RIO PARAÍBA
Aqui o Rio Paraíba,
Corria de vez em quando.
As chuvas iam caindo,
As águas se avolumando.
O leito ia se enchendo,
E o povo se alegrando.
Se as chuvas demorassem,
Ele corria por alguns dias.
Não era por muito tempo,
Logo, logo enfraquecia.
As águas iam minguando,
E pouco a pouco morria.
Quando o rio estava correndo,
Era uma festança segura.
Menino, rapaz, moça e velho,
Alimentava-se da fartura.
Mas quando se acabava,
Deixava aquela secura.
Lembro-me ainda dos dias,
Que pescava em suas águas.
Com tarrafa, rede ou anzol,
Ninguém voltava sem nada.
Mas quando ele secava,
Aquela festa acabava.
Ele se ia minguando,
Devagar, devagarinho.
Aquele rio tão largo,
Ia ficando fininho.
Até se acabar por inteiro,
Ficando o leito sequinho.
Todos bebiam dele,
O boi, a cabra e o passarinho.
Sem falar no ser humano,
Todos tiravam um pouquinho.
Mas quando ele secava,
Ficava o leito sozinho.
Mas agora é diferente,
O velho Chico chegou.
A transposição é realidade,
E o rio se movimentou.
Já não para de correr,
E a alegria voltou.
Fui ver o milagre de perto,
Vi as águas doces correndo!
O povo rindo a toa,
Nadando, pescando e comendo.
Enquanto as águas serenas,
Passavam o rio enchendo.
Não aguentei e desci,
Quilômetros a beira do rio.
Prazenteiro ele descia,
Em um curso manso e frio.
Regando a terra cansada,
Trazendo
vida ao vazio.
Resta-nos cuidar bem,
Do leito e de suas águas.
Não jogando esgoto e lixo,
Maculando suas vagas.
Cuidando do rio Paraíba,
Cuidaremos nossas plagas.
Muitas árvores plantaremos,
As margens do Paraíba.
Do cariri ao litoral,
Trazendo ainda mais vida.
E pra sempre cantaremos,
Viva nossa terra querida.
Poesias composta por Daniel Nunes da Silva, no dia 20
de março de 2017.
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