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quinta-feira, 3 de março de 2016

GUARDA BEM O QUE TE FOI CONFIADO


Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiando”. (1Tm 6. 20a)

Paulo advertia ao jovem pastor Timóteo, para que guardasse o depósito que lhe havia sido confiado. Querendo o apóstolo dos gentios dizer, que, além de todos os dons que Jesus Cristo, tinha dispensado a Timóteo, Paulo também tinha investido em seu ministério. Em 2Tm 1. 8, Paulo exorta a Timóteo que não se envergonhasse do testemunho de Jesus, mas que também, não se envergonhasse dele. Ele lembra ainda ao seu filho na fé, que o dom que ele recebeu, foi: dado por profecia, e, com a imposição das mãos do presbitério (1Tm 4. 14), e completa: “Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos” (1Tm 4.15).
Vejam bem, queridos companheiros, ninguém chega a lugar nenhum sozinho.  Vamos sempre precisar que alguém invista em nós. Sempre terá uma mão amiga, um braço estendido, um olho que nos veja. Primeiramente estamos sob os olhares de Deus. Depois, se faz necessário que estejamos também sob os olhares de um pastor, de uma igreja, de um ministério, de uma convenção que tenha a visão de Deus a nosso respeito. Significa dizer, que vendo os dons de Deus em nossa vida, pessoas fazem depósitos em nossa conta ministerial.  Podemos então parafrasear a advertência paulina para todos nós obreiros dos dias atuais: “Ó obreiro dos dias atuais, guarda o depósito que te foi confiando”. Se alguém depositou confiança em você, guarde esse depósito. Se a igreja o pastor, confiou um cargo em suas mãos; guarda esse depósito. Se te foi confiado o diaconato, o presbitério, o ministério de evangelista, de pastor, guarda bem esse depósito. Cuida dele com carinho, oração, zelo, santidade, amor, e muita confiança diante de Deus.
A figura usada por Paulo, ao exortar Timóteo a guardar bem o depósito que lhe foi confiando, era de um homem de posse, que ao fazer uma viagem longínqua, confiava valores à alguém de sua inteira confiança. Assim, também, Jesus e o ministério confiaram em nós, deixando-nos com uma grande soma de depositada em nossas mãos. Nunca, devemos decepcionar aqueles que confiaram o depósito em nossas mãos. Há aqueles, que depois de algum tempo ministerial. Após crescerem aos olhos do povo, esquece-se de quem lhes confiou o depósito. Já ouvi companheiros dizendo: o meu ministério não teve a intervenção do homem, sou igual a Paulo, recebi diretamente de Deus. Deixemos de conversa fiada, porque Paulo foi único, e chamado para o grande propósito de ser chamado apóstolo dos gentios. Nos dias atuais, dependemos sim da igreja. E quando falamos de igreja, estamos falando que, dependemos do pastor, do ministério, da convenção, da indicação de alguém que veja os dons de Deus na vida do obreiro.
Porém, chamo ainda a atenção, dos obreiros que receberam depósito de Deus e da igreja, que cuidem em todos os sentidos, para que esse depósito não seja roubado por ninguém. Com isso não estou falando que você deve ser um obreiro ciumento com o seu cargo ministerial, ou com seu cargo na igreja. Estou falando de trabalho para o reino de Deus. Estou falando de fazer o melhor para Deus. Existem aqueles, que antes de serem consagrados, separados ou ordenados, fazem com muito denodo o trabalho do Senhor, apenas para serem vistos e receberem o cargo, e, logo que recebem, se tornam parasitas dentro da igreja. Quantos diáconos, que antes de serem separados, eram os mais ativos no culto, agora, amontoam-se nos púlpitos, e, e pode acontecer o que acontecer no culto, que estão ali, sentados, não movendo uma palha. O dono do depósito está chegando, e logo vai pedir conta de tudo o que ele entregou para cada um de nós.
Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3.11).


Pr Daniel Nunes – presidente da IEADCG – COMEAD-CGPB

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