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quinta-feira, 30 de abril de 2015

A FORÇA DO SILENCIO

Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus, serei exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a terra” (Sal 46.10).

E coisa difícil ensinar alguém fazer silencio, principalmente quando a dor aperta e a angustia toma conta da alma. O desejo de quem está sofrendo é gritar, clamar, suplicar nas maiores alturas. No Salmo em apreço, vemos a perplexidade das nações, onde o texto poético, e ao mesmo tempo profético nos fala da mudança da terra; montes sendo transportados para o meio dos mares; águas rugindo e perturbando-se.
O cenário é desolador! Tsunamis, terremotos, ataques terroristas. O estado Islâmico e outros grupos extremistas ameaçando a paz da humanidade. Os países se preparando a cada dia para uma possível terceira guerra mundial. Todos com medo de todos. A corrupção que graça como uma praga epidêmica a sociedade mundial, principalmente na nação brasileira. Leis malignas para a desconstrução da família, onde dois homens ou duas mulheres, agora por força da lei podem constituir uma família. Isso é sem nenhuma dúvida, uma acintosa afronta ao criador da família tradicionalmente conhecida (homem e mulher). A moral e a ética estão sendo jogadas na lata do lixo. O mundo está enfermo, o Brasil está enfermo a raça humana sem Deus está no estado que profetizou Isaias: “Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres, não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma amolecidas com o óleo” (Is 1.6).
Como se bastasse, vemos uma igreja contemporizada. Adotando métodos cada vez mais materialistas e humanos, e, esquecendo-se do divino e sobrenatural. O conformismo com o mundo tanto de membros como de obreiros é grande. Cada qual que queira ser maior e melhor. O mundo entrando de maneira avassaladora dentro dos arraiais cristãos. O divorcio se tornou palavra comum no seio evangélico. Adultério parece que não envergonha mais. É comum ver pastores caírem em pecado em uma igreja; serem disciplinados, e, logo estar em outra agremiação religiosa, assentado sobre o púlpito (plataforma), pregando, como se nada tivesse acontecido. Já não se lamenta mais pelo pecado! Já não se chora mais nos cultos. O tempo de levar lenços para igreja para enxugar as lágrimas passou. Ah como lamenta a minha alma!
Mas, no fim do túnel vê-se uma luz, ou melhor, escuta-se uma voz. Como aquela que Elias escutou na caverna de Orebe: “Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus”. Ah como eu creio nisso. Como creio que o Senhor continua assentado no alto e sublime trono. Ele continua tanto Deus agora, como era, quando a arca de Noé flutuava sobre as profundas águas do dilúvio. E Ele nos diz: “aquietai-vos”. Sei que é difícil fazer silencio nessas horas. Mas quem está mandando é Ele. Assim mesmo Ele disse a Moisés e ao povo de Israel: “Estai quietos e vede o livramento do Senhor” (Ex 14. 13). O poder do silencio é muito forte. Em meio a uma floresta, ou na beira de um lago manso, para ouvirmos o canto dos pássaros e o murmúrio das águas se faz necessário estar em silêncio. Talvez, não estamos ouvindo as diretrizes do Senhor por nosso próprio barulho. Vamos silenciar em oração devocional com Deus. Vamos fazer como Ana que apenas mexia com os lábios, mas, foi ouvida nos céus.
Creio em uma ação do Senhor sobre todos os problemas que passa o mundo. Ele está no controle de tudo. Pode até os céticos, os incrédulos acharem que não. Que Deus não se importa com nada que acontece aqui. Mas isto não é verdade. Ele se importa si, e nos diz: “Serei exaltado entre as nações, serei exaltado sobre a terra”. Vale a pena confiar no senhor. Silenciar ante a sua potente voz e deixar ele agir em nossas vidas. AMÉM.


Pr Daniel Nunes

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