LIÇÃO 12
22 de março de 2020
JESUS, O HOMEM PERFEITO
Texto Áureo
“E crescia
Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens”
(Lc 2.52).
Verdade
Prática
Verdadeiro
Homem e Verdadeiro Deus, o Senhor Jesus Cristo é igual ao Pai e semelhante a
nós: sua divindade e humanidade não são aparentes; são reais, perfeitas e
plenas.
Leitura
Bíblica em Classe – Lucas 2. 40-52
Hinos
sugeridos - 481, 45, 106,
OBJETIVO
GERAL
Clarificar que o
Senhor Jesus Cristo é igual ao Pai e semelhante a nós, ou seja, divino e
humano.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS.
I.
Expor a
divindade de Jesus;
II.
Explicar
a humanidade de Jesus;
III.
Assinalar a perfeição de Jesus.
INTRODUÇÃO.
Nesse trimestre, foi focado sobre a matéria de
antropologia, quer dizer, o estudo do homem. Hoje, no entanto, vamos estudar
sobre Jesus Cristo o Homem Perfeito. Não existe outro igual a Ele. Todos os
demais seres humanos que já nasceram e viveram e aqueles que ainda hão de
nascer e viver sobre a face da terra, o único e inigualavelmente perfeito foi e
sempre será o nosso Senhor Salvador Jesus Cristo.
Nossa declaração de fé das Assembleia de Deus, no item
3 diz: Cremos, “No Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus,
plenamente Deus, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento
virginal, em sua morte vicária e expiatória, e sua ressurreição corporal dentre
os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo” (Jo
3.1-18; Rm 1. 3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb 10.12; Rm 8.34 e At 1.9; 1Tm 2.5).
O credo de Nicéia (325 d.C.) afirma a crença uniforme
de todo Cristianismo ortodoxo de que Cristo era totalmente Deus e totalmente
homem em uma pessoa. Todas as heresias relativas a Cristo negam uma ou ambas as
proposições. Normam Geisler diz: “Apenas isso, como alegação, já o torna
singular entre todos os outros líderes ou personagens religiosas que já
viveram, o que pode ser comprovado com evidencias factuais”.
Que o Espírito Santo nos ajude a compreender esta
maravilhosa e imprescindível doutrina da Bíblia Sagrada.
I.
JESUS, VERDADEIRO DEUS
Neste ponto, será enfocado a
divindade de Jesus. Paulo, escrevendo aos Filipenses disse: “que, sendo em
forma de Deus, ...” (Fil 2.6). Na Bíblia Hebraica diz: “Apesar de ele
viver na forma de Deus, não considerou a igualdade com Deus algo a ser mantido
pela força”. Literalmente significa: “Sendo já em forma de Deus”. Diz
F.F. Bruce, em seus comentários contemporâneos da carta aos filipenses, “a
posse da forma implica em participação na essência”. Aqui há uma prova
incontestável da pré-existência de Cristo com o Pai. Em outra passagem Paulo
diz: “... que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua
pobreza, enriquecêsseis” (2Co 8. 9b). A pré-existência fica presumida, de
igual modo aqui em Filipenses.
Vejamos outras passagens
paulinas, onde Cristo é apresentado como agente na criação: “Porque nele
foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, seja, potestades; tudo foi criado por ele e para ele.
E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Col
1.16,117). Vejamos os demais escritores que concordam com Paulo nesta mesma
declaração doutrinaria (Jo 1.1-3; Hb 1,2; Ap 3.14). Esse ideia está atada à
primitiva identificação cristã de Cristo com a divina sabedoria do AT (Pv 3.19;
8.22-31).
1.
Jesus afirmou ser Iave (YHWH; às vezes aparece em traduções e português como
“Jeová” ou em versalete como “SENHOR”. É
o nome especial dado por Deus a si mesmo no AT. Foi o Nome revelado a Moisés em
Êxodo 3.14 “Eu Sou o que Sou”. Somente o Deus verdadeiro poderia ser
chamado de Iavé, nem tão pouco poderia ser adorada (Êx 20.5). O eu nome e sua
gloria não podiam ser dados a outro (Is 44.6). Comparemos então – Jo 17.5; Is
42.8 – Jo 10.11; Sal 23.1 – Mt 25.31ss; Jo 5.27; Jl 3.12.
Talvez a reinvindicação mais
forte de Jesus, quanto a ser Iavé está em João 8.58: “Antes que Abraão
existisse, EU SOU”. Diz Normam Geisler, “Essa afirmação reivindica não só a
existência antes de Abraão, mas igualdade com o “Eu Sou” de Êxodo 3.14”. Os
judeus em sua volta entenderam tanto essa declaração, que logo pegaram em
pedras para apedrejá-lo por blasfêmia. Vemos outras declarações como esta em
Marcos 14.62; Jo 18.5,6. Em Isaías 9.6, Jesus é chamado de Pai da eternidade e
de Deus forte.
2.
Jesus afirmou ser igual a Deus. Uma das passagens que nos
monstra claramente esse fato, foi quando ele perdoou os pecados do paralítico.
“Filho, os seus pecados estão perdoados” (Mc 2.5-11). Os escribas
falaram corretamente: “Quem pode perdoar pecados, a não ser Deus?”. E
então, Jesus prova que ele poderia perdoar pecados, curando aquele paralitico.
Em João 5.21, Jesus fala
claramente, para que todos entendessem o que ele queria dizer: “Pois assim
como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica
aqueles que quer”.
3. Jesus afirmou ser Deus ao
aceitar adoração. Os anjos recusaram adoração (Ap 22. 8,9); Os homens de Deus também (At
14.15). Mas Jesus aceitou adoração em muitas ocasiões (Mt 8.2; 9.18; 14.33;
15.25; 20.20; Mc 5.6; Mt 28.17; Jo 20. 17). Em Apocalipse vemos a adoração do
universo ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Ap 5.9-14).
4. Jesus afirmou ter autoridade
igual a Deus. Jesus
colocou as suas palavras no mesmo nível que as palavras de Deus. “Vocês
ouviram o que foi dito aos seus antepassados... Mas eu lhes digo...” (Mt
5,21,22) é repetido vez após vezes. Ele disse: “Os céus e a terra passarão,
mas as minhas palavras jamais passarão” (Mt 24.35).
5. Jesus afirmou ser Deus ao
autorizar oração em seu nome. (Jo 15.7;
14.13; Mc 16.17).
II. JESUS, VERDADEIRO HOMEM
Logicamente que para tornar-se
verdadeiro homem, o verbo precisava encarnar-se.
João nos diz: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós...” (Jo 1.14).
1.
Ele esvaziou-se de sua gloria mas não de sua divindade. Paulo, falando aos Filipenses
diz: “Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante
aos homens” (Fil 2. 7 – ARC); Na ARA DIZ: “Antes, a si mesmo se
esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e,
reconhecido em figura humana,...”.
É um testemunho maravilhoso a
favor de nosso Salvador. Enquanto o querubim, que não era igual a Deus, e não
tinha forma de Deus, quis subir acima das alturas e ser semelhante ao Altíssimo
(Is 14.13); Adão não era em forma de Deus, e quis comer do fruto para ser igual
a Deus (Gn 3.5); Jesus, existia na forma de Deus, mas não teve usurpação ser
igual a Deus. Até porque, Ele ser igual a Deus, jamais seria usurpação, pois
ele o é por natureza. Ele usou essa posição para renunciar a todas as vantagens ou privilégios que a divindade
lhe proporcionava, como oportunidade para o auto empobrecimento e auto
sacrifício sem reservas.
A edição Contemporânea diz: “Ele se
despojou a si próprio...” Não de sua natureza divina, visto que isso seria
impossível, mas ‘das glorias e das prerrogativas da divindade’. Paulo aqui
ensina aos crentes em Filipos, bem como a todos nós: Assim como Cristo deixou
de lado seus próprios interesses, por amor às pessoas, o mesmo deveria fazer
todo cristão.
Cristo “esvaziou-se”,
assumindo a forma de servo (escravo). Ele não trocou sua natureza (ou forma)
divina pela natureza (ou forma) de um escravo: significa que ele demostrou a
natureza (ou forma) de Deus na natureza (ou forma) de ume escravo. O ocorrido
em João 13. 3-5 ilustra bem isso.
Acho simplesmente linda,
excelente um verso de um poeta por nome Milton, citado por Kenneth C. Fleming,
em seu livro “Ele humilhou-se a sim mesmo, que diz:
“Aquela forma gloriosa,
aquela luz inefável...
Ele tudo deixou de lado para
estar aqui conosco,
Abandonou a corte celestial da
eternidade,
Preferiu estar aqui, numa casa
escura, de barro mortal.
·
Jesus estava no seio do Pai (Jo 1.18), porém, não estava inativo, mas sim
trabalhando (Jo 5.17). Ele foi profetizado no Antigo Testamento. Do Gênesis até
Malaquias há profecias sobre o nascimento do Filho de Deus (Gn 3.15; 12. 1-3;
49.10; Ex 12.1-7; Nm 24.17; Dt 15.18; 2Sm 7.16; Is 7.14; 9.6; Mq 5.2,5; Ml
4.2).
2.
Jesus nasceu na plenitude dos tempos. (Gl 4.40).
O docetismo (gr. Dokein,
“aparentar”) é uma heresia do final do I século que afirmava que Jesus
apenas aparentava ser humano. Eles negavam a humanidade de Cristo, mas
afirmavam a divindade. Eles eram
opostos do Arianismo, que afirmava a humanidade de Jesus, mas negava sua
divindade. Eles já estavam presente no final da época do NT, pois João já
exorta a igreja quanto a isso: “Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo
espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito
que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o
espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que está já no
mundo” (1Jo 4. 2,3).
3. Provas bíblicas da humanidade
de Jesus. O
Novo Testamento revela de maneira direta, Jesus como homem: “Porque há um só
mediador entre Deus e a humanidade, Cristo Jesus, homem” (1Tm 2.5).Lucas
apresenta Jesus nos dois capítulos introdutórios de seu evangelho ressaltando
Seus aspectos humanos ao mencionar família, amigos, vizinhos, Zacarias, Isabel,
pessoas comuns vivendo numa comunidade. Joao Evangelista diz: “e o verbo se fez
carne e habitou entre nós” (Jo 1.14).
a. Jesus tinha ancestrais
humanos. Os evangelhos nos traz a genealogia de Jesus, (Mt 1. 18-25; Lc 2. 1-7).
b. Jesus teve um nascimento
humano. Lc 2.4-7
c. Jesus teve uma infância
humana. (Lc 2.21,23; 41-49,52).
d. Jesus passou fome humana (Lc
4.2);
e. Jesus teve sede humana (Jo
4.6,7);
f. Jesus sentou cansaço humano
(Jo 4.6);
g. Jesus teve emoções humanas (Jo
11.35; Lc 13.34; Jo 2.15).
h. Jesus tinha linguagem e
cultura humanas (Mt 1.1, 20-25; Gal 4.4; Jo 5.5-9, 21,22); Ele foi reconhecido
pela mulher samaritana como sendo Judeus, mesmo sem dizer nada a ela sobre sua
cidadania (Jo 4.9).
i. Jesus teve tentações humanas
(Hb 4.15; Mt 3; 26.38-42);
j. Jesus era de carne e osso humanos.
Ele quando cortado, sangrava como qualquer humano (Jo 19.34; Hb 2.14).
k. Jesus sentiu dor humana. A ele
foi oferecido um analgésico, onde diminuiria a sua dor, mas ele recusou (Mt
27.34). Sua dor foi física e emocional (Mt 27.46). O escritor aos Hebreus narra
seus sofrimentos na carne (Hb 5.7).
l. Jesus teve uma morte humana
(Mt 16.21; Rm 5.8; 1Co 15.3; Hb 9.14).
III. JESUS, O HOMEM PERFEITO
O nosso comentador pergunta:
Afinal, o Senhor Jesus era ou não um ser humano semelhante a nós? Responde ele:
Sim, era semelhante a nós e melhor do que nós, pois não estava sujeito que ao
pecado original, quer ao experimental.
Esse ponto, da continuidade ao
ponto II, pois, continuaremos falando a encarnação do verbo.
1. A humanidade de Jesus. A sua humanidade não era aparente, como
ensinavam os docetistas, (gr Dokein = aparente), dai o nome. Nem tão pouco era
apenas humano, como ensinavam os arianos. Os testemunhas de Jeová são
discípulos dessa doutrina herética. Para eles Jesus é um ser criado e não
Criador como nos ensina a Palavra de Deus (Jo 1.1-3).
2. Jesus foi o exemplo de homem
perfeito e singular. Ele foi perfeito em paciência, bondade e compaixão. Teve compaixão das
multidões (Mt 9.36), a ponto de chorar por Jerusalém (Mt 23.37). Apesar de
condenar justamente os fariseus que enganavam os inocentes (Mt 23), não hesitou
em falar com líderes judeus que demostravam interesse (Jo 3).
3. A perfeição espiritual e moral
de Jesus. O
caráter de Cristo era singular de outra maneiras. Ele demonstrou em grau
absoluto as melhores virtudes. Somente Jesus viveu absolutamente o que ele
falou em Mateus 5-7.
Tanto no falar quanto no agir, Jesus era
perfeito. Nenhum dolo ou engano achava-se em seus lábios (1Pe 2.21-24). Ele era
perfeitamente absoluto em todas as coisas.
4.
Sua singular santidade. Alguns dos inimigos de Jesus trouxeram falsas
acusações contra ele, mas o veredicto final de Pilatos no seu julgamento foi o
veredicto da história: “não vejo neste homem crime algum” (Lc 23.4). Um
soldado na cruz concordou, dizendo: “Certamente, este homem era justo”
(Lc 23.47), e o ladrão na cruz ao lado de Jesus disse que “mas este homem
não cometeu nenhum mal” (Lc 23.41).
O escritor aos Hebreus
escreveu dele dizendo: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa
compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi
tentado, mas sem pecado” (Hb 4.15). O próprio Jesus desafiou aos seus
acusadores: “Qual de vós me pode acusar de algum pecado?” (Jo 8.46), mas
ninguém foi capaz de culpa-lo de nada. Assim, o caráter impecável de Cristo dá
testemunho duplo da verdade da sua proclamação. A santidade de Jesus foi
singular (2Co 5.21; Hb 7.26; 1Pe 1.19; 2.22; 1Jo 2.1; 3.7).
Finalmente meus amados irmãos,
Jesus Cristo, foi e é a pessoa singular e chave para a concretização dos planos
do Pai no que tange a redenção da humanidade. Paulo escreveu aos Romanos
dizendo: “Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma
pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo
pecado condenou o pecado na carne” (Rm 8. 3).
Como nos ensina Stanley
Horton: “A força cumulativa do Novo Testamento é bastante relevante. A
cristologia não é apenas uma doutrina para o passado. E a obra sumo-sacerdotal
de Jesus não é o único aspecto da sua realidade presente. O ministério de
Jesus, e de ninguém mais, é propagado pelo Espírito Santo no tempo presente. A
chave para o avanço do Evangelho no tempo presente é o reconhecimento de eu
Jesus pode ser conhecido, à medida eu o Espírito Santo capacita os crentes a
revela-lo”.
Jesus, além de nos salvar
através de sua graça e pelo seu sangue remidor, ele nos capacita, enchendo-nos
do Seu glorioso Espírito Santo. Só assim, estaremos capacitados a dizer a todos
que Jesus é o Senhor (1Co 12.3).
Jesus, finamente, depois de
ressuscitado, voltou aos céus, e esse fato, foi presenciado e testemunhado o
retorno vitorioso de Jesus aos seio do Pai (At 1.9-11). Ele está vivo (At 1.3),
como nosso sumo-sacerdote, Mediador e Intercessor em favor do pecador diante de
Deus-Pai.
Deus abençoe a todos.