Postei essa mensagem escrita pelo pastor Altair Germano, nobre companheiro da convenção de Abreu e Lima, por comungar dos mesmos pensamentos quanto ao carisma. Muitas pessoas, por se acharem cheias do Espírito Santo, pensam que podem viver uma vida de pecado, inveja, ciumes, brigas, adultérios, e outras sortes de pecados mais. O que nos diz, se de fato somos cheios do Espírito Santo, e quando fazemos as coisas que o Espírito Santo se agrada. Ou melhor, aquilo que não venha entristecer o Espírito de Deus (Gl 4.30). Boa leitura!
Sansão casou com uma filisteia (Jz 14.1-9), coabitou com uma prostituta em Gaza (Jz 16.1-3) e se afeiçoou de Dalila (Jz 16.4), mas não perdeu a ação do Espírito que lhe dava forças, enquanto não teve o cabelo cortado.
Saul, rei reprovado por Deus, cheio de inveja e ódio contra Davi, juntamente com seus auxiliares profetizou (1 Sm 19.18-24).
Jesus afirmou ser possível profetizar, expulsar demônios, fazer milagres em seu nome, e mesmo assim não ser conhecido por ele como um crente salvo (Mt 7.15-23).
Na igreja em Corinto havia partidarismo (1 Co 1.10-17; 3.1-9), imoralidade sexual tolerada (5.1-5; 6.15-20), litígio entre irmãos (6.1-7), injustiças (6.8), idolatria (10.14-22), e apesar disso os dons manifestavam-se na igreja (12-14).
Conclusões óbvias:
A manifestação dos carismas (dons) não testificam a integridade de nosso caráter.
A manifestação dos dons na vida de um indivíduo em pecado não significa que Deus está aprovando a quebra dos princípios e fundamentos espirituais e morais estabelecidos nas Escrituras.
A manifestação abundante dos carismas numa igreja local não implica em que ela seja mais espiritual que outras por isso. É a maneira como a comunidade cristã vive em obediência a Deus que demonstra a verdadeira espiritualidade.
Há neste momento (e sempre houve) pastores, pregadores, mestres, profetas, cantores e irmãos em geral que se encontram em pecado espiritual e moral, e mesmo assim a manifestação do Espírito ainda é uma realidade em suas vidas e ministérios.
Não precisa ser um grande teólogo para perceber isso. Basta prestar atenção nas evidências bíblicas, na história e em nosso cotidiano.
Como isso é possível? Não vou me deter aqui em teologizar a questão, mas apenas em demonstrar as evidências dos fatos.
Em nome de Jesus, não se permita ser manipulado ou enganado por ninguém (nem engane a si mesmo) com base em fenômenos sobrenaturais, pregações inflamadas, profecias, variedade de línguas, curas, etc. Antes, observe o quanto o indivíduo ou a congregação (comunidade) é comprometid(o)a com a Bíblia.
Caráter e carisma precisam ser realidades presentes e indissociáveis em nossas vidas.
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