“e, por avareza, farão de vós negocio com
palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença,
e a sua perdição não dormita” (2Pe 2.3).
A
cada dia que passa, sentimos que estamos mais perto do fim de todas as coisas.
Uma das características dos tempos do fim é essa negociata da fé, como bem se
expressa o apóstolo Pedro no capítulo dois de sua segunda carta. Entendo que em
nenhum tempo da história da igreja (principalmente da igreja evangélica), houve
homens, que dizendo-se líderes, sejam tão presunçosos, tão amantes de si
mesmos, tão fingidos, com cara de santo e coração de demônio, como em tempos
atuais. Como também, nunca houve um povo, que mesmo tendo a Bíblia nas mãos,
sejam tão analfabetos das escrituras sagradas, tão levados por falsas
profecias, tão enganados facilmente com o famoso jargão “o senhor falou” ou “o
senhor está falando”, como em nossos dias.
Digo
isso, com um misto de vergonha, indignação e piedade. Vergonha daqueles que
impunham uma Bíblia, como muitos servos verdadeiros de Deus impunham também,
mas aqueles impunham apenas para seu bel prazer. Para enganar os incautos. Para
se locupletarem com favores financeiros, enriquecendo-se da lã e da carne das
pobres ovelhas, que, com falsas promessas de enriquecimentos e curas, entregam
o que tem e o que não tem. Indignação por ver o evangelho de Jesus ser
vilipendiado por aqueles, que aguardam apenas ocasiões como estas, para colocar
tudo e todos no mesmo barco. Falam mal de quem deve e de quem não deve. Entram
no mesmo patamar, servos fervorosos de Deus, que sua única missão é levar a
Palavra de Deus, não apenas pregando, mas, sobretudo vivendo a Palavra. Piedade
do rebanho. Piedade de um povo, que é massa de manobra daqueles que usam a
Bíblia, extraindo textos fora do contexto, para enganar as pobres almas, destituídas
de um senso crítico, e por não conhecerem a verdade que liberta.
Minha
oração é que o povo leia mais a Bíblia. Conheçam mais a Jesus e deixem de ser
levados por falastrões, que prometem milagres para os outros, quando eles
mesmos, precisam urgentemente do milagre da salvação de suas almas, se não
quiserem pagar caro no dia do juízo do grande Deus, como disse Pedro: “sobre os quais já de largo tempo não será
tardia a sentença, e a sua perdição não dormita”. Que Deus nos ajude a
combater tais coisas!
Pr Daniel Nunes
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