Texto
1Co 15. 51-58
I. A Igreja e a segunda vinda de
Cristo. Desde
que Jesus prometeu voltar (Jo 14. 1-3), e os anjos ratificaram essa promessa no
dia de sua ascensão aos céus (At 1.10,11), que os crentes esperam esse glorioso
evento acontecer. Como também, desde há muito tempo, alguns zombam do povo de
Deus, como vemos na 2ª Carta de Pedro 3. 3,4, que diz: “Sabendo primeiro
isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas
próprias concupiscências e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque
desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da
criação”. Mas nós, estamos firmados na promessa dele, como disse o escritor aos Hebreus: “Retenhamos
firme a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu” (He
10.23).
1. O destino da Igreja. Estamos na dispensação da
graça, ou dispensação eclesiástica (da igreja) (Mt 16.18; Ef 1. 22,23; 3. 9-11).
Rapidamente se aproxima o final de todas as coisas. Tudo se cumprirá da maneira como foi
determinado pelo Senhor. O retorno de Cristo é algo iminente (Rm 13.11).
·
Vejamos qual o plano de Deus
a. Todos os crentes falecidos, em Cristo (Ap 14.13; Sal
116.15; 2Co 5.17; Fil 1.23), serão ressuscitados dentre os mortos, e na mesma
ocasião os crentes que estiverem vivos, serão transformados e raptados
para encontrarem com Cristo nos ares (1Ts 4. 13-17; 1Co 15.51-52; 2Co 5. 2).
b. Quando Jesus disse á Marta
irmã de Lázaro:
“Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo 11.25a), para os que falecerem
possuídos de uma fé viva em Cristo, Ele será “ressurreição”; e para os que
estiverem vivos e crentes no Evangelho , Cristo será “vida”, quer dizer, a
energia que transformará, num abrir e fechar de olhos, seus corpos corruptíveis
em incorruptíveis e imortais.
c. Os dois episódios de
arrebatamentos
no Antigo Testamento, de Enoque (Gn
5.24; He 11.5), e Elias (2Rs 2.11), nos dá segurança maior ainda, para
pregarmos com muita convicção que Jesus arrebatará a sua igreja da terra.
d. O monte da transfiguração (Lc 9. 28-31). Vemos aqui,
como diz Lawrence Olson, uma espécie de ensaio do arrebatamento. Primeiro,
Cristo estava exatamente no estado glorioso, que será seu estado que ele
voltará para buscar a sua igreja (Ap 1.13-16); segundo, ai vemos os tipos
de pessoas que ingressarão em seu reino: Moisés, representando os cristãos
falecidos, porém, falando com Jesus e glorificados, e Elias, os cristãos que
não provarão a morte, porém, com corpos gloriosos e também falando com Jesus
(Fil 3.20,21; 1Jo 3.2). Quer dizer, nos que cremos na Bíblia, como a inerrante
Palavra de Deus, temos viva certeza, que vivos ou mortos, vamos estar com o
Senhor um dia e para sempre.
2. O tempo do arrebatamento. É quase unanimidade entre os escatologistas
cristãos evangélicos, que a segunda vinda de Cristo será um só evento, porém, o mesmo ocorrerá em duas fases
distintas.
a. Primeiro ocorrerá o arrebatamento,
ou o rapto da igreja. Será a transladação dos crentes,
tanto vivo quanto mortos, para estarem na presença de Cristo, nos ares (1Ts
4.13-18).
b. Tribunal de Cristo. Após o rapto haverá um período de tempo, que
poderá durar até sete anos, o qual terá lugar o juízo ou o julgamento da
igreja, (Não será julgamento de pecados) no chamado “tribunal de Cristo”, onde
os crentes receberão os galardões das mãos do Senhor (2Co 5.10; 1Co 3.12-15; Ap
22.12; 1Pe 5.4; 2Tm 4.8).
c. As bodas do Cordeiro. Haverá também as bodas do
Cordeiro, no céu, na qualidade de noiva a Igreja, em um sentido figurado, se casará
com Cristo. Isso fala de um relacionamento fiel e eterno da Igreja, a qual foi
comprada pelo sangue do Cordeiro (2Co 11. 2; Ap 19.6,7).
II. A grande tribulação.
1. Quando ocorrerá. Autores consagrados, como:
Lawrence Olson, William W. Menzies, Stanley M. Horton, Myer Pearlman, Armando
Chaves Cohen, Eurico Bergstén, Orlando Boyer, Henry, C. Thiessen, Antônio
Gilberto, Elinaldo Renovato, Ezequias Soares, etc. todos entendem biblicamente
que se dará após o arrebatamento da Igreja.
Durante
esse período o anticristo reinará sobre a terra, e depois de 7 anos o Senhor se
revelará de forma totalmente visível, que será a segunda parte do “grande
evento” da sua segunda vinda (Mt 24.30; Zc 14.4,5; Col 3.4; 1Ts 3.13; Jd 14.
Será sua manifestação com poder e grande gloria a Israel e às nações do mundo.
O arrebatamento será um evento secreto (1Ts 5.2), enquanto a revelação será
visível e amplamente divulgada para todo mundo (Ap 1.7).
Interessante,
que quando João evangelista escreveu isso, ele não sabia, nem tampouco passava
por sua cabeça que em nossos dias atuais, os meios de comunicação seriam tão
avançados. Hoje, o que se passa nas ilhas mais longínquas, em seguida
todos do planeta terra já sabem e estão vendo. Até aquilo que passa em outros
planetas já estamos vendo em fração de minutos.
a. Em Apocalipse 19. 8,14 está declarado que
Cristo trará consigo “...os exércitos que há nos céu em cavalos brancos e
vestidos de linho, branco e puro”. Lawrence Olson diz: “Esses só podem ser os
santos previamente arrebatados. Logicamente esses santos não poderia voltar com
Ele a não ser que fossem primeiro reunidos a Ele, fato que ocorrerá no momento
do rapto da Igreja”. Esse santos reinarão com Cristo durante o período
milenial.
b. Os midi-tribulacionistas e os pós-tribulacionistas.
São aqueles que entendem que a igreja será arrebatada no meio da grande
tribulação, quer dizer, com três ano e meio, e os que entendem que a igreja
será arrebatada no final, e que ela passará por toda a grande tribulação.
·
Nós não cremos assim. Somos chamados de pré-tribulacionistas. Pois
cremos que a igreja do Senhor, será levantada da terra, antes que chegue esse
grande e terrível dia do Senhor, como diz em Malaquias 4. 1,2 “Porque eis
que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e todos os que cometem
a impiedade serão como palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o
SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo. Mas
para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará
debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como bezerros do cevadouro”.
·
O Senhor disse a Ló, que não poderia fazer nada contra a terra de Sodoma
e Gomorra enquanto não tirasse ele e sua família de lá, e logo que ele chegou
em Zoar, o sol saiu (Gn 19. 17-23).
2. Razões bíblicas porque cremos que a Igreja não passará pela grande
tribulação.
a. Nenhuma passagem na Bíblia fala,
digamos, claramente, objetivamente, que a igreja passará pela grande tribulação.
Israel sim, sempre está identificado como passando pela grande tribulação, bem
como as nações ímpias de todo mundo, mas a igreja não.
b. O livro do Apocalipse, ou das
revelações, é um tratado da
“septuagésima semana de Daniel” (Dn 9.27).
· A história da igreja está
registrada nas cartas às sete igrejas da Ásia menor, nos capítulos 2,3. Isso
representa a história universal da igreja do Senhor Jesus, desde sua
inauguração no dia de pentecoste até o rapto. A partir do capítulo 4, começou a
revelar o que aconteceria “Depois destas coisas” (4.1), isto é, depois
do período da Igreja. Os capítulos 9 a 19 descrevem o período da Grande
Tribulação. É interessante e significativo que em todos esses capítulos a
Igreja não é mencionada nenhuma vez.
· No capítulo 4, os 24 anciãos
sentados sobre tronos em volta do trono de Deus, como representantes da Igreja
arrebatada que já recebera seus galardões e que já se sentara com Cristo em
tronos (Ap 3.11).
· Em Apocalipse 19.4-8 vemos a
Igreja voltando com Cristo a terra para reinar. Naturalmente, para poder
voltar, seria necessário primeiro estar com Cristo.
c. Uma grande promessa feita à
Igreja de Filadélfia. Por todas as características dessa Igreja, certamente ela
representa a verdadeira igreja do Senhor Jesus Cristo nos dias do
arrebatamento. Vejamos a promessa: “Como guardaste a palavra da minha
paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo
mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10). Vemos que aqui a
“tentação”, se trata de uma tribulação de âmbito mundial “tentação que há de
vir sobre todo mundo”. O pastor Elinaldo Renovato diz o seguinte: O
livramento da “hora da tentação”, ou da “provação”, que virá sobre todo o mundo
não se refere apenas à igreja de Filadélfia, mas é uma advertência a todas as
igrejas cristãs: Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap
3.13,22). Continua ele: “A igreja não estará mais na terra quando começar a
Grande Tribulação. Ela passará, sim, pelo “princípio das dores” (Mt 24.8).
d. A Grande Tribulação será um
período de sete anos de sofrimentos jamais visto e sem nenhum parâmetro jamais ocorrido
em todo o mundo (Dn 9.27; Ap 12.12).
·
É também chamado de “a grande aflição” (Mt 24.21);
·
“Tempo de angustia” (Dn 12.1);
·
“Angustia de Jacó” (Jr 30.7);
·
Essa angustia vai superar tudo aquilo que o mundo já tenha provado até
então (Lc 21.25,26; Sf 1.14, 15).
e. A Grande Tribulação representa
um período de juízo ou ira de Deus sobre um mundo ímpio, a “igreja” apóstata e
Israel em rebeldia. Os grande e terríveis juízos de Deus vão acontecendo pouco a pouco o tríplice agir de Deus nesse tempo:
·
na medida que o Cordeiro, vai abrindo os sete selos um a um (Ap 6.
1-17);
·
Com a abertura do sétimo selo, começa o toque das sete trombetas (Ap
8.1-13; 91-21; 11. 15-19); e,
·
culmina com o derramar das sete taças, que são as últimas pragas ou
flagelos de Deus sobre o mundo (Ap 15. 1; 16.1-20). Assim se consuma a ira de
Deus : “... se lembrou Deus para lhe dar o cálice do vinho da indignação da
sua ira” (Ap 16.19b).
f. Em contraste com esse castigo
que Deus manda sobre a terra, temos a promessa de Jesus para a sua Igreja “Na
verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha Palavra e crê naquele que me
enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação (juízo), mas passou da
morte para a vida” (Jo 5.24). Ler ainda (1Ts 5.9; Rm 5.9; 1Ts 1.10). O
ímpio está destinado a sofrer as pragas de Deus, mas o fiel escapará.
g. O contexto de 1ª Tessalonicenses 5.9 mostra-nos que a ira
de Deus virá, de fato, após o arrebatamento, isto é: durante a Grande
Tribulação – Stanley Horton.
h. Fica mais que evidente, pois, que nenhuma parte da
Igreja de Cristo será deixada na terra para sofrer os julgamentos de Deus
durante a Grande Tribulação. Pois esses
julgamentos serão a plena manifestação da ira de Deus (Ap 6.16,17; 11.18;
14.10.19; 15.1,7; 16.1,19; 19.15).
i. O que me encoraja ainda mais
em dizer que a igreja não estará na terra nesse tempo de angustias, é ler e ouvir o que o velho apóstolo escreveu
sobre suas revelações na ilha de Patmos, dizendo que, ao toque da sexta
trombeta, e já estando a terra, quase que totalmente devastada, mesmo assim ele
nos diz: “E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não
se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios e os
ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem
podem ver, nem ouvir, nem andar” (Ap 9.20). Com certeza, esse versículo
exclui a presença da igreja salva nesse período disse Horton. Outros lugares
ainda falam sobre o dia da ira que revelará os justos julgamentos de Deus sobre
os corações impenitentes e rebeldes (Rm 2.5; Ef 5.6; Col 3.6; 1Pe 4.5). A
tribulação que passamos hoje, segundo Paulo, ela é “leve e momentânea” (2Co
4.17). Nós não estamos esperando a ira de Deus, e sim, quer morramos, quer
vivamos, estamos esperando o arrebatamento para estarmos para sempre com o
Senhor.
Paulo
diz, que nós, os que temos as primícias do Espírito já estamos gemendo (Rm
8.18-23). Já passamos por lutas e aflições, sendo essa uma certeza, pois nosso
Senhor Jesus Cristo disse: “... no mundo tereis aflições, mas tende bom
ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16. 33).
j. A Grande Tribulação, mesmo que
será abrangente a todo mundo, tem a ver especialmente com Israel (Jr 30. 4-9;
Dn 12.1; Mt 24. 15,21).
k. O tempo da graça, ou o período
da igreja vai da 69ª a 70ª semana de Daniel (Semana de anos) (Dn 9.24-27). A
morte de Cristo (o Messias) deu-se depois da 69ª semana (v 26). Neste ponto
teve início a dispensação da graça, ou o tempo da Igreja do Senhor na face da
terra (Jo 1.17), que irá até o dia do arrebatamento, antes da Grande Tribulação
(At 15. 14-18; Am 9.11,12; Rm 11.25,26).
l. Paulo também deixa-nos claro
que a salvação da Igreja inclui a salvação da ira vindoura (1Ts 1.10; 5.9). Por
isso ensinamos, que devemos esperar a vinda de Cristo e nunca a Tribulação.
m. O ensino tipológico do Antigo
Testamento, apresenta José como um tipo de Cristo. Ele casou-se com Asenate,
uma mulher estrangeira, gentílica,
durante o tempo de sua rejeição por parte de seus irmãos e antes dos
sete anos de fome (Gn 41. 45). Semelhantemente, Cristo receberá a sua noiva,
que na sua maioria também é gentílica , durante o tempo de sua rejeição por
parte dos seus irmãos segundo a carne, Israel (Jo 1.11; At 13.46-48).
n. Enoque foi considerado como
tipo dos crentes arrebatados antes da Grande Tribulação, pois a sua transladação se deu antes do diluvio (Jd
14-16; Gn 5.24).
o. A igreja com a ação da graça
de Deus através do Espírito Santo nela, é o sal que ainda preserva esse mundo.
Quando ela for tirada do meio dos homens, como previsto em 2Ts 2.7-10, então
esse mundo velho e cheio de pecados, entrará em estado de total decomposição
moral e espiritual. Ai será revelado o mistério da iniquidade, o anticristo,
com toda operação do erro, que culminará com o juízo de Deus sobre toda a
humanidade (2Pe 3.7).
p. Nesse tempo, a Igreja do
Senhor, a noiva do Cordeiro já estará na gloria do Pai (Jo 17.24).
Gloria a Deus!
10 comentários:
Glória Deus!!Jesus é a certeza de uma vida eterna!!
Ótimo estudo
Paz! Gostaria de saber qual o seminário com base teológica de que a igreja não passará pela grande tribulacão. Seminário on line
Gostei dessa esplcacao foi muito edificante Deus abençoe sempre a todos vcs
Se possivelmente acontecesse uma Ressurreição antes da Tribulação, isso entra em conflito com a palavra que diz:
"- tragada foi a morte na vitoria"... (sendo que isso é um evento final)
Se a Morte é vencida no Início, como que durante o decorrer dos 7 anos vai ter gente Morrendo???(João vê as Almas vindo da grande tribulação, Salpicadas com o Sangue do cordeiro, ou seja, algumas pessoas nesse tempo ainda vão se converter e não negaram a cristo isso prova que o Espirito santo não sairá da terra)
A tribulação é dividida em Duas Partes..
Primeiro 3 anos e meio de falsa Paz e 3 anos e meio de Guerra, são nesses 3 Últimos anos e meio que o Anti Messias vai perseguir os Cristãos...rs
Apocalipse 13 João escreve no final sobre "a perseverança dos santos..."
Concordo plenamente com esse estudo parabéns que Deus continue lhe usando nota1000 queria poder baixar esse conteúdo pra mostrar lá na congregação onde sou dirigente
Explicação ótima
Estudo muito bom q Deus abençoe pastor Daniel
Glória a Deus, material e estudo esclarecedor sobre o arrebatamento da igreja, Deus abençoe a sua vida, seu ministério e sua família, forte abraço 👋👋
Parabéns um ótimo conteúdo vou da aula EBD amanhã 24/04/2022 falando desse assunto A REALIDADE DO ARREBATAMENTO
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