A decisão foi tomada após três décadas de debates
por Leiliane Roberta Lopes
Integrantes da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos decidiram nesta terça-feira (17) aceitar o casamento de pessoas do mesmo sexo. Foram três décadas de debate até que os religiosos resolveram incluir o casamento gay na Constituição da igreja.
A alteração tira a parte que aceitava a união “entre um homem e uma mulher” e coloca como casamento a união “entre duas pessoas, tradicionalmente um homem e uma mulher”.
Líderes como o diretor da Rede Aliança de Presbiterianos, reverendo Brian Elisson, comemoraram a decisão. “Finalmente a igreja, em seus documentos constitucionais, reconhece plenamente que o amor de gays e lésbicas é digno de ser celebrado pela comunidade da fé”, disse ele que há anos defende a inclusão de gays na igreja.
Carmen Fowler LaBerge, presidente do Comitê conservador Lay Presbyterian, disse em um comunicado que isso demonstra que a PCUSA rendeu-se às normas sociais. “Qualquer voz profética que a denominação um dia teve de falar a verdade e chamar as pessoas ao arrependimento já está perdida”, afirmou LaBerge.
“Tudo o que a (PCUSA) pode fazer agora é ecoar as vozes do mundo pois ela abandonou o vibrante apelo à levar o testemunho fiel do Deus que falou claramente sobre o assunto.”
Desde 2011 a denominação tem aceito a ordenação de homossexuais como pastores, fato que fez com que muitos fiéis deixassem de frequentar a igreja.
A Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos é a maior denominação presbiteriana do país tendo cerca de 1,8 milhão de fiéis. É importante salientar que a denominação é um corpo separado da Igreja Presbiteriana da América (PCA), que não mudou sua postura tradicional sobre o casamento gay.
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