Texto Áureo: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; pois Deus ama ao que dá com alegria”(2Co 9.7).
Leitura Bíblica em classe: Malaquias 3.10,11; 2Co 9. 6-8
Dízimo e oferta sempre foram objetos de escárnio por parte de incrédulos, e, até crentes não comprometidos com o reino de Deus, vêem essa prática abençoadora da obra de Deus com maus olhos.
Por outro lado, muitos dizimistas, vêem no dízimo apenas como se fosse uma maneira de barganhar com Deus, quer dizer, ainda estão na prática do: Toma - lá e me da cá. Isso é pernicioso, pois, dízimos, entregamos ao Senhor, como gratidão por aquilo que Ele já tem nos abençoado.
O DÍZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO
1. O dízimo foi antes da lei. Os menos avisados, dizem que o dízimo foi apenas para o povo judeu, pois foi criado no tempo da lei, porém, isso não é verdade. Basta uma olhadela no capítulo 14 de Gênesis e versículo 20; como também 28.22, que nos certificaremos que nosso pai Abraão e seu neto Jacó, tiveram essa prática muitos anos antes que fosse instituída a lei.
2. Na lei, o dízimo foi apenas normatizado ou regulamentado, vindo assim de um principio já estabelecido e praticado no período patriarcal.
3. Com o estabelecimento da Lei mosaica, o dízimo passou a ser obrigatório para o povo hebreu, e deveria ser entregue exclusivamente ao sacerdote, que com esses recursos, manteria em ordem a casa de Deus, bem como sustentaria a classe levítica (Nm 18.20-32).
4. Os levitas recebiam o dízimo como pagamento pela obra ministerial que prestavam a Deus e ao povo de Israel. “E o comereis em todo lugar, vós e a vossa casa, porque vosso galardão é pelo vosso ministério na tenda da congregação”.
O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO
1. Equivocam-se os que pensam e ensinam que o dízimo restringe-se ao Antigo Testamento, pois mudou apenas o sistema litúrgico, mas a função do culto continua a mesma, quer dizer, adorar o Senhor em espírito e em verdade. Notemos que o principio de adoração permanece vigente (1Pe 2.9; Ap 1.6; Jo 4. 23,24).
2. Se na antiga aliança se entregava o dízimo a sacerdotes leviticos, na Nova Aliança é aquele que é segundo a ordem de Melquisedeque, nosso Senhor Jesus Cristo (Hb 7. 1-10; Sal 110.4).
3. Da mesma forma que os sacerdotes recebiam os dízimos para manutenção da casa de Deus e sustento seus e de suas famílias, também Paulo disse ensina que é natural que aquele que semeia deve comer do fruto, e, aquele que apascenta deve comer do leite (1Co 9. 7-11). É mister, que a igreja do Senhor, entenda que os obreiros para cuidar bem do rebanho precisam de sustentação financeira para si e suas famílias.
4. Quando o apóstolo Paulo usa a escritura do AT para ensinar a doutrina do dízimo, ele autentica a doutrina como neo-testamentária (1Co 9.9).
A ASSEMBLEIA DE DEUS ENSINA A OBSERVANCIA DO DÍZIMO
1. A Igreja Assembleia de Deus, não obriga, nem teria como obrigar a ninguém a entregar o seu dízimo. Porém, a doutrina é ensinada na igreja, como reconhecimento da bondade divina sobre a vida do cristão. Pois, tudo o que somos e o que temos, provem de Deus (Ag 2.8; Cl 1.17). Não entregamos o dízimo para ser abençoado, não estamos fazendo do dízimo uma moeda de troca com Deus, mas sim, agradecidos a Ele por todas as provisões, desde o ar que respiramos, até a roupa, o calçado, o alimento, etc. (Mt 6.26).
2. Deve-se salientar ainda, que muitas igrejas têm a prática equivocada e antibíblica de extrair dinheiro dos fiéis, através de vendas de relíquias, água do Jordão, sal, rosa ungida, chave, cajado e um sem número de invencionices, que pessoas que desconhecem a Palavra, se tornam presas fáceis desse tipo de aventureiro.
3. Cremos então, que o melhor é continuar ensinando o que a Bíblia diz: “Trazei todos os dízimos a casa do tesouro”. Essa é a única forma de mantermos a obra do Senhor na terra com o aval do Senhor Deus.
DÍZIMOS E OFERTAS COMO FONTES DE BENÇÃOS
1. Toda a Bíblia demonstra que Deus é recompensador dos seus fiéis. Mesmo que nunca devemos pensar em entregar o dízimo para receber nada em troca, pois, somente o fato de estarmos dizimando, significa que Deus já está nos dando, porém, Deus na sua infinita misericórdia e bondade, continuará a derramar de suas copiosas bênçãos sobre seu povo (2Co 9.6-10; Ml 3. 10,11). Deus é tão bom, que, além de nos dar para dizimar, ainda diz: Aquele que trazer o dízimo, eu vou mandar muito mais abundancia sobre sua vida, Aleluia!
2. Se na antiga aliança Deus prometeu derramar bênção sem medida (Ml 3.11), nesse tempo da graça, Ele nos fala, através do Apóstolo Paulo que teremos toda a suficiência (2Co 9.8). Podemos então ver que, nesse tempo da Nova Aliança, as provisões de Deus, são muito mais abrangentes, pois, bênçãos materiais e espirituais estão inseridas nessa palavra “toda suficiência”.
Conclusão: Concluímos que a prática do dízimo sempre houve em todo tempo que o povo de Deus existiu, pois desde o princípio já vemos Abel e Caim levando ofertas ao Senhor. hoje não é diferente, devemos levar os dízimos, não para sermos prósperos, mas porque Deus já nos tem prosperado em tudo. Que O Senhor Nos abençoe sempre.
Pr Daniel Nunes – Presidente da AD em Campina Grande-PB