Somos qual conto ligeiro
Como veloz passageiro
Que pela vida vai
Como a flor que aparece
E logo se desvanece
E já não existe mais
Somos iguais ao rio
Que por longos anos a fio
Corre pra não mais voltar
As suas águas que desce
Logo desaparece
Misturando com as águas do mar
Somos iguais a neblina
Que molhando a manha menina
Desaparece com o sol
Como a nuvem qual cordeiros
Que se vai com o vento ligeiro
Desfazendo-se no arrebol
Somos qual navio mercante
Que se atraca por um instante
E logo se afasta do cais
Porque pensar na vida tão fútil
Se o que se faz de útil
Logo fica para trás?
Não é bem assim disse alguém
Porque a alma que a gente tem
Dentro do corpo aparente
Será um dia libertada
Da matéria tão cansada
Pra viver eternamente
0 comentários:
Postar um comentário