O povo de Israel estava confiando
demasiadamente no templo, pois diziam: “Templo
do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este” (Jr 7. 4). Confiavam
no templo, mas não obedeciam ao Senhor do Templo. A palavra que veio através do
profeta Jeremias foi esta: “... Melhorai
os vossos caminhos e as vossas obras, ...” (Jr 7. 3). O profeta os acusa
por ordem de Deus que eles estavam confiando em palavras falsas, que não tinham
nenhum valor.
Na verdade o povo que era chamado de
povo de Deus estava vivendo um sincretismo religioso, quer dizer: adoravam a
Baal, iam atrás de outros deuses e depois vinham à casa de Senhor, e ainda
diziam que eram livres para cometerem tais abominações (Jr 7. 9,10). Deus diz a
eles, que estavam fazendo da sua casa, lugar de covil de salteadores. E antes
que alguém falasse qualquer coisa o Senhor disse: “Eu mesmo, vi isto” (Jr 7. 11). Querendo Ele dizer: eu vejo tudo.
Nada passa despercebido diante dos meus olhos.
Deus então lembra ao povo de Israel
que antes do templo ser ali em Jerusalém, o local de adoração que era em Siló (local
que dista 29 quilómetros ao norte de Jerusalém), agora esta deserta. Desde que
a arca de Deus foi tomada pelos filisteus, a tenda de adoração ficou vazia. De
nada adiantava ter a tenda da adoração se não havia a presença do Senhor. E o
Senhor diz para eles: “Mas ide agora ao
meu lugar, que estava em Siló, onde ao princípio, fiz habitar o meu nome, e
vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel” (Jr 7. 12), e
ameaça fazer o mesmo com o templo, dizendo: “Farei também a esta casa, que se chama pelo meu nome, na qual confiais,
e a este lugar, que vos dei a vós e a vossos pais, como fiz a Siló” (Jr
7.14).
Esse capítulo sete de Jeremias, bem
como o capítulo seis também, nos mostra um povo muito religioso, mas, rebeldes
aos conselhos da Palavra do Senhor. E lendo-os entendi que estamos vivenciando
novamente esses dias. Muitos ditos cristãos estão demasiadamente confiados no
templo e em sua religiosidade. Em seu tempo de crente, credencial de obreiro,
de membro. Em seu cargo na igreja. Em ir ao culto de domingo, dar sua oferta,
ouvir a pregação, e parece que tudo vai bem. Mas o Senhor está reclamando por essa
religiosidade vazia. Desprovida de vida e paz. Desprovida de salvação.
Ouvem a Palavra nos cultos de
doutrina, nos domingos a noite, mas não obedecem. Estão vivendo o que disse
Paulo a Timóteo: “Porque virá tempo em
que não sofrerão a sã doutrina; mas tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para
si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos
da verdade, voltando às fábulas” (2Tm 4. 3,4). Quantos que passam a semana
com os deuses estranhos, na adoração a Mamom (deus da riqueza), a Afrodite (a
deusa da sexualidade, do amor), e aos domingos enchem os templos cristãos,
apenas para dizer que são de Deus, e que adoram ao Deus dos céus, mas, fazem
apenas de corpo, porque os seus corações estão distante de Deus, como disse o
Senhor de seu povo Israel: “Porque o
Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os
seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu
temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, e que foi instruído”
(Is 29.13), e disse mais: “Aborreço,
desprezo as vossas festas, e as vossas assembleias solenes não me dão nenhum
prazer. E ainda que me ofereçais holocaustos, e ofertas de manjares, não me
agradarei delas: nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais gordos.
Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias dos
teus instrumentos” (Am 5. 21-23).
Amados, fica ai a reflexão para cada
um de nós. Estamos vivendo uma vida apenas religiosa, ou estamos vivenciando a
salvação de Deus. Somos cristãos apenas de rótulo, ou verdadeiramente amamos ao
Senhor que nos comprou, e queremos servi-lo de todo nosso coração.
Que o Senhor nos abençoe.
Pr Daniel Nunes
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