“... Vocês não percebem que o envolvimento com os
prazeres pecaminosos deste mundo torna vocês inimigos de Deus? Eu volto a dizer
que se o objetivo de vocês é desfrutar o prazer pecaminoso do mundo perdido,
vocês também se tornam inimigos de Deus” (Tg 4.4 Bíblia Viva).
Umas das coisas melhores neste mundo é ter amigos não
é mesmo? Já dizia o velho filósofo Sócrates: “Boa coisa é fazer amigos’. Sim, a
Bíblia afirma que “... há amigo mais chegado do que um irmãos”. Outra
coisa melhor ainda, é ter bons amigos. Amigos que nos compreendem, amigos que
nos aconselham, amigos que nos ouvem, etc. Porém, ainda mais excelente é ter
Jesus como nosso amigo. A amizade de Jesus é verdadeira, pura, contagiante,
sincera; maravilhosa! Como é bom poder contar com o amigo Jesus! Ele é amigo em
todas as horas. Nas madrugadas frias, nas noites intermináveis, na hora da dor,
e também nas alegrias da vida. Ele permanecerá sendo amigo na eternidade
também.
Jesus, enquanto aqui viveu como homem, fez amigos. A Palavra
nos diz o seguinte: “...Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do
sono” (Jo 11.11). “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a
sua vida pelos seus amigos” (Jo 15.13). Ele é tão amigo, e tão dedicado aos
seus amigos, que deu a sua própria vida para salvá-los. Porém, na sequencia
deste texto, ele faz uma declaração, que não se pode deixar passar desapercebido,
o Amigo Jesus diz: “Vós sereis os meus amigos, se
fizerdes o que vos mando” (Jo 15.14). Veja bem: Ele é fiel,
justo, poderoso, puro, santo, maravilhoso, sincero; porém, exigente. A exigência
dele é a seguinte: Quer ser meu amigo? então faça o que eu mando. Ele é um
amigo Senhor! Ele deve estar no topo e em primeiro lugar de todas as nossas
devoções. Disse Ele: “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno
de mim;...” (Mt 10.37).
A grande barreira para que o ser humano seja amigo de
Jesus não está em Jesus, mas no próprio homem. Porque, não basta falarmos que somos amigo de Jesus, precisamos saber se
ele também está dizendo a mesma coisa de nós. E, para que ele diga que é nosso
amigo a condição é única: “...se fizerdes
o que eu vos mando”. Maria, a mãe de Jesus, deixou a mensagem bem clara: “...Fazei
tudo quanto ele vos disser” (Jo 2. 5). Ah, aqui a coisa fica complicada;
pois não basta fazermos alguma coisa, mas, tudo o que ele nos disser.
Quando Jesus nos diz: “Vós sereis os meus amigos,
se fizerdes o que vos mando”, deixa implícito
a palavra “tudo” também. Significa dizer, que, para gozar dessa amizade
perfeita, sincera, pura, salvadora, precisamos abrir mão de outras amizades. Aqui
também está uma dificuldade para muitos, pois o mundo os encanta. A amizade do
mundo, para esse tempo presente, parece mais convincente, mais contagiante. Para
um mundo tangível e palpável, é sedutor as coisa visíveis, tangíveis e
palpáveis. Por isso mesmo, temos dificuldade de amar mais as coisas espirituais
que as temporais. Mesmo sabendo, que “...As coisas que o olho não viu, e o
ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou
para os que o amam” (1Co 2.9) e que “...as que se veem são temporais, e
as que não se veem são eternas” (2Co 4.18) o homem é tentado a amar e ter
profundo carinho e amizade com este mundo pecaminoso.
Tenho pensado com muita frequência sobre essa amizade
com Jesus. Quanto mais o conhecemos, mais o mundo se torna insignificante para
nós. Por outro lado, quanto menos o conhecemos, mais esse mundo ganha significância,
a ponto de passarmos todos os limites, extrapolarmos todas as regras éticas e morais
para adquirirmos a amizade mundana. Diz um pensador: “aves da mesma plumagens
voam juntas”. Então podemos perguntar para nós mesmos: Qual a significância que
Jesus tem para minha vida? Vale a pena abandonarmos os valores mundanos e pecaminosos
para mantermos essa amizade com Cristo? Por outra lado: Qual a significância do
mundo para mim? Vale a pena abandonar a Jesus para manter essa amizade mundana?
O que está atrapalhando a minha amizade com Jesus?
Certamente que nada, mas nada mesmo deste mundo, se
pode comparar com a amizade de nosso amado Salvador Jesus Cristo. Paulo, após
ter o encontro com Jesus no caminho para Damasco, e passar a conhecer a Jesus,
se expressou assim aos irmãos filipenses: “E, na verdade, tenho também por perda
todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor;
pelo qual sofri a perda de todas as coisas e as considero como esterco, para
que possa ganhar a Cristo” Fil 3. 8). Será que podemos falar a mesma coisa?
Vosso em Cristo