer dizer, cinco anos antes. O nome de Igreja Evangélica
Assembleia de Deus passou a ser oficial, somente a partir de janeiro de 1918.
Em toda a
história, nenhuma denominação evangélica teve um crescimento mais veloz que o
da Assembleia de Deus. Registros nos dão conta, que somente nos quatro
primeiros anos, foram batizadas nas águas cerca de 384 novos membros. Em pouco tempo,
ou seja, no final da primeira década, a Assembleia de Deus já estava
estabelecida em todo norte e nordeste do Brasil, e, na década seguinte dos anos
20 foi estabelecida na região sudeste e sul, e em 33 anos de história
(1911-1944) já havia ocupado todos os estados da federação. Em 1947, com 36
anos de fundação, já se somavam mais de 100 mil pentecostais da Assembleia de
Deus, sendo já o terceiro país em número de crentes pentecostais em todo mundo.
A mensagem pregada
pelos missionários Daniel Berg E Gunnar Vingren era simples: Jesus Cristo
salva, cura, batiza com Espírito Santo e em breve voltará para nos buscar. Eles
mantinham a chama pentecostal acesa com oração, ensino da Palavra e louvores a
Deus. Como nos ensinou o pastor Antônio Gilberto: “A conservação do poder
pentecostal vem pela constante renovação espiritual do crente”. Disse ainda
mais ele: “Se não atentarmos para a necessidade da contínua renovação
espiritual, corremos o risco de terminar na carne” (Gl 3.3).
Ao chegarmos nos
110 anos da Igreja Assembleia de Deus, vemos que seus ramos se estenderam por
todo o mundo. São inúmeras nações que receberam missionários das terras
brasileiras, levando o mesmo evangelho simples pregado pelos nossos
missionários. Uma das nações mais abençoadas por essa mensagem pentecostal, foi
a Colômbia, com a ida do missionário José Satírio dos Santos, onde se
estabeleceu uma grande e saudável igreja, inclusive enviando missionários para várias
partes do mundo. São incontáveis os frutos. Muitas igrejas pentecostais saíram
de nosso meio. Algumas cresceram bastante. Igrejas tradicionais foram renovadas.
Hoje temos igrejas Batistas e Presbiterianas renovadas. Todas fruto do
pentecostalismo assembleiano.
Quando foi
perguntado ao missionário Daniel Berg, a razão de tão grande crescimento da
Assembleia de Deus, e em tão pouco tempo, ele respondeu: “Foi o Espirito
Santo”. Ela cresceu, não somente em cidades grandes, mas em vilas, povoados,
sítios, fazendas, a beira dos rios e em ilhas. Onde chegava um pentecostal das Assembleia de Deus,
levando a chama do evangelho, o fogo acendia e não se apagava mais. Gloria a
Deus!
Hoje, a
Assembleia de Deus, é uma nação dentro dessa vasta nação chamada Brasil. Somos mais
de 30 milhões de crentes pentecostais. O inimigo certamente não está satisfeito
com o crescimento dessa Igreja. O diabo tem feito de tudo para manchar essa
linda história. Porém, a liderança da Assembleia de Deus está firmada na
promessa de Jesus: “As portas do inferno não prevalecerão contra a minha
Igreja”.
Os pastores,
evangelistas, presbíteros, diáconos, auxiliares, homens e mulheres. Crianças,
adolescentes, jovens, adultos e anciãos, todos estão convocados pelo Senhor
dessa obra, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a prosseguirmos avante.
Orando, lutando, avançando e vencendo. Não abaixaremos a guarda. Não jogaremos
a toalha. Não abriremos mãos daquilo que aprendemos de nossos pais. “Jesus
Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente”. Não abriremos mão da oração,
da santificação, da evangelização, e da busca dos dons espirituais. Jesus
continua salvando, curando e batizando com Espírito Santo, e em breve voltará
para buscar a sua Noiva. “Maranata, ora, vem, Senhor Jesus!”
Vosso em
Cristo
Pr
Daniel Nunes da Silva
2 comentários:
A paz ddo Senhor Jesus.
Breve mas lindo relato da igreja que Jesus fundou e cuida até hoje.
Breve ele virá buscá-la para está com ele no Céu.
que mantenhamos acesa esta chama e sejamos conservadores da doutrina pentecostal que primeiramente foi pregada por Jesus e vivida experimentalmente pelos apóstolos e por nós que cremos nesta doutrina.
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