SALVAÇÃO
Ensinamos que a salvação é totalmente pela graça de Deus,
fundamentada na redenção de Jesus Cristo, no mérito do seu sangue derramado, e
não por méritos pessoais ou obras (Jo 1.12; Ef 1.7; 2.8-10; 1ª Pe 1.18,19). A
justificação (Rm 8.33) é um ato pelo qual Deus declara justos todos aqueles que
através da fé em Jesus arrependeram-se dos seus pecados (Lc 13.3; At 2.38;
3.19; 11.18; Rm 2.4; 2ª Co 7.10; Is 55.6,7) e confessam-no como Soberano Senhor
(Rm 10.9,10; 1ª Co 12.3; 2ª Co 4.5; Fp 2.11). Esta justiça é separada de
qualquer virtude ou obra humana (Rm 3.20; 4.6), e consiste em aceitar o sacrifício
vicário de Jesus para a redenção dos nossos pecados (Cl 2.14; 1ª Pe. 2.24) e
imputar a justiça de Cristo a nós (1ª Co 1.30; 2ª Co 5.21). A regeneração é um
trabalho sobrenatural do Espírito Santo através do qual uma natureza e uma vida
divina é dada (Jo 3.3-7; Tt 3.5). É instantânea e executada unicamente pelo poder
do Espírito Santo através da instrumentalidade da Palavra de Deus (Jo 5.24),
quando o pecador arrependido, responde em fé à divina provisão da salvação. A
genuína regeneração é manifestada por frutos dignos de arrependimento ao se
demonstrar atitudes e condutas condizentes com o testemunho cristão. É através
da regeneração, ao receber uma nova natureza, que o homem se habilita a viver
uma vida que vença ao pecado e agrade a Deus (Jo 3. 3-7; 1ª Co 6.19-20; Ef
2.10; 5.17-21; Fp 2.12; Cl 3.16; 2ª Pe 1.4-10). De acordo com as Assembleias de
Deus no Brasil, a doutrina da eleição condicional, a qual é baseada no
exercício individual do livre arbítrio de cada homem. Entendemos ser a eleição
um ato baseado na presciência de Deus, pelo qual Ele escolheu em Jesus Cristo
para a salvação todos aqueles que de antemão sabia que O aceitariam, isto é,
somos eleitos em Cristo, porque decidimos aceitá-lo (Ef 1.4; 1ª Pe 1.1,2; II Tm
1.9). A eleição baseada na presciência divina, sendo consequência de uma fé
prevista por Deus. (Discordamos da eleição incondicional do Calvinismo, onde a
fé é fruto e vidência da eleição – os indivíduos são eleitos para crer, e não
porque hão de crer). De acordo com o nosso ensino, a eleição incondicional fere
o senso de justiça de Deus e a responsabilidade do homem. Como falar em
julgamento onde não houve exercício da liberdade? Além do mais vemos na Bíblia
que Cristo morreu por todos os Homens, (1ª Tm 2.4,6; Hb 2.9; 1ª Jo 2.2; 2ª Pe 3.9),
sendo a vontade divina que todos sejam salvos(Mt 11.28; Rm 10.13). Estes
convites seriam hipocrisia divina se a aceitação deles dependesse unicamente de
uma assistência eficaz por parte de Deus. E o que fazer com exortações que inspiram
a atividade missionária e a pregação do Evangelho a todos os perdidos?
Retiraríamos da nossa Bíblia Mc 16.15,16? Assim sendo, na eleição condicional
Deus e o homem cooperam mutuamente no processo de salvação (que o homem é ativo
na conversão podemos ver pelas seguintes passagens: Is 55.7; Jr 18.11; Ez
18.23-32; 33.11; At 2.38; 3.19; 17.30). As seguintes referências sustentam a
nossa posição da eleição condicional: Mt 7.24; Mt 25.34-40; 1º Sm 2.30; Jo
3.10; Mt 10.32; 11.28; Mc 8.38; 11.3,6; Lc 9.23; At 2.21; 10.43; 17.30; Rm1.16;
10.13,14; 1ª Tm 2.3,4; Ap 3.20; 22.17. Cada crente, no mesmo instante em que
aceita a Jesus é declarado posicionalmente santo. Esta santidade não poderá ser
confundida coma santificação progressiva, mas é uma posição, não tendo nada a
ver com a sua presente condição (At 20.32; 1ª Co 1.2,30; 6.11; 2ª Ts 2.13; Hb
2.11; 3.1; 10.10,14; 13.12; 1ª Pe 1.2). Também que através da operação do
Espírito Santo, há uma santificação progressiva, pela qual se procura igualar o
padrão presente de comportamento ao do estado posicional de santidade. Através
da obediência à Palavra de Deus e através do poder do Espírito Santo, o crente é
capaz de viver uma vida de santificação progressiva, na qual vai crescendo mais
e mais, até a estatura de varão perfeito (Ef 4.13; Jo 17.17,19; Rm 6.1-22; 2ª
Co 3.18; 1ª Ts 9.3-4; 5.23). Cada pessoa salva está envolvida em um conflito
diário (a nova criação em Cristo guerreia contra a carne). Ressaltamos que a
provisão para a vitória é conseguida através do domínio do Espírito Santo (Rm 7
e 8). O conflito, contudo, entre a carne e o espírito, estará sempre presente
(a menos que o crente morra, ou seja, arrebatado). Não aceitamos, portanto, a Teologia
da erradicação do pecado da natureza humana, após a pessoa haver aceitado a
Jesus, por entender que a mesma não tem fundamento escriturístico. O que o
Espírito Santo faz não é a erradicação do pecado, mas é providenciar vitória sobre
o poder do pecado (Gl 5.16-25; Ef 4.22-24; Fp 3.12; Cl 3.9,10; 1ª Pe 1.14-16;
1ª Jo 3.5-9).
2 comentários:
Pastor Deus lhe abençoes!
Muito esclarecedor seu post!
Pr. A paz do Senhor.
Primeiramente quero agradecer sua postagem, que acredito ser muito útil.
Gostaria apenas de fazer uma colocação se claro for a seu ver de algum modo justo.
O Sr. colocou com muita propriedade os textos que sustentam nossa visão sobre a eleição. Não seria justo, já que foi exatamente a questão, citar os textos que são considerados pela visão acima refutada?
Concordo piamente que devemos ter uma posição firme sobre a doutrina ao qual cremos, mas creio que podemos de uma forma amável explicar coerentemente a visão que diverge da nossa para que assim fique de forma clara e autêntica nossa afirmação, uma vez que não se pode fazer justiça ouvindo apenas um lado do argumento.
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