“Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi
confiando”. (1Tm 6. 20a)
Paulo
advertia ao jovem pastor Timóteo, para que guardasse o depósito que lhe havia
sido confiado. Querendo o apóstolo dos gentios dizer, que, além de todos os
dons que Jesus Cristo, tinha dispensado a Timóteo, Paulo também tinha investido
em seu ministério. Em 2Tm 1. 8, Paulo exorta a Timóteo que não se envergonhasse
do testemunho de Jesus, mas que também, não se envergonhasse dele. Ele lembra
ainda ao seu filho na fé, que o dom que ele recebeu, foi: dado por profecia, e,
com a imposição das mãos do presbitério (1Tm 4. 14), e completa: “Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para
que o teu aproveitamento seja manifesto a todos” (1Tm 4.15).
Vejam
bem, queridos companheiros, ninguém chega a lugar nenhum sozinho. Vamos sempre precisar que alguém invista em
nós. Sempre terá uma mão amiga, um braço estendido, um olho que nos veja.
Primeiramente estamos sob os olhares de Deus. Depois, se faz necessário que
estejamos também sob os olhares de um pastor, de uma igreja, de um ministério,
de uma convenção que tenha a visão de Deus a nosso respeito. Significa dizer,
que vendo os dons de Deus em nossa vida, pessoas fazem depósitos em
nossa conta ministerial. Podemos então
parafrasear a advertência paulina para todos nós obreiros dos dias atuais: “Ó obreiro dos dias atuais, guarda o depósito
que te foi confiando”. Se alguém depositou confiança em você, guarde esse
depósito. Se a igreja o pastor, confiou um cargo em suas mãos; guarda esse
depósito. Se te foi confiado o diaconato, o presbitério, o ministério de
evangelista, de pastor, guarda bem esse depósito. Cuida dele com carinho,
oração, zelo, santidade, amor, e muita confiança diante de Deus.
A
figura usada por Paulo, ao exortar Timóteo a guardar bem o depósito que lhe foi
confiando, era de um homem de posse, que ao fazer uma viagem longínqua,
confiava valores à alguém de sua inteira confiança. Assim, também, Jesus e o
ministério confiaram em nós, deixando-nos com uma grande soma de depositada em
nossas mãos. Nunca, devemos decepcionar aqueles que confiaram o depósito em
nossas mãos. Há aqueles, que depois de algum tempo ministerial. Após crescerem
aos olhos do povo, esquece-se de quem lhes confiou o depósito. Já ouvi
companheiros dizendo: o meu ministério não teve a intervenção do homem, sou
igual a Paulo, recebi diretamente de Deus. Deixemos de conversa fiada, porque
Paulo foi único, e chamado para o grande propósito de ser chamado apóstolo dos
gentios. Nos dias atuais, dependemos sim da igreja. E quando falamos de igreja,
estamos falando que, dependemos do pastor, do ministério, da convenção, da
indicação de alguém que veja os dons de Deus na vida do obreiro.
Porém,
chamo ainda a atenção, dos obreiros que receberam depósito de Deus e da igreja,
que cuidem em todos os sentidos, para que esse depósito não seja roubado por
ninguém. Com isso não estou falando que você deve ser um obreiro ciumento com o
seu cargo ministerial, ou com seu cargo na igreja. Estou falando de trabalho
para o reino de Deus. Estou falando de fazer o melhor para Deus. Existem
aqueles, que antes de serem consagrados, separados ou ordenados, fazem com
muito denodo o trabalho do Senhor, apenas para serem vistos e receberem o
cargo, e, logo que recebem, se tornam parasitas dentro da igreja. Quantos
diáconos, que antes de serem separados, eram os mais ativos no culto, agora,
amontoam-se nos púlpitos, e, e pode acontecer o que acontecer no culto, que
estão ali, sentados, não movendo uma palha. O dono do depósito está chegando, e
logo vai pedir conta de tudo o que ele entregou para cada um de nós.
“Guarda o que tens, para que ninguém tome a
tua coroa” (Ap 3.11).
Pr
Daniel Nunes – presidente da IEADCG – COMEAD-CGPB
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