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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Terceiro ponto fundamental da doutrina ensinada pela Assembleia de Deus no Brasil. Jesus Cristo batiza com Espírito Santo.

Essa doutrina foi a que mais marcou os primórdios da Assembleia de Deus. Os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren chegaram à Belém do Pará inflamados com o poder pentecostal, e não tardou para que a irmã Celina de Albuquerque recebesse esse poder e começasse a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo concedia que falasse. Em seguida, o primeiro irmão brasileiro a falar em línguas celestiais foi o paraibano Manoel do Bú. Esse fogo começou a correr no Brasil e, em pouco tempo, a igreja que nascera tão pequena já passava de meio milhão de fiéis, cuja grande maioria falava em línguas estranhas; os que não falavam, buscavam com ardor todos os dias para passarem por essa experiência com Deus. Foi uma geração incendiada pelo poder salutar do Santo Espírito.
Somos chamados de pentecostais porque cremos que aquele poder que desceu sobre os discípulos no dia de pentecostes, enchendo a todos, e todos falaram em línguas estranhas, está em evidência ainda nos dias atuais (At 2. 1-4). A despeito de muitos teólogos ensinarem contra essa doutrina, contra fatos não há argumentos. Muitos irmãos continuam recebendo esse poder. Lamentamos que hoje em dia, devido à vaidade, à falta de temor na vida de muitos crentes e ao mundanismo que tem entrado nas igrejas, pouco se tem buscado o glorioso batismo com o Espírito Santo. Mas o batizador, que é Jesus, não mudou. Ele continua esperando a igreja pedir, buscar e bater, porque Ele mesmo disse: “Porque qualquer que pede recebe; e o que busca acha; e a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Lc 11. 9).
Encontramos, no Antigo Testamento, o profeta Joel profetizando e dizendo: “E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas, profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões” (Jl 2. 28). O apóstolo Pedro, em seu primeiro discurso após a descida do Espírito Santo, ao defender a igreja daqueles que diziam que estavam cheio de mosto, disse: “Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo esta a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos. E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão” (At 2. 15-18); e em continuação disse: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor chamar” (At 2. 39). Até mesmo nós, que estamos tão longe daquele maravilhoso dia de pentecostes, estamos debaixo da promessa de recebermos a plenitude desse poder a ponto de transbordarmos em línguas estranhas.
Infelizmente, já podemos ver obreiros que não nutrem sua vida de oração e devoção ao Senhor Jesus, razão pela qual já não falam mais em línguas estranhas. Estão naquele grupo dos que foram batizados, já falaram em línguas, mas não falam mais. Há pastores que os crentes têm dúvidas se eles foram batizados ou não, pois são tão secos, tão duros, que o poder pode estar fluindo na Igreja que eles estão de caras amarradas, não abrem a boca nem para dizer sequer um aleluia. Por isso, hoje em dia há igrejas Assembleias de Deus em que, para poder contar que Jesus batizou alguém com Espírito Santo, é necessário fazer uma festa, um congresso, e chamar um “avivalista” para animar o povo a buscar essa dádiva tão gloriosa. Caros e amados irmãos, nosso Jesus pode batizar em todos os cultos. O apóstolo Paulo ensina que devemos buscar os dons espirituais. Disse ele: “Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas” (1Co 14. 39).
Lembro-me, com muitas saudades, daquelas vigílias realizadas no interior do estado do Paraná, nas quais víamos o mover do Espírito de Deus. Noites frias das geadas que caíam naquelas madrugadas, mas dentro do barracão havia o fogo pentecostal. Quando o dia estava amanhecendo, o pastor contava quantos tinham sido batizados com o Espírito Santo e quantos tinham sido renovados. Lembro-me de uma jovem da igreja batista, por sinal muito rebelde, que foi na vigília, segundo testemunho dela mesma, “para zombar dos irmãos da Assembleia de Deus”, pois ela achava muito engraçada a maneira como eles oravam. Mas naquela noite a história mudaria para aquela jovem. Altas horas da madrugada ela começou a buscar a Deus. O Espírito Santo a tomou, a encheu e ela começou a falar em outras línguas. A partir daquele dia aquela jovem, que era rebelde, passou a ser a jovem mais assídua nos cultos e nunca mais deu trabalho para a igreja. O Espírito Santo vem para mudar a nossa história. Ele quer encher o seu povo ainda hoje, é somente dar lugar que Jesus vai operar em nosso meio. Continuemos a pregar que Jesus Cristo batiza com o Espírito Santo.


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