Com
o crescimento do número de discípulos, começou a primeira onda de murmuração na
igreja. O assunto era que as viúvas judias eram mais bem tratadas no ministério
cotidiano que as viúvas gregas (helenistas). O assunto foi resolvido com a instituição
dos diáconos na igreja. Os chamados “diáconos originais”, por se tratar do
primeiro grupo diaconal da igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.
Mas,
o que nos chama a atenção, é o cuidado que os apóstolos tiveram com duas
responsabilidades, que eles julgaram inerentes ao ministério. Disseram eles: “... Não é razoável que nós deixemos a
palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei pois, irmãos, dentre vós, sete
varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais
constituamos sobre este importante negocio.
Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra” (At 6.
2-4).
A
oração e o ministério da palavra eram as ocupações mais importantes na vida de
Tiago, Pedro, João, e os demais apóstolos. Nós vamos encontrar por muitas vezes
os apóstolos orando. Em Atos 3.1 nos diz que “Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração a nona”. Na
casa de Simão o curtidor, enquanto esperava o almoço, Pedro subiu ao terraço
para orar (At 10. 9). Quer dizer, os apóstolos do Senhor Jesus, não descuidavam
da oração.
O
mesmo pode-se dizer da ministração da palavra. Onde quer que chegassem,
ministravam a palavra de Deus. Quando presos, e exortados a não falarem mais no
nome de Jesus, disseram: “... Julgai vós
se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus? Porque não
podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido” (At 4. 19,20).
Eles
sabiam que a palavra e oração eram as armas imbatíveis do Evangelho de nosso
Senhor Jesus Cristo. Paulo se expressou dizendo: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus
para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego”
(Rm 1.16). Se a igreja cresceu naquele tempo, seja pelo ministério de Pedro, ou
de Paulo, foi através dessas duas armas: Oração e Palavra de Deus.
Será
que é isso que estamos vendo hoje em dia? Os obreiros do Senhor, principalmente
os pastores que estão diante do rebanho, estão preocupados com a oração e a
ministração da palavra? Será que estão gastando tempo, ou perseverando nisto?
Eis as perguntas para refletirmos! Quantos que estão gastando tempo nos shoppings
centers da vida. Quantos que sua vida é face book, wat zap, ou outras redes
sociais. Quantos que não conseguem orar cinco minutos, mas conseguem assistir
um filme de duas ou mais horas. Quantos que podem ficar até madrugadas em
churrascarias, pizzarias, mas não tiram nenhuma madrugada para orar, ou para
estudar a palavra de Deus.
Quantos
rebanhos passando fome e sede espiritual, porque o pastor só tem capim seco e
comida requentada extraída da internet. Chegam no culto de doutrina, colocam
uma grande quantidade de cantores, para sobrar quinze minutos para contar um
testemunho. E o rebanho comendo em pastos alheios e se empanzinando com comidas
estragadas. Muitos rebanhos estão cheios de carrapichos, porque o pastor não
gasta tempo com a palavra que santifica. Como disse Jesus: “Santifica os na verdade, a tua palavra é a
verdade” (Jo 17.17).
Pastor
ou obreiro sem oração e palavra, é como um fogão sem fogo e uma despensa vazia.
Pastor sem oração e sem palavra é como um trem que não tem locomotiva nem maquinista.
Pastor sem oração e palavra é como uma lâmpada queimada, não ilumina e não é
exemplo para ninguém. Se o pastor não ora e não estuda a palavra não tem forças
para pregar, é anêmico e frouxo para exercer a função mais preciosa na face da
terra: ser pastor segundo o coração de Deus. Jeremias disse: “E vos darei pastores segundo o meu coração,
que vos apascentem com ciência e com inteligência” (Jr 3.15).
Pastor
que presa, pode até ficar sem comer, mas não fica sem oração e palavra. Pode
até ficar sem dormir, mas não fica sem oração e palavra. Pode até ficar sem
viajar, mas não fica sem oração e palavra. Pode até ficar sem dinheiro, mas não
fica sem oração e palavra. Pode até ficar sem amigos, mas não fica sem oração e
palavra.
Caros
amigos pastores, meditemos nisso!
Pr
Daniel Nunes – vosso conservo
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