Que a oração é a chave da vitória todos sabemos. O
próprio Jesus nos ensinou dizendo: “Pedi
e dar-se-vos-á: buscai, e achareis: batei, e abrir-se-vos-á” (Lc 11.9).
Sabemos quanto é salutar uma vida devocional de oração. Mas, pergunto eu: Isso
é tudo? É somente orar e pronto? Certamente que não. Então o que os cristãos
precisam fazer além de orar? Bom, certamente que não há apenas uma resposta
para essa pergunta, más várias.
Quero principiar falando de algo, que está em falta
nos arraiais evangélicos: a falta de
temor a Deus. Em Atos 2. 42 e 43 está escrito: “E perseveravam na doutrina
dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão e nas orações. E em toda alma havia temor; e muitas
maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos”. Vejam bem que a Bíblia diz
que em toda alma havia temor. Sei que
para nós cristãos, quando se fala de alguém ser ateu, achamos uma coisa
horrível. Mas, entendo que: saber que existe um Deus, ao qual chamamos de
Todo-poderoso, e não temê-lo é ainda pior. A falta de temor a Deus leva o
cristão a uma segunda falta: a desobediência.
Alguém somente desobedece aos preceitos divinos, por falta de temor. Aquele que
teme, obedece. E essa desobediência tem levado a igreja a um patamar igual ao
mundo.
Ninguém espera que o mundo pecador obedeça a Deus. Quem
deve obediência a Deus e a sua Palavra é o seu povo. Por isso mesmo, Deus tem
um tratamento com a sua igreja e outro tratamento com o mundo de pecado. Veja o
que diz em 2Cronicas 7.14: “E se o meu
povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar e buscar a minha face esse
converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os
seus pecados, e sararei a sua terra”. Deus estava tratando com o seu povo, que
chamava pelo seu nome. Esse povo é que precisava humilhar, orar, buscar a face
do Senhor e se converter dos seus maus caminhos.
Veja o tratamento diferenciado que Jesus, nosso
Salvador deu para o mundo pecador e seus discípulos: “Eu rogo por eles: não
rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus” (Jo 17.9). Se
continuarmos a leitura do capítulo 17 de João, vamos ver que com muitas outras
palavras, Jesus fez a diferença, entre o que é a igreja, os seus discípulos e o
mundo. A igreja é um diferencial no mundo, ou pelo menos deveria ser.
Jesus disse que nos somos sal da terra e luz do mundo.
Será que a Igreja está de fato salgando e iluminando o mundo? Será que não está
mais do que na hora de todos nós cristãos, pararmos e meditarmos sobre nosso
papel nesse mundo? Não entenda meu caro leitor que estou aqui me colocando acima
da média, ou achando que sou o cristão perfeito. O que faço nesse momento é
exatamente colocar em questão o nosso papel, e me coloco junto com todos, assim
como o profeta Daniel se colocou diante de Deus dizendo: “Temos pecado senhor”.
Temos falhado e falhado feio. As questiúnculas tem tomado tempo. Tempo de orar,
tempo de obedecer, tempo de temer, tempo de amar, tempo de perdoar, tempo de
meditar, tempo de se alimentar da palavra.
Para que a igreja do Senhor saia do marasmo espiritual
que está, falta muito mais que oração. Sabemos da falta de apetite pela oração
que permeia a igreja. Mas, o fastio pela oração é apenas o reflexo, ou melhor
dizendo, um dos sintomas que está deixando a igreja enferma nos dias atuais.
Assim como um paciente, que vai ao médico e ele, após os exames laboratoriais,
faz uma lista das doenças, como: diabetes, pressão alta, falta de vitamina D,
etc. Assim o doutor Jesus Cristo, analisou a igreja de Laodicéia e chegou a
seguinte conclusão: Morna, desgraçada, miserável, pobre, cega e despida.
A igreja laodiceiana dos dias atuais está também
enferma. Certamente a falta de temor, a leva a falta de obediência; a falta de obediência
a leva a falta de oração, de leitura da Palavra, de amor, de perdão; a falta
desses ingredientes vitais para a vida espiritual da igreja, a leva ao estado
da igreja apocalíptica: morna, sem graça, paupérrima, sem visão espiritual e
finalmente despida da santidade de Deus.
O caminho é um só: “Lembra-te
pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não,
brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal. Se não te
arrependeres” (Ap 2. 5). Voltemos enquanto é tempo! Voltemos ao altar da
oração, do perdão, da obediência, do temor, do primeiro amor enquanto o Senhor
está nos dando tempo.
“QUEM TEM OUVIDOS,
OUÇA O QUE O ESPÍRITO DIZ ÀS IGREJAS” (Ap 2.7).
Pr Daniel Nunes
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