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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

ESTUDO SOBRE MATEUS 22. 15-46


Leitura correlata: Marcos 12.13-37

Os inimigos de Jesus, sempre estavam a espreita como surpreende-lo em alguma falta. O Salmo 22, nos fala a respeito do Messias. O verso 12 nos diz: “Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam”. E o verso 16 diz: “Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou...”. Ainda no verso 21: “Salva-me da boca do leão...”.  Mateus narra que “Enviaram-lhe seus discípulos”. Quer dizer: Os fariseus enviaram seus alunos para tentar surpreender a Jesus em alguma palavra. Mas Jesus, não foi surpreendido por eles. Ele tinha a resposta a todas as perguntas.

Jesus em seu ministério combateu pelo menos três grupos de pessoas:

1.    Os fariseus (Mc 8.15). O fermento dos fariseus consistia na observação das tradições dos homens e religião exterior. O fermento da hipocrisia (Lc 12.1). Esse é um grande perigo hoje em dia (Rm 12.9; 1Tm 1.5; 2Tm 3.5).

2.    Os saduceus (Mt 16.6). Os saduceus era o grupo religioso que não acreditava no sobrenatural (At 23.8). Portanto, o “fermento” dos saduceus era a incredulidade, o ceticismo, a doutrina de duvidar de tudo que seja espiritual. (Lc 18.8; Jo 20.25). Em meio a um mundo incrédulo, devemos guardar nossa fé (2Tm 4.7; Jd 1.3; Ap 2.13).

3.    O partido de Herodes (Mt 22.16). Herodes parece ser saduceu. O seu partido consistia dos judeus mundanos, cujo alvo era agradar aos romanos. O “Fermento” de Herodes, portanto, era o mundanismo e o conformismo (Tg 4.4,8; 1Jo 2.15-17). Para combater a tal prática, nos escreve Paulo em Romanos 12.1,2. A igreja vive na contra mão do  mundo (Jo 17.14-17).

Veremos então as três perguntas feitas por esses grupos ao Senhor Jesus.

1.    Uma pergunta sobre o tributo. (Mt 22.15-22).

Quem fez essa pergunta foi os herodianos. Mundanos, sempre pensando em dinheiro. Esse grupo tinha ambições políticas. O NT não dá muitas informações sobre eles. Parece que estavam, juntamente com Herodes cooperando com Roma. Ele se opunham aos fariseus, que detestavam ao governo romano, porém, se uniram para se oporem a Cristo.

A pergunta sobre o tributo era muito delicada. Se Cristo se opusera ao tributo de Roma, podia ser preso como traidor do império. Se fosse favorável a César, podia perder os corações dos judeus que detestavam aos governos romanos. A resposta de Jesus, nos ensina como deve comportar um verdadeiro filho de Deus, que deve ter obrigações com Deus, porém também com a sua pátria. Como D.L. Moody acostumava dizer: “Um cristão não deve ser tão celestial em seu pensamento, que não seja bom para nada na terra”. Romanos 13 e 1Pedro 2.13-18 nos ensina que os cristãos deve obedecer a lei e honrar a seus líderes. O cristão deve ser um melhor cidadão.

Da mesma maneira que o imperador César estampava sua imagem na moeda, assim Deus estampou sua imagem no homem (Gn 1.26-27). O pecado desfigurou essa imagem, porém, através de Cristo, ela é restaurada (Ef 4.24; Col 3.10). A parábola da moeda perdida em Lucas 15. 8-10, sugere que o homem, feito a imagem de Deus, está perdido e nessa condições jamais poderá refletir a imagem de Deus (1Co 3.18).

2.     Uma pergunta acerca da ressurreição (Mt 22. 23-33).

Agora que entra em cena são os saduceus, e fazem uma pergunta doutrinal. Apresentam uma pergunta hipotética acerca do matrimonio e a vida futura, baseada na lei do Antigo Testamento, de que um homem devia se casar com a viúva de seu irmão para perpetuar a família (Gn 38.8; Dt 25.5-10). Jesus disse que eles ignoravam duas coisas: 1)Errais não conhecendo as escrituras. Não conhecer as escrituras é andar em trevas (Sal 119.105). 2) E nem o poder de Deus. Eles não aceitavam nada do sobrenatural de Deus (At 23.8). Hoje temos um grupo de cristãos que não crê no poder de Deus (Lc 24.49).

Jesus explicou que o casamento humano, como nós conhecemos, não existirá nos céus, na vida futura, senão, que seremos como os anjos, isto é, vivendo em um mundo espiritual não controlado por leis humanas. (Isso não significa que seremos anjos, mas, que seremos como eles, no que tange ao matrimonio. O santos sempre reinarão como filhos de Deus e não como servos o anjos (Jo 17.24).

Jesus usou a Palavra para responder aos seus críticos, dizendo: “E, acerca da ressurreição dos mortos não tendes lido o que Deus vos declarou, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos”. (Mt 22. 31,32). Vejamos os textos no AT (Ex 3.6,15,16). Não diz: “Eu fui o Deus”, mas “Eu Sou o Deus”. Isto quer dizer que estes homens ainda vivem com Deus. A morte não destrói a pessoa, ainda quando o corpo se torne em pó. Assim Jesus está nos ensinando que a alma existe mesmo depois da morte, e os que tem fé vão estar com o Senhor (Fil 1. 23; 2Co 5.1). Porém, Deus salva a pessoa completa, incluindo o corpo, que será glorificado (Fil 3.20,21). O poder de Deus é suficiente para levantar aos mortos do pó da terra (Ef 1.19,20).

3.    Uma pergunta acerca do grande mandamento (Mt 22. 34-40).

Agora vem os fariseus, fazendo uma pergunta legal acerca da lei do A.T. Podemos ver a expressão: “fizera emudecer...” no versículo 34, literalmente significa “amordaçar”, “tapar a boca”. Isso mostra de que maneira Jesus silenciou a seus inimigos.

              Os expertos da lei, debatiam sobre qual dos muitos mandamentos era o maior. Eles dividiam os mandamentos  e, “pesados e leves” e separavam as “Leis cerimoniais, das leis morais”. Chegou ao ponto de que um pequeno detalhe do ritual da lei, era tão importante e obrigatório como as grandes leis morais de Deus. Os fariseus pensavam que podia fazer Jesus cair em contradição nesse quesito, forçando-o a tomar partido nessa questão teológica controversa entre eles próprios.

Jesus, mais uma vez, apela para as Escrituras. Ele já tinha usado a Palavra contra os ataques do diabo (Mt 4. 4,7,10). Por isso mesmo Paulo nos diz que a Palavra de Deus, é uma espada (EF 6.17), e o escritor aos Hebreus, nos diz que é uma espada de dois gumes (Hb 4.12). Jesus cita Deuteronômio 6.5 e Levítico 19.18). Amar a Deus e amar ao próximo: Estes dois mandamentos resumem a lei completa (Rm 13.8-10). Em lugar de debater, deveríamos obedecer e amar a Deus e ao nosso próximo. Esse é o verdadeiro coração da religião cristã. Ninguém pode amar a Deus sem conhecer a Jesus Cristo como Salvador (Jo 8.42). E quando conhecemos a Deus e amamos a Deus, também amaremos aos nossos irmãos (Rm 5.5; 1Jo 4.20).

4.    A pergunta de Jesus aos seus inimigos (Mt 22. 41-46).

Após calar aos saduceus, fariseus, herodianos, agora Jesus mesmo faz a pergunta: “Que pensais vós do Cristo? De quem é filho?”. Jesus estava se referindo aos Salmo 110, onde diz: “Disse o Senhor ao meu Senhor:”. Davi escreveu esse salmo inspirado pelo Espírito Santo (v. 43). Esse é um Salmo messiânico. A pergunta é a seguinte: Se Davi o chama de Senhor, como pode então ser seu filho? A resposta  esta pergunta está em Mateus 1,2. Como Deus eterno Ele é Senhor de Davi, porém, como Deus homem, que veio em carne (Jo 1,1), ele é Filho de Davi.

Os fariseus jamais responderiam essa pergunta, pois teriam que reconhecer Jesus como Messias, assim como fez o cego de Jericó (Lc 18.38).

Deus nos abençoe. Amém.


terça-feira, 17 de novembro de 2020

O QUE FAZER EM TEMPO DE CRISE?

ISAIAS 45.22; SALMO 11.3; PV 18.10

 O QUE É DE FATO UMA CRISE?

 Segundo os mais variados dicionários da língua portuguesa, crise é:

1.     Alteração no desenvolvimento normal de algo: Alteração, desequilíbrio, instabilidade, vacilação, incerteza, queda, colapso, declínio, decadência, decrescimento, recessão, estagnação, paralização.

2.     Situação de tensão: Conflito, tensão, perturbação, transtorno, atrapalhação, confusão, comoção, conflagração, disputa, contenda.

3.     Desequilíbrio emocional ou nervoso súbito: Ataque, acesso, acometimento, insulto.

4.     Falta ou escassez de algo. Falta, escassez, carência, ausência, deficiência, exiguidade, míngua, inópia.

5.     Situação difícil. Dificuldade, adversidade, aperto, apuro, perigo, problema, emergência, vicissitude, agrura, embaraço, prova, provação.

 VIVEMOS HOJE GRANDES CRISES

a.     Crise moral (Rm 1.24-32);

b.  Crise ética (Is 5.20). A ética nos diz o que é certo ou errado. Porém, com a chegada da pós-modernidade, e segundo os seus defensores, já não existe o certo ou errado, nem há verdade absoluta; tudo é relativo. No entanto, a Palavra de Deus continua firme e verdadeira. Ela permanece sendo um farol que brilha em meio a escuridão das trevas do pecado do relativismo e da inconsistência da pós-modernidade.

c.     Crise social (Sal 11.3; Is 10.1,2; Hc 1. 4);

d.     Crise de verdade (Jr 9. 3);

e.     Crise Confiança (Jr 9.4);

f.       Crise de Amor (Mt 24.12);

g.     Crise de Fé (Lc 18.8);

h.     Crise de perdão (Ef 4.32);

i.       Crise de comunhão (Fil 2.1);

j.       Crise de oração (Ef 6.18);

k.      Crise de firmeza (Ef 6.13; Hb 12.12,13);

l.       Crise de companheirismo (Sal 119.63; Rm 16.7; Ap 1.9).

m.   Crise espiritual:

a.          Houve crise espiritual após a morte de Josué e dos anciãos de Israel (Jz 2. 7-12; At 20. 29,30; 2Tm 3.5; 1Tm 4. 2; Jd 12);

b.     Também havia crise espiritual pela falta de visões de Deus aos sacerdotes (1Sm 3.1). “... Não havia visão manifesta”. (Ler Salmo 74.9; Ap 3.17,18).

n.     Crise teológica (Col 2.8; 1Tm 4.1; 2TM 4.3,4);

 

I.           O QUE FAZER EM MEIO A CRISE?

a.     Devemos buscar a Deus em oração e vigilância (2Cr 7.14; Ne 4. 7-9; Fl 6.4 );

b.     Olhar firmemente para Jesus (Is 45.22; He 12.2);

c.      Não nos conformarmos com esse mundo (Rm 12.2);

d.     Correr para os braços do Senhor (Pv 18.10;1Pe 5.7);

e.     Procurar ouvir a voz de Deus (1Sm 3. 9-11,19,20).

Pr Daniel Nunes

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Há um ribeiro que passa pertinho de você

 


Bendito o varão que confia no Senhor. Porque será como árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se afadiga nem deixa de dar fruto” (Jr 17.7,8).

Tenho pregado nesses dias sobre a importância das raízes para a árvore, fazendo assim uma analogia sobre as raízes que provem de Cristo para o crente. Paulo disse: “Arraigados e edificados nele...”. São as raízes que dão sustentação à planta. Não há fruto sem as raízes. Na verdade, as raízes são as canalizadoras de vida para a plantação, pois, através delas, qual condutos, passa as vitaminas, proteínas e sais que provem da terra, transformando tudo isso em seiva, que qual sangue, que corre nas veias dos seres vivos animados, corre, através das raízes, nos seres  vivos inanimados.

O profeta Jeremias, ao falar para Judá, ele mostra a diferença, de quem confia no homem e daquele que confia no Senhor. O que confia no homem, é semelhante a “tamargueira no deserto e não sentirá quando vem o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável” (Jr 17. 6). Vejam bem: mesmo sendo a tamargueira, uma planta resistente, porém, sem as bençãos de Deus, ela secará, não produzira fruto algum, e quando chegar o bem, ela já morreu, por isso mesmo, não sentira, quando esse bem chegar. Assim é o que confia em suas riquezas, na força do seu braço, na sua saúde, no seus títulos, seus diplomas, em amigos, etc.

Por outro lado, os que confiam no Senhor, são comparados a “árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor...”. No salmo primeiro, o Salmista fez também menção do homem que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos, comparando-o com uma árvore plantada junto as correntes de águas, e que dá o seu fruto na estação própria, e terá prosperidade em todo seu trabalho.

Para nós os crentes, esse ribeiro de águas frescas e nutritivas é o Senhor Jesus, que através do Espírito Santo brota no interior de cada um de nós, não nos deixando assim, nem secos nem infrutíferos. Como nos ensinou Paulo: “Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra e crescendo no conhecimento de Deus” (Col 1.10).

Não há razão para não produzirmos frutos para o reino de Deus, pois, o tronco é Cristo, e o agricultor é o nosso Deus e Pai. Portanto, deixando que nossas raízes repousem em Cristo através de sua Palavra, da oração e louvor, não recearemos quando venha o calor das lutas e provações. Permaneceremos verdes, quer dizer, bem vivos e saudáveis na casa do Senhor, sem nos afadigarmos nem deixarmos de dar frutos para a gloria de Deus.

Vosso em Cristo

Pr Daniel Nunes